Cynthia Luz Foto: Divulgação/ONErpm

Cynthia Luz: “Aprendi na igreja que música tem de tocar a alma”

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Cantora segue na estrada com disco novo (o sexto na carreira) e boas histórias para contar

New Music, Non Stop é nossa nova coluna semanal, em texto e vídeo, dedicada aos artistas que você precisa conhecer!

Antes de lançar seu sexto álbum (Ciclo Vicioso, que acaba de sair), a cantora Cynthia Luz passou por poucas e boas. Ser artista independente é barra pesada, e ela pensou em mudar de vida, frustrada com muitos aspectos da administração de uma carreira no tempo hoje. Para sorte de todos os que a acompanham, desistiu de desistir, e a experiência rendeu seu novo e mais maduro lançamento.

De alma leve e livre e jeito de surfista da Armação dos anos 80, Cynthia enumera com bastante clareza as experiências que a formaram enquanto cantora e compositora. Ainda adolescente, nos cultos da igreja, aprendeu que música tem que tocar no fundo da alma das pessoas. Não à toa, nos Estados Unidos, é classificada como spiritual.

Saiu cedo de casa para viver sozinha e cantar em botecos, onde aprendeu todo o jogo de cintura necessário para agradar o pessoal “com a cabeça cheia de 51”.

Tudo isso o que aprendeu, de bom e de ruim, leva para cima dos palcos e estúdios. Há tempos, descobriu como se enfiar em festivais, palcão que traz mais um ensinamento. Conquistar pessoas que não conhecem sua música.

A New Music Non Stop desta semana traz o bate-papo que tivemos com a artista que tem luz no sobrenome. Cynthia fala sobre as influências, as experiências e a certeza de que, pelo menos deste ciclo vicioso (o de fazer música), ela não se livrará.

“Tem muita coisa para consertar. Mas você é adulta, mãe, e não escolheu ser artista. É, porque é.”

Patti Smith
Você também vai gostar de ler A mulher que inventou o punk

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

× Curta Music Non Stop no Facebook