Toda sexta, o Music Non Stop traz pra 10 lançamentos imperdíveis pra você ouvir, com curadoria de Monique Dardenne. Antes de mais nada, vamos dar a carteirada da Monique:
Mãe da Malu, Monique é formada em Direito, atua no mercado musical há mais de 15 anos como booker de artistas nacionais, internacionais, gestora de carreiras, pequisadora e curadora musical. Foi label manager da plataforma Skol Music, diretora da webtv inglesa Boiler Room no Brasil e curadora de música do Centro Cultural São Paulo.
É co-fundadora da plataforma de música Women’s Music Event, que inclui uma conferência anual e o WME Awards by MUSIC2, primeiro prêmio de música voltado às mulheres.
Quer saber o que saiu da pesquisa musical da Monique? Clica abaixo e aumenta o som!
De 1 a 8 de abril
1 – Mary Olivetti – Black Coco (EP remixes)
Mary Olivetti, produtora com o DNA sonoro do pai, Lincoln (foto: divulgação)
Black Coco foi um super hit de 1978 lançado pela banda
Painel de Controle e produzida/composta por
Lincoln Olivetti. Ela ganhou uma nova versão em 2021, repaginada por sua filha,
Mary Olivetti com vocais de
Mahmundi. Saiu nesta sexta (1) o EP de remixes pelo selo carioca-alemão Cocada Music, braço da Get Physical, com os nomes
Marky,
Nu Azeite (
Bernardo Campos e
Fábio Santanna) e uma versão rádio edit da própria Mary.
2 – Guruku – Love Runaway (single)
A nova e ainda desconhecida dupla Guruku lança seu EP de estreia só no final do mês, mas já dá pra sentir o que vem por aí com este primeiro single com participação de Tamara Lee no vocal e remix de Ray Mang. Uma faixa novinha em folha, mas com cheirinho de pista da virada dos 70 para os 80, com pegada da clássica Hearbeat, hino de Taana Gardner.
3 – Janice Iche x NKC – How to Flow (single)
O intercâmbio entre músicos europeus e africanos de diferentes cenas e estilos (afroswing, amapiano etc.) tem sido intenso, e neste single isso se nota bem. NKC, de Bristol, Inglaterra, e Janice Iche, da cidade de Mombaça, no Quênia, se conheceram e começaram uma relação de trabalho inteiramente online. Cantando em suaíli e inglês, o estilo de Janice Iche é neo-soul jazzístico, mas ela o entrelaça no techno e no dub de NKC de uma maneira que lembra como a grande Nicolette trabalhou com rave e jungle nos anos 90.
4 – Francesco Tristano – Toccata (L_cio Remix)
Um lançamento de
Francesco Tristano é sempre algo pra gente prestar atenção. A faixa
Toccata nasceu com um vigor pianístico que pedia um belo remix. Foi o que entregou o paulistano
L_cio, como você pode ouvir aqui.
5 – L’homme Statue – Canto das Sereias (videoclipe)
Depois de divulgar Ser, construindo novos imaginários para o seu chamado “corpo preto viado”, Loïc Koutana, o L’homme Statue, embarca em uma série de lançamentos que marcam visualmente seu recente álbum de estreia.
Com direção de Fred Ouro Preto, o videoclipe Canto das Sereias é guiado por três atmosferas diferentes que refletem, de maneira muito poética e afetuosa, os movimentos da vida, a introspecção, a pureza e o renascimento. Na sonoridade, a alma blues evolui para um r’n’b com batidas modernas do trap, construídas por Pedro Zopelar, produtor musical do projeto e maior parceiro criativo de Statue.
Imigrante afro-francês nascido em Paris, de família natural do Congo e da Costa do Marfim, L’homme Statue vive no Brasil – por amor – há mais de 6 anos. É cantor, dançarino, modelo, performer e influenciador digital.
6 – Theo Parrish, Marcellus Pittman – Ooh Bass (single)
Mais uma joia vinda do trabalho em conjunto dos mestres da música eletrônica norte-americana, Theo Parrish e Marcellus Pittman. O single Ooh Bass vai agradar em cheio aos ouvidos atentos à mistura hipnótica de jazz e Detroit techno.
7 – Titus Waldner – Ballroom (EP)
Acordes jazzísticos e expressivos complementam batidas pulsantes, inspiradas nos anos 90, enquanto o músico alemão Titus Waldner nos presenteia com uma experiência auditiva verdadeiramente luminosa.
8 – Papé Nzinengui – Moghogho (single)
Single que antecede o álbum Kadi Yombo, que tem lançamento duplo em vinil e no formato digital previsto para maio. Pape Nziengui é um mestre de harpa Bwiti do Gabão. A harpa Bwiti é usada em rituais pelo povo Tsogho, que vive na região central densamente arborizada do Gabão. Em Libraville, a capital, Nziengui era conhecido por seu estilo de jogo. Ele se apresentou com estrelas locais e músicos estrangeiros como Papa Wemba e Manu Dibango. Em 1988, tornou-se o primeiro harpista a lançar um álbum, uma cassete produzida pelo Centro Cultural Francês, e formou uma banda, Bovenga, com o objectivo de criar versões modernas da sua música tradicional. Seu som é extremamente hipnotizante e quente.
9 – Mané Fernandes – Enter the sQUIGG (álbum)
O jovem guitarrista do Porto, Portugal, faz a sua afirmação decisiva na carreira de compositor com este álbum. Cada movimento que ele fazia antes, marcando um estilo rítmico de estilo próprio, estava levando a Enter the sQUIGG, um deleite fenomenal sobre ritmo e sua relação com harmonia e melodia.
10 – Alabaster dePlume – Gold – Go Forward in the outage of Your Love (álbum)
O saxofonista de jazz e poeta Alabaster dePlume incentiva a gentileza e o cuidado em Gold, seu primeiro álbum solo desde The Corner of a Sphere, de 2018. Com o subtítulo de Go Forward in the Courage of Your Love, o álbum conta com o desconforto e as recompensas da vulnerabilidade. DePlume montou o disco a partir de longas peças improvisadas que ele rearranjou e costurou.
Claudia Assef
https://www.musicnonstop.com.brAutora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.