Álbum póstumo de Ryuichi Sakamoto está prestes a chegar; ouça prévia!
Opus está previsto para o dia 09 de agosto, através da Milan Records
Amantes da arte, regozijai-vos! Ainda existe música não ouvida do gênio Ryuichi Sakamoto, falecido em 2023. O músico é uma das mais frondosas cerejeiras musicais nascidas do fértil solo japonês. Generoso e apaixonado por trabalho, nos deixou um álbum póstumo, chamado Opus, com lançamento previsto já para o dia 09 de agosto.
A gravadora Milan Records, responsável pelo lançamento, divulgou recentemente o primeiro single para deixar a nação de fãs de Sakamoto com água na boca. Tong Poo, releitura de uma das canções de sua seminal banda de estreia, Yellow Magic Orchestra (fundamental tanto para fãs da música eletrônica, quando do techno-pop), em uma versão piano-jazz, paixão do músico em sua fase madura da vida.
O projeto, como não poderia deixar de ser, contém histórias repletas da genialidade de Sakamoto. Opus nasce gigante, com 20 músicas, todas gravadas em um só take nos estúdios do músico. Além dos tesouros musicais, chega acompanhado de um documentário com imagens gravadas pelo próprio filho do músico, Neo Sora. O disco também traz um cuidado técnico condizente com a paixão de Ryuichi pela produção musical: é todo mixado em Dolby Atmos, novidade tecnológica que confere espacialidade 3D ao som. Mais Ryuichi Sakamoto, impossível.
Ciente de que já estaria com a passagem comprada para o plano superior (o músico lutava contra o câncer), Sakamoto decidiu gravar um novo álbum “concebido para registrar minhas performances ao vivo, ou pelo menos o que eu ainda consigo executar”. Daí veio a ideia de gravar tudo ao piano, em um só take de gravação. Pelo jeito, os seus padrões eram realmente altíssimos, a contar pelo o que ele “conseguiu executar” no single de Tong Poo, que acabamos de ouvir.
Sua sublime ideia foi deixar para nós, que seguimos pelejando aqui na Terra, um Ryuichi Sakamoto cru, puro, eternizado em sua essência como pianista. Um legado que poderia soar até arrogante, considerando a elástica técnica que o músico trazia nos dedos. Mas não. No caso do artista, é generosidade mesmo. Pura e sincera.