Glastonbury 2024 Foto: Reprodução/YouTube

Coldplay com Michael J. Fox, Banksy, Dua Lipa, Disclosure… Veja 6 grandes momentos do Glastonbury 2024

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Festival britânico seguiu a tendência das participações especiais em shows — mas subindo o sarrafo

Seja no ódio ou no amor, a última edição do Glastonbury Festival of Contemporary Performing Arts, que rolou entre os dias 26 e 30 de junho em Somerset (Inglaterra), mostrou a todos por que o evento é um dos mais relevantes na história da música. O festival seguiu a tendência mundial de impactar o público com participações especiais em shows. Mas no caso do Glasto (como não poderia deixar de ser), a régua subiu mais um pouco. A organização do evento colocou 210 mil ingressos à venda, que se esgotaram em apenas 22 minutos, em novembro do ano passado.

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Para muitos artistas, portanto, o Glastonbury significa seu “show do ano”. Abaixo, trazemos alguns dos principais destaques desta edição.

Banksy aprontando no show do Idles

 

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Especialista em impactar, o multiartista Banksy aprontou mais uma. Criou um bote inflável com bonecos de imigrantes encapuzados e com coletes salva-vidas, para a chamar atenção das centenas de mortes que ocorrem a refugiados que tentam atravessar ilegamente mares e canais europeus para escapar das condições horríveis a que estão submetivos em seus países de origem. O barco navegou pela multidão que assistia ao show do Idles, durante a execução da música pró-imigração do grupo, chamada Danny Nedelkouma história real sobre um jovem que escapou da guerra na Ucrânia e se mudou para a Inglaterra. A banda, segundo a NME, não tinha conhecimento do protesto planejado por Banksy.

O secretário de estado inglês, James Cleverly, por sua vez, atacou fortemente a intervenção artística de Banksy, chamando-a de “piada de mau gosto” — dor de cotovelo que só fez amplificar a mensagem proposta pelo artista dentro do festival.

Coldplay + Michael J. Fox

Sempre que Michael J. Fox, astro do cinema de 63 anos que há tempos convive com o mal de Parkison, aparece em público, a emoção é garantida. O ator já participou até mesmo de episódios de séries de comédia, em que brinca com a falta de controle que tem sobre os membros do corpo. A eterna estrela da franquia De Volta Para o Futuro aprontou mais uma. De surpresa (para o público), subiu ao palco em sua cadeira de rodas para tocar guitarra ao lado da banda Coldplay, na música Fix You. A multidão, em lágrimas, cantou junto. O momento já entrou para a história como um dos mais inesquecíveis em todos os Glastonbury. Foi a participação mais emocionante, mas longe de ser a única.

Bombay Bicycle Club + Damon Albarn (Gorillaz/Blur)

O onipresente Damon Albarn descolou um jeito de voltar aos palcos do Glastonbury, que conhece tão bem. O (ex?) integrante do Blur cantou ao lado da banda Bombay Bicycle Club, na sexta-feira à tarde. Albarn foi convidado para cantar e tocar teclados na música Heaven, que ainda contou com um arranjo de sopros com direito a até uma tuba!

Disclosure + Sam Smith

O duo Disclosure, por sua vez, trouxe Sam Smith para junto. O cantor já havia trabalhado com a banda nas músicas Latch, lançada em 2012, e Omen, de 2015. A oportunidade, portanto, era perfeita para convidar o parça e trazer algo a mais, de surpresa, ao show do Glastonbury 2024.

Dua Lipa + Kevin Parker (Tame Impala)

 

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Outra artista que resolveu solidificar de vez as relações com os brothers foi Dua Lipa, que chamou ao palco Kevin Parker, frontman do Tame Impala que ajudou-a a produzir seu último álbum, Radical Optimism. Juntos, tocaram The Less I Know The Better, sucesso de 2015 do grupo australiano.

Jessie Ware + Romy

E se é para chamar atenção, por que não lançar uma música em dobradinha no dia da apresentação do Glastonbury? Romy, que encantou o público brasileiro no C6 Festival, também deu um pulinho em Somerset. Convidada para dar uma palinha no show de Jessie Ware, que rolou no sábado, as artistas apresentaram a música que gravaram juntas, Lift You Up, lançada oficialmente naquele mesmo dia.

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.