Saiba mais sobre a estrutura do Time Warp 2024, que rola neste final de semana

Em contagem regressiva para a edição brasileira de 2024, o Time Warp convidou o Music Non Stop para uma visita técnica ao local do festival: o icônico Vale do Anhangabaú, seguida de uma coletiva de imprensa. Utilizando o espaço em quase sua totalidade, a edição nacional do evento receberá cerca de 15 mil pessoas por dia, oferecendo, pela primeira vez, três palcos. O mote do evento é orientado para a pista de dança por meio do slogan The truth is on the dancefloor.

O primeiro deles, floor 1, e principal, fica próximo ao Viaduto do Chá. Trata-se de uma tenda de cerca de cem metros de profundidade com capacidade para receber em torno de cinco mil pessoas, além do backstage. Nele, é possível enxergar uma enorme estrutura de motores no teto, que se transformarão de posição por meio de cores e luzes no decorrer da noite, utilizando tecnologia criada na gringa. 

O sistema de som superavançado conta com caixas D&B, tudo para agradar os ouvidos mais atentos e exigentes. Mas calma: há mais de 20 containers para bloquear e organizar o caminho do som, já que a configuração é pensada para evitar que o subgrave propague para todos os lados. Tudo é feito de acordo com as diretrizes da Prefeitura de São Paulo, com a qual a organização mantém firme contato, respeitando tanto as leis sonoras quanto as de patrimônio cultural.

Inclusive, foi preciso adaptar a planta do festival para garantir a vista das paisagens do coração da cidade. Segundo Marcelo Madueño, diretor de produção da Entourage, “o maior desafio foi encaixar a demanda técnica e de estrutura dentro de um espaço que tem uma importante regulamentação como patrimônio histórico”. Sendo assim, a cenografia do Time Warp Brasil reúne o minimalismo alemão de  sua origem — juntando arte, música e tecnologia — com o cenário urbano de uma das maiores cidades do mundo, como São Paulo.

Isso tem tudo a ver com o segundo palco, floor 2, que é open air, em sentido contrário ao floor 1. Criada pelo time brasileiro, a estrutura é uma evolução do palco anterior e foi feita justamente a céu aberto para tropicalizar o festival. Ainda de acordo com Madueño, a edição alemã é feita totalmente em espaços fechados pela dificuldade que a equipe enfrenta quanto ao isolamento acústico, já que a região é residencial. 

E falando em deixar o festival mais com a cara do Brasil, a organização tem liberdade criativa para tal, e tem optado por expandir o techno e garimpar artistas da house à disco para o lineup, sem deixar de lado também a parte estética, abraçando a relação da cenografia com o espaço ocupado e levando instalações artísticas. Neste caso, como a marca celebra 30 anos de existência, haverá uma exposição multimídia com imagens marcantes dessa história, que nasceu em 1994 na Alemanha e em 2018 no Brasil.

O terceiro e último palco, além de inédito, é patrocinado pela cerveja Beck’s e está localizado na região da Praça das Artes. O floor 3 também será o local da after-party, evento que ocorre após o encerramento do Time Warp e com capacidade reduzida para cerca de duas mil pessoas.

O planejamento e idealização demoram cerca de um ano. São 4 mil colaboradores na montagem, quatro mil durante o evento e três mil desmontagem. E o Vale do Anhangabaú promete ser a casa do Time Warp Brasil por pelo menos cinco anos, de acordo com contrato firmado e com o relacionamento muito próximo da equipe com a prefeitura da cidade.

Para isso, o evento conta com central de monitoramento interno e externo, pensando no cuidado com o público do país e de fora dele (o que contabiliza cerca de 32% dos ingressos); sem contar com as áreas de acessibilidade e PCD e movimento de redução de danos, que conta com profissionais (entre psicólogos e advogados) para auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade.

O festival também conta, nesta edição, com copos retornáveis e com merchandising oficial em colaboração com a marca Cartel Zero Onze, já disponível para venda.

Sobre o Time Warp

O Time Warp surgiu na Alemanha em 1994 com base nos ideais da cena house/techno, e, aliado a uma infraestrutura e tecnologia audiovisual de ponta, logo se tornou um dos festivais mais conceituados da Europa entre os ambientes underground.