Curiosidades Grammy Foto: Reprodução

10 coisas que você não sabia sobre o Grammy Awards

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Em 65 edições, o prêmio já acumulou muita história para contar. Conheça os fatos menos conhecidos!

Nesta noite, brasileiros ligados na indústria da música pop ligarão a TV para assistir à 66a. edição do Grammy Awards, uma das quatro grandes premiações da indústria americana ao lado do Óscar (cinema), do Emmy (TV) e do Tony (Teatro).

A edição deste ano tem a maior quantidade de categorias de sua história, 94, número que cresce a cada ano. A primeira, em 1958, distribuiu 28 troféus.

Um seleto grupo de votantes recebe cédulas pelo correio. Depois de preenchidas, os membros encaminham a uma empresa terceirizada de auditoria, que organiza o bonde.

Em seus 66 anos de vida, o Grammy acumula glórias, injustiças, polêmicas, apresentações inesquecíveis e, claro, vários fatos curiosos, tema de sua leitura vindoura.

Apesar de se intitular o maior prêmio da música pop mundial, o Grammy jamais premiou, em vida, artistas como Jimi Hendrix, Bob Marley, Serge Gaingsbourg e até mesmo Elvis Presley. Teve gente que ganhou, mas não foi buscar. E outros, indicados quase 30 vezes sem ganhar uma vez sequer.

Enquanto espera pela 66a. edição, passeie por fatos curiosos e disconhecidos de sua história.

Big Four

Quatro categorias principais formam o chamado Big Four, uma espécie de Grand Slam do Grammy Awards: Melhor Álbum, Melhor Gravação, Melhor Canção e Artista Revelação.

Apenas três artistas já ganharam os quatro prêmios: Billie Eilish, Adele e Christopher Cross. O grande domo dourado, no entanto, vai para quem levou os quatro Grammys no mesmo ano: Eilish em 2020 e Cross em 2021.

Campeão

O recordista de Grammys em toda a sua história é George Solti, com 31 troféus. Solti é maestro de ascendência húngara, e comandou as maiores orquestras da Europa e dos Estados Unidos.

Troféu de presa

Existe um troféu chamado Grammy Trustee Award. Ele é um reconhecimento a profissionais que foram importantes na indústria da música, e já foi dado a nomes como Enio Moricone, Steve Jobs, John Cage e Benny Golson.

Não, obrigado

Sinéad O’Connor foi a única pessoa a recusar um Grammy, o de Melhor Artista Alternativo. A artista disse não ao trofeuzinho, e ainda desceu o verbo na academia: chamou a agremiação de racista e a acusou de colocar a grana acima da arte.

Na telinha

Apesar de ter sido criado em 1959, somente a partir de 1971 o Grammy Awards começou a ser transmitido ao vivo, pela TV. Até então, era mais direcionado ao pessoal das internas. Foi a partir das transmissões que o prêmio ganhou ares de farol da música mainstream para o grande público.

Presidente palestrinha

O Grammy já premiou três presidentes dos Estados Unidos: Jimmy Carter (três vezes), Barack Obama (duas) e Bill Clinton (uma). Michelle Obama e Hillary Clinton também ganharam os seus, nos tempos de primeira dama.

Todos na categoria Melhor Álbum Falado, que são discos com gravação de discursos ou palestras, comuns no mercado estadunidense.

Prêmio Quase

O produtor norueguês Morten Lindberg teve a manha de ser indicado 28 vezes e não ganhar nenhuma. A maioria das indicações foi para a categoria técnica Melhor Álbum em Surround, assunto que Lindberg manja muito.

Desganhou

Milli Vanilli foram os únicos artistas que tiveram de devolver o prêmio de Revelação do Ano, depois de o mundo descobrir que eles só dublavam suas músicas. O escândalo acabou com a carreira da dupla franco-germânica, e deu uma bela arranhada da reputação no Grammy, que não soube identificar o truque dos fake singers.

Edinho

Grammy vem de gramofone, a primeira vitrola da história, que tocava discos de 78 rotações. No entanto, por pouco o prêmio não se chama Eddie, uma homenagem a Thomas Edison, inventor do aparelho.

Se o pai do gramofone tivesse batizado o prêmio, hoje estariamos falando: “pois é gallera, Billie Eilish levou o Edinho pra casa esta noite”.

Palavrão

Nem o maior vencedor, nem o mais indicado. O recorde orgulhoso da banda Flaming Lips é o de ter o maior nome de música já premiada pela academia: The Wizard Turns On… The Giant Silver Flashlight And Puts On His Werewolf Moccasins.

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Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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