Parça de Amy Winehouse, Bruno Mars, Dua Lipa e Paul McCartney, Mark Ronson ainda não tem, no Brasil, o reconhecimento que recebe no mundo todo
Na noite do último domingo (14), o DJ, produtor, compositor e guitarrista Mark Ronson recebeu no Critics Choice Awards, ao lado de Ryan Gosling, mais um prêmio em sua carreira: o de Música do Ano, pela faixa I’m Just Ken, incluída na trilha sonora de Barbie.
A despeito do que você acha do filme, é preciso admitir: que senhora faixa! Conta com um arranjo orquestral que cai como uma luva em trilhas cinematográficas. A batida, em ritmo de cavalgada pela campina, também. E a interpretação vocal de Ryan, ator que interpreta o Ken, também ficou acima da média.
Completando a lista de créditos, a saber: Ryan Gosling, que você conhece no cinema, também é músico. Mark Ronson tocou em I’m Just Ken, além de compor e produzir ao lado de Andrew Wyatt, nova-iorquino que surgiu para o mundo da música na banda The A.M.
O prêmio recebido, uma escolha — como o próprio nome entrega — dos críticos americanos para o que melhor foi feito no cinema, TV e plataformas de streaming em 2023, é apenas mais um na carreira de Ronson, artista renomado na parte de cima do planeta, mas ainda não tão conhecido em terras brasileiras.
O cara já levou quatro Grammys, dois deles graças à produção que fez nos discos de ninguém menos que Amy Winehouse. O terceiro, por ter produzido o super hit Uptown Funk, de Bruno Mars (o nosso Bruninho). O quarto, foi por ter composto a faixa Shallow, cantada por Lady Gaga e Bradley Cooper em Nasce Uma Estrela — a música ainda lhe rendeu um Óscar e um Globo de Ouro.
Um fazedor de hits de primeira ordem.
De onde vem este toque de Midas?
Mark Ronson nasceu em Londres e foi criado em Nova Iorque, dois berços supremos da música pop mundial. Seu padastro é Mick Jones, da banda Foreigner (a do hit I Want To Know What Love Is). Começou a discotecar hip-hop em festas nova-iorquinas e já meteu a boa em uma das suas primeiras produções, seu álbum de estreia Here Comes The Fuzz (2003).
A estreia de Ronson no cenário hip-hop de NYC foi muito, mas muito bem recebida. Virou o queridinho da descolândia e lhe rendeu convites para produzir faixas de nomes como Lilly Allen e Christina Aguilera. Logo na esteira do buchicho que se formou à sua volta, chegou o telefonema de uma tal de Amy Winehouse. Era sua reconexão com Londres.
Seu último álbum de estúdio, Late Night Feelings (2019), traz participações de cantoras como Miley Cirus, Lykke Li, Camila Cabello, King Princess e Alicia Keys. Isso sem falar em colaborações recenetes com nomes como Dua Lipa, Damon Albarn e Paul McCartney.
Meteórico, hitmaker e ganhador de prêmios. Este é o Mark Ronson, dono de uma carreira em que ainda não cometeu erros.