Ricardo Villalobos Foto: Reprodução

Gigante da música eletrônica, Ricardo Villalobos confirma volta ao Brasil

Jota Wagner
Por Jota Wagner

DJ e produtor pioneiro do minimal techno toca em São Paulo em 22 de março

A enorme comunidade de fãs do DJ chileno Ricardo Villalobos está em polvorosa com a notícia, anunciada nessa quinta-feira (08) pela party label chilena Sundeck, da volta do artista ao Brasil, para uma apresentação extendida com várias horas de duração no dia 22 de março.

Os “extended sets”, apresentações únicas de um DJ comandando a pista de dança do começo ao fim da festa, são clássicos na carreira de Villalobos. São Paulo viverá uma destas noites, no Estádio do Canindé. Pipocando nas redes sociais, a informação já foi confirmada pelo artista, mas ainda sem detalhes sobre a venda de ingressos.

 

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Ricardo saiu fugido, ainda criança e com a família, da ditadura militar de Pinochet. Mudou-se para Berlim. Na capital alemã, entrou em contato com a sólida cultura da música eletrônica e aprendeu produção musical. A ele, é dada a honra de ter sido um dos criadores (e, definitivamente, o principal propagador) do minimal techno, subgênero experimental e minimalístico, preterindo ruídos sofisticados ao bate -estaca industrial da música feita na Alemanha até então.

Villalobos começou a lançar suas primeiras músicas em 1993, aos 23 anos de idade. A novidade chamou a atenção, transformando-o em um dos mais requisitados DJs do planeta na virada do milênio. Desde então, o artista contabiliza cinco álbuns e dezenas de singles e remixes lançados. Seu último disco foi Empirical House, de 2017.

As passagens do DJ pelo país foram históricas, justificando a fissura do público pela nova apresentação anunciada para março. Para adicionar pimenta na empanada, o Estádio do Canindé tem se mostrado uma ótima locação para eventos de música eletrônica após a pandemia. Os eventos são realizados nas ruínas do clube social da Portuguesa, em meio a salões, quadras e piscinas abandonadas.

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Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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