Sampa The Great Sampa The Great – foto: divulgação

“Tudo veio de uma linda árvore” – Conversamos com Sampa The Great, cantora de Botsuana em turnê pelo Brasil, sobre suas influências

Jota Wagner
Por Jota Wagner

De Botsuana para o Brasil. Sampa The Great, que aos 28 anos já rodou o planeta, desembarca no Brasil para uma série de shows.

A partir desta quarta-feira (17), os brasileiros poderão conferir ao vivo uma artista que vem chamando atenção, de ponta a ponta do mundo (se você o estiver olhando em um mapa).  Sampa The Great nasceu na Zâmbia, foi criada em Botsuana, já viveu na Austrália e Estados Unidos, e coleciona prêmios por onde passa desde que lançou seu álbum The Return, em 2019.

Conversamos com a artista, que fala das influências de sua música e o corre que tem feito em sua turnê mundial.

Music Non Stop: Você viveu em vários lugares desde que começou na música… Botsuana, São Francisco, Los Angeles, Sidney, Melbourne… que cidade influenciou mais seu trabalho, além da terra natal?

Sampa The Great: Eu ainda diria que minha terra natal influencia muito a música que eu faço atualmente. Apesar de ter vivido em LA e São Francisco e ter me inspirado bastante no R&B e Soul Music, que é americana, além do hip-hop, eu já a ouvia quando vivia em Botsuana. Portanto, estes são gêneros musicais que eu escutava quando jovem, por isso digo que são inspirações vindas de casa.

O jazz e o hip-hop tem uma longa (e maravilhosa) relação. Na sua opinião, o que faz estes dois gêneros musicais serem tão ligados?

Olha, jazz e soul music estavam nos toca-discos dos DJs, tocados e sampleados quando o hip-hop começou, então eles são a base da música que escutamos hoje. Suas partes foram sampleadas da soul music, e agora nós ouvimos, em tempos atuais, seus samples sendo usados novamente. Blues, R&B, soul music, são todos gêneros interconectados historicamente. Tudo está em uma linda árvore, que veio da mesma fonte.

Você pode nos contar um pouco sobre seu último single, Bona? Ouvimos muita energia nela…

As raízes da música são influenciadas pelo que eu ouvia quando cresci em Botsuana. Um monte de música “tsuana” tem altas doses de energia, ritmo forte. Você ouve muito disso no Amapiano atualmente, que é algo sulafricano e que se espalha para todo o continente africano (e Botsuana, claro). Música focada no ritmo, muito energética, muitas gírias e, claro, Bona foi inspirada nisso.

Você tem 4 shows em seis dias durante sua turnê brasileira… uma agenda cheia. Como você se prepara para uma correria dessas?

Bem, estamos no meio de uma turnê, então isso será uma parte desta correria. Obviamente, tirando folgas entre alguns shows. O jeito é tratar de estar saudável e descansar. É parte do jogo. Quando em turnê, você está compartilhando sua música com pessoas do mundo todo, então o ritmo será frenético, mas você definitivamente precisa tirar tempo para descansar quando pode.

Confira as datas e os locais dos shows de Sampa The Great no Brasil:

Sampa The Great South American Tour 2022

17/8 – Sao Paulo – Audio

18/8 – Rio de Janeiro – Circo Voador

20/8 – Porto Alegre – URB Stage

21/8 – Curitiba – Ópera De Arame

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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