Diamond Dogs Imagem: Reprodução

‘Diamond Dogs’, clássicão de David Bowie, ganhará edição luxuosa em 50º aniversário

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Disco criado em um momento de “dúvidas” na carreira da lenda britânica foi um tremendo sucesso comercial

No próximo 24 de maio, exatos 50 anos após seu lançamento, fãs de David Bowie podem correr para sua loja de discos predileta e disputar uma das cópias da reedição limitada do vinil de Diamond Dogs, que serão lançadas na versão tradicional e picture disc. Ambas ganharão uma nova masterização de alta qualidade, chamada half speed mastering, e tratamento luxuoso nas capas e encartes.

O anúncio completa a lista de catalizadores das economias dos fãs do ano. Também foi revelada, para lançamento no Record Store Day (dia 20 de abril), uma caixa revisitando a era Ziggy Stardust (1972): Waiting In The Sky (Before The Starman Came To Earth), com gravações raras feitas no estúdio Trident, que serviram como base para a escolha do tracklist final da bolacha do alienígena.

Coincidentemente, Diamond Dogs foi criado em um momento de insegurança do mestre inglês. David havia acabado de “matar” Ziggy Stardust e dissolver a banda Spiders From Mars, com quem excurcionou pelo mundo para promover o disco de 1972.

O astro estava, portanto, meio apreensivo. Música diferente, banda diferente (o próprio David tocou as guitarras, já que não tinha mais o parceiro Mick Ronson ao seu lado) e persona diferente. No novo trabalho, o artista apresentava ao mundo Halloween Jack, na música que dá nome ao disco.

A insegurança do músico durante as gravações, feitas entre a Inglaterra e Holanda, mostrou-se desnecessária. Diamond Dogs fez um tremendo sucesso comercial à época de seu lançamento. Alcançou o primeiro lugar nas paradas inglesas, e o quinto na Billboard estadunidense.

Não era para menos. O single que o antecipou foi apenas Rebel Rebel, hoje um dos maiores sucessos do homem. O álbum veio com outras pauladas brabas, Rock’n’Roll With Me e 1984. À época, Bowie trabalhava em uma adaptação do distópico livro de George Orwell.

Com o relançamento do novo cinquentão (o ano de 1974 rendeu um belo cardápio de bons discos), colecionadores terão a oportunidade de atualizar suas prateleiras com um clássico que chega com o som ainda melhor do que original, graças à masterização de meia velocidade, além de um tratamento extra na sensacional capa do album, feita por Terry O’Neill, inspirada nos freak shows de circos antigos.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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