BaianaSystem Foto: Reprodução

Como o BaianaSystem transformou o Carnaval com suas caretas icônicas

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Com seu trio elétrico Navio Pirata, grupo baiano está mais uma vez rodando pelas ruas de Salvador

Formado em 2009 em Salvador, o BaianaSystem já virou uma banda de Carnaval. Durante os festejos, chovem postagens nas redes sociais com o grupo causando uma verdadeira catarse no público em seu trio elétricos, já um dos mais famosos do país. E se tem algo enraizado na cultura carnavalesca são as máscaras, presentes desde os primórdios das celebrações, na Veneza da Idade Média. Mais um ponto para os caras. Afinal, quando se fala neles, suas máscaras, ou caretas, vêm automaticamente na memória.

A sacada veio já na própria formação do grupo. Os Baianas não se veem como uma banda, mas como um sistema, que envolve VJ, artistas plásticos e músicos. Foi nessa que entrou ao bonde o designer Filipe Cartaxo, criador das máscaras características.

O contexto, segundo Cartaxo contou à revista Vice, foi o de unir público e banda, tornar todo mundo uma coisa só. Deu certo. Não há nada mais comum do que ver um monte de gente no público. Mas as criações, que trazem muito da cultura ancestral baiana, no caso específico das máscaras, vai além.

“Sei da tradição de caretas em diversos locais. Aqui no Nordeste então tem em muitos lugares. Vimos muito uma conexão global na cultura das máscaras, pois quando estivemos em países como China, Japão, Sibéria, Estados Unidos, todos eram ligados pelas mascaras. É uma espécie de pertencimento social mundial”, disse Cartaxo a Eduardo Ribeiro. As cores utilizadas remetem a tradições que vão desde festas a Iemanjá às cores das casas pintadas no interior da Bahia.

Todo mundo mascarado, todo mundo igual. Assim, uma multidão de caretas segue o Carnaval monstro do BaianaSystem. Com o tema Balacobaco – O Mundo Dá Voltas, o Navio Pirata, trio elétrico do grupo, está rodando pelas ruas de Salvador em três datas:

27/02 – Circuito Osmar
01/03 – 15h – Circuito Osmar
08/03 – 13h – Avenida Pedro Álvares Cabral entre o Obelisco e o Monumento às Bandeiras

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.