Madonna Justify My Love - Videoclipes sexo Imagem: Reprodução

Sexo no pop: veja 10 dos videoclipes mais safados de todos os tempos!

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Diversos artistas usaram a sexualidade como inspiração para algumas músicas, que geraram obras-primas da excitação visual

Festinhas na piscina, tara pelo vizinho, fetichismo e praias desertas. No mundo da música pop, o que não faltou foi apelo ao mais selvagem instinto do ser humano.

Desde a fórmula mais básica, como “gente bonita” se roçando, até ataques irônicos aos tabus da sociedade e à exploração da sensualidade pela indústria fonográfica, o sexo foi usado inúmeras vezes em lançamentos musicais.

Com o advento dos videoclipes, produtores ganharam mais um sentido para estimular os consumidores: o visual. Funcionou.

Veja abaixo dez videoclipes dos mais safados da história da música pop!

Madonna – Justify My Love

Madonna é definitivamente a rainha da sacanagem artisticamente correta, e Justify My Love, sua maior obra-prima do gênero.

O vídeo, primorosamente editado, foi uma revolução sexual televisionada no final de 1990, e apresenta uma sequência de cortes capaz de dar arrepios até no mais frígido defunto.

Filmado em andar de hotel, o clipe mostra a sacanagem rolando solta (dentro ou fora da cabeça de Madonna), através da dança e da insinuação dos corpos. Letrada na linguagem fetichista, Madonna abusa de símbolos para elevar a temperatura a níveis inéditos na linguagem dos videoclipes.

Chris Isaak – Wicked Games

É difícil dizer, em Wicked Games, o que colabora mais à excitação sexual do espectador: as cenas ou a música. A verdade é que as duas conversam, colaboram no clima de namoro fervoroso.

No som, a lânguida guitarra em slide, o som de “vassourinha” da bateria e a voz de Chris Isaak são salivantes. Nem o backing vocal sussurrado escapa do objetivo principal sugerido.

A sequência de imagens completa o mojo com praias desertas e corpos deslumbrantes besuntados de areia. Ufa!

D’Angelo – Untitled

Em Untitled, D’Angelo ostenta sua abençoada compleição óssea, dentária e muscular em um videoclipe de edição simples. O cara, solo, seminu em frente às câmeras.

Dada a falta de defeitos na paleta do pintoso cantor de R&B, não precisa mais do que isso.

George Michael – Freedom

Freedom começa com a cena de uma chaleira fervendo água. Corta para um par de pés cruzados e, então, a música começa, introduzida pela infalível batucada de bongôs. Está dado o recado.

A partir daí, George Michael evolui, esbanjando sensualidade em cenas que envolvem dança, água, modelo de cueca coçando as coxas e um casting irresistível, obedecendo à estética sexy fashionista que tanto agradava o público do cantor nos anos 90.

Fiona Apple – Criminal

Tudo provoca em Criminal. Mais do que isso, é editado de uma forma que convide o expectador a imaginar. Máquinas fotográficas, um quarto de hotel mal iluminado, pupilas dilatadas, sapatos jogados, garrafas vazias e uma exposição de corpos em languidez pós suruba.

Nada é muito revelado. Mas muita, muita coisa é sugerida.

Paula Abdul – Cold Hearted

No maior estilo “pornô com história”, Cold Hearted sugere uma exposição do paradoxo entre o uso da sensualidade pelos artistas e sua exploração pela careta indústria fonográfica, aqui representado por quatro executivos de gravadora que vão assistir a um ensaio de Paula Abdul e sua turma de gostosos.

Prince – Kiss

O quanto o mundo da música não perderia se Prince não tivesse a necessidade de mostrar que era muito mais do que um talentosíssimo multi-instrumentista e arranjador.

O astro dedicou boa parte de sua criatividade para criar uma imagem de símbolo sexual para si. E isso inclui performances andrógenas, falsetes extremamente bem colocados e videoclipes provocadores.

Kiss não é o único, mas o mais interessante videoclipe de Prince nesse sentido. Mais do que uma provocação, é um convite a hipersexualidade. Desde que com ele junto, claro.

Janet Jackson – Any Time Any Place

Cheia de vontade, a personagem de Janet Jackson em Any Time, Any Place, observa o vizinho chegar em seu apartamento pelo olho mágico da porta.

O safadinho percebe, entra em seu cafofo e deixa sua chave para o lado de fora, código para Jackson cair para dentro. A partir daí, um jogo de sedução se revela.

Anitta – Vai Malandra

Vai Malandra, o “clipe da celulite”, foi uma das mais belas sacadas da inteligentíssima Anitta, que explorou o interesse sexual vigente pelo “amador”. Levou a sensualidade para o morro, com os piscinões na laje cheio de corpos suados, marquinhas de sol e esfregação refrescante durante todo o videoclipe.

Pansy Division – I Really Wanted You

Menção honrosa à sacanagem adolescente, I Really Wanted You, do Pansy Division, é um brinde às safadezas meio inocentes das festinhas na piscina.

O protagonista está a fim de um carinha, que por sua vez, está a fim de uma menina. O jogo de sedução passa por olhares, insinuações e os toques meio sem querer, entre as brincadeiras debaixo d’água.

Tudo sob o sol, punk rock e o humor leve característico da banda de queer punk. O clipe precisou de uma versão mais light para a MTV, mas a que você assiste aqui é a original, a rough cut.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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