Modalides brasileiras nas Olimpíadas Foto: Reprodução

5 modalidades ‘esportivas’ brasileiras que deveriam estar nas Olimpíadas

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Do desfile de escola de samba à Carreta Furacão

O Comitê Olímpico Internacional está perdendo tempo. O Brasil tem muito a contribuir para a renovação que o órgão está tentando propor aos jogos. As Olimpíadas já têm em seu quadro de modalidades o surfe, o skate e o breaking (como esporte convidado), com a intenção de trazer o público mais jovem para a torcida.

Os três exemplos acima são considerados esportes “jovens”, criados muito mais como diversão e expressão do que engessadas modalidades que demandam treinamento pesado desde a infância em ginásios que mais parecem quarteis militares. O skate só precisava de um corrimão ou uma praça para ser praticado. O breaking, uma superfície lisa em que se pudesse dançar.

Preparamos a sopa para o COI saborear: cinco modalidades esportivas brasileiras que deveriam estar nas Olimpíadas.

Desfile de escola de samba

Vai-Vai

Foto: Reprodução/Facebook

Imagine uma competição entre Acadêmicos de Paris, Império Real Britânico, Unidos do Congo e mais agremiações de todos os países em um grande sambódromo olímpico. Modalidade artística e muito atlética, uma competição de escolas de samba mundiais seria incrível. Demanda groove, talento e resistência física. Afinal, carregar um surdo de bateria durante todo um desfile, com sorrisão na cara, não é nada fácil. Um vestido de porta bandeira, então, chega a pesar incríveis 30 quilos.

Batalha de passinho

MTG

Imagem do filme “A Batalha do Passinho”/Reprodução

Se o breaking já abriu a porteira para as danças de rua, então que venha o passinho. Ginásio lotado, torcida animada e, no centro, jovens periféricos de todo o mundo de boné, tênis e camiseta regata com as cores de seus países. Cada um disputa com equipes, e os pontos são dados pelo talento, criatividade e sincronia entre os atletas. O DJ solta um funkão e começa a briga pela medalha de ouro. Não tem erro.

Batalha de rimas

Modalides brasileiras nas Olimpíadas

Foto: Reprodução

Apesar do problema relacionado aos diferentes idiomas (o tradutor simultâneo que lute), uma batalha de rimas seria sensacional nas Olimpíadas. Ver a molecada das quebradas de diversos países do mundo, frente a frente, disputando pela medalha para o time com maior rapidez de pensamento, criatividade e talento para rimar. Pode chamar que vai dar bom!

Roda de samba

Modalides brasileiras nas Olimpíadas

Foto: Reprodução

No centro do ginásio, uma mesa e os músicos de cada país em volta. Toca o apito e cada turma tem cinco minutos para soltar o som. A câmera está posicionada no alto, já que, nesta modalidade, uns 30 juízes ficam em pé em volta da mesa. Pela primeira vez na história olímpica, é permitido o consumo de cerveja, cachaça e torresmo durante a apresentação, inclusive pelo corpo de juízes.

Carreta Furacão

Modalides brasileiras nas Olimpíadas

Foto: Reprodução

Estádio Olímpico. Clima de festa. Muita gente assistindo. Na pista de atletismo, em vez de corredores, carretas coloridas se alinham em fila. Ao seu lado, dezenas de Fofões e Mickeys de diversos países se aquecem. O clima é tenso. Dada a largada, começa o rolê. Cada carreta dá uma volta, respeitando a distância uma da outra, para não atrapalhar a coreografia. Os pontos valem pela qualidade de som e principalmente as acrobacias dos atletas fantasiados. Paredes provisórias são montadas ao lado pista, para permitir os saltos mortais e dificultar o rolê. O COI também coloca motoboys e ciclistas para tentar atropelar os atletas, demandando ainda mais agilidade!

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.