The Killers Foto: Getty Images/Reprodução

Brandon Flowers confirma: The Killers estão cada vez mais distantes dos sintetizadores

Flávio Lerner
Por Flávio Lerner

À NME, frontman do grupo de Las Vegas ainda falou sobre o lançamento de Rebel Diamonds, o aniversário de 20 anos de Hot Fuss e o que os diferenciou das outras bandas desde o início

Apesar de singles recentes como Your Side of Town — quase uma mistura de Pet Shop Boys com New Order e Depeche Mode —, a tendência do The Killers [grupo que se apresentou ainda este mês no Brasil] é, mesmo, de deixar a estética synth-pop cada vez mais no passado.

“Eu me dei conta de que o veículo em que eu quero montar tem menos sintetizadores e raios laser. Ainda estou tentando entender isso. Não é incomum; nós fizemos álbuns como Sam’s Town [2006], Battle Born [2012] e, definitivamente, Pressure Machine [2021], que têm menos a presença desse tipo de som. Não estou menosprezando essa sonoridade — muito dela moldou quem eu sou —, mas quanto mais velho eu fico, mais eu quero ser autêntico com quem eu sou e como me sinto. Preciso seguir esse caminho, que sinto que me leva mais em direção à música de guitarra, rock’n’roll e música americana”, declarou Brandon Flowers à NME, em entrevista publicada nessa segunda-feira (18).

No papo, conduzido por Andrew Trendell, o frontman do Killers falou sobre diversos outros temas, como o lançamento recente da nova coletânea de hits, Rebel Diamonds, o aniversário de 20 anos do álbum de estreia da banda, Hot Fuss, que será celebrado no próximo ano com shows especiais [que devem ser anunciados depois do ano novo], e revelou, em primeira mão, estar trabalhando em um novo disco solo, sucessor de Flamingo [2010] e The Desired Effect [2015], que deve chegar somente em 2025.

Outro ponto alto da entrevista veio logo na primeira resposta, quando Brandon explicou o diferencial que eles sempre tiveram para outras bandas de Las Vegas, que fez com que o grupo chegasse aonde chegou: ambissão.

“Nós sempre fomos um pouco diferentes de outras bandas de Vegas, porque desde lá atrás eu notei que tinha essa competição e rivalidade entre grupos locais. Eu não estava pensando neles — eu estava pensando em The White Stripes, The Strokes e Oasis. […] eu me perguntava: ‘O que essas bandas estão fazendo e por que elas não estão mais limitadas às suas cidades natais?’. Isso foi o que nos destacou muito cedo. Nós éramos diferentes, éramos ambiciosos. A ambissão pode ser vista como algo feio para algumas pessoas, mas nos serviu muito bem. Fomos capazes de preserverar, e é meio inacreditável”, afirmou.

Ao mesmo tempo, Flowers revelou ser seu maior crítico, e se comparar a artistas como o cantor e compositor de rock Tom Petty.

“Eu ainda faço aquilo que eu fazia há 20 anos, em que eu estou olhando para o nosso melhor e comparando com o melhor de Tom Petty, e tentando entender onde eu estou devendo! Mas ao mesmo tempo, eu olho e penso: ‘Você pode realmente ver essa banda se esforçando, amadurecendo, crescendo e se representando da forma mais honesta possível, ao mesmo tempo em que faz ótimas músicas das quais estou muito orgulhoso’.”

Você pode ler a entrevista na íntegra aqui.

Flávio Lerner

https://flaviolerner.medium.com/

Editor-Chefe do Music Non Stop.

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