Lollapalooza música eletrônica Kittin é uma das grandes atrações do rolê. Foto: Reprodução

Três roteiros para curtir música eletrônica no Lollapalooza

Vitória Zane
Por Vitória Zane

Preparamos não apenas um, mas três caminhos diferentes pra curtir a miríade de opções dançantes que se apresentam no Perry’s by Johnnie Walker

Os fãs de música eletrônica têm certo privilégio no Lollapalooza 2024. Não é todo festival que tem um palco dedicado ao gênero. Com 25 artistas que exploram as diversas vertentes deste cenário divididos em três dias de rolê, quem vai ao Lolla BR pode tranquilamente acampar em frente ao palco Perry’s by Johnnie Walker, que leva o nome do fundador do festival, e abriga (praticamente) todos os DJs e produtores desta edição.

Pensando em nomes imperdíveis, criamos três roteiros para o público focado na música eletrônica, e temos certeza que um deles vai se encaixar em suas preferências musicais.

Roteiro #1: mulheres no lineup

Vamos valorizar a força feminina nesta programação de 2024? Já na sexta-feira (22), temos Ella Whatt ao meio-dia, seguida de From House to Disco (12h45), Mary Mesk (13h30), Mila Journée (15h30) e a gringa Kittin (18h). 

O girl power de sábado (23) conta com Marina Dias (meio-dia), Giu (12h45), Jessica Brankka (14h30), Sarah Stenzel b2b Curol (15h30) e Groove Delight (18h).

No domingo (24), infelizmente a única representante mulher da cena eletrônica é J. Worra, às 18h.

Roteiro #2: highlights por dia

O Music Non Stop tem pensado com carinhos nos destaques de cada dia. O primeiro está recheado de coisas boas, mas aqui temos a difícil missão de selecioná-las. Três nomes prometem muito. São eles MK (19h15), Dom Dolla (20h30) e The Blaze (21h30).

Os dois primeiros são projetos já conhecidos pelos fãs de house music (e para facilitar, tocam um após o outro no Perry’s). Inclusive, eles têm uma collab, chamada Rhyme Dust.

Já The Blaze é um duo formado por dois primos franceses, sendo a única atração eletrônica que toca no Palco Alternativo — que tem tudo a ver com seu som —, e que mistura música e imagem, encaixando perfeitamente a sonoridade e os visuais numa performance live. Não à toa, já ganharam inúmeros prêmios relacionados a videoclipes. 

Sabadão conta com a dupla Loud Luxury (19h15), dona de hits como Body e If Only I. É aquele som que se mistura com o pop, e que todo mundo adora. Em performance recente no Lolla Argentina, a dupla vestiu a camisa (literalmente) e fez várias homenagens ao país. Não esperamos menos do que isso por aqui!

Above & Beyond (21h45), outra atração da mesma data, dispensa apresentações. São quase 25 anos de carreira do trio, também fundador da famosa gravadora e party label Anjunadeep. Conhecido por expandir o trance pelo mundo, o projeto é referência na vertente, com um som mais profundo, perfeito para propor momentos (e pausas) para reflexão.

O último dia do festival não tem lá tantas atrações do gênero: são apenas quatro artistas (não estamos contanto aqui as atrações voltadas ao rap e ao trap, que já foram trazidas neste guia). Entre eles, J. Worra (18h) é uma DJ e produtora estadunidense de house que está em ascensão. Com certeza, vale a pena assisti-la em sua estreia no Brasil.

Um nome que não aparece muito em solo verde e amarelo é ZHU (20h30), outra atração do palco (e também dos Estados Unidos), que recentemente lançou seu quarto álbum de estúdio, Grace, que vem dando o que falar, dividindo a opinião dos fãs — muitos pedem a fase antiga do artista, na qual nem mostrava o rosto.

A produção foi feita na catedral de mesmo nome, em São Francisco, e tem toda uma estética visual que se aproxima da religiosa (inclusive nas roupas que ele tem utilizado nas performances), mas num tom avermelhado, dando uma atmosfera mais dark.

Roteiro #3: vertentes

Ok, vamos ser objetivos nessa. Quer um som mais mainstream? Vai de Diplo (21h45) na sexta e Timmy Trumpet (20:30) no sábado, dois artistas consagrados do cenário comercial e que adoram o Brasil. 

Mas caso prefira algo mais underground, uma opção é Ella Whatt (12h) e Kittin (18h) na sexta, e Marina Dias (12h) no sábado. Vale ressaltar aqui o papel da Kittin (antigamente, Miss Kittin) como um nome de vanguarda da cena, muito aclamado pelo público. 

Segue o fio para quem curte aquele house mais pra cima (e uma pitada de tech house): na sexta-feira, From House to Disco (12h45), além de Classmatic (16h45) e os já citados MK (19h15) e Dom Dolla (20h30). No sábado, vai de Giu (12h45), Gabe (16h45), Groove Delight (18h) e Loud Luxury (19h15). E no domingo, bora de J. Worra (18h) e Dombresky (19h15).

Já pra quem é fã de house e techno numa linha mais melódica, temos o seguinte: Mary Mesk (13h30), Ratier (14h30) e Mila Journée (15h30) na sexta; Riascode (13h30), Jessica Brankka (14h30) e Sarah Stenzel B2B Curol (15h30) no sábado; e Meduza (21h45) no domingo (sim, o projeto tem uma faceta para além dos hits comerciais).

Na verdade, Meduza é um trio italiano em que todos produzem, mas só um deles se apresenta em shows. Além dos sucessos radiofônicos — Piece Of Your Heart, Paradise, Tell It To My Heart, Lose Control… —, a performance em show abriga um som mais underground, que encerra o festival.

Vitória Zane

Jornalista curiosa que ama escrever, conhecer histórias, descobrir festivais e ouvir música.

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