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Por Jota Wagner

7 de junho de 2024

Grupo formado por Paul Banks, Daniel Kessler e Sam Fogarino toca seus dois primeiros álbuns de estúdio na íntegra

Neste final de semana, São Paulo recebe um dos grupos responsáveis por recauchutar o indie rock nova-iorquino na virada do milênio. O Interpol chega à cidade para dois shows, sexta (07) e sábado (08), na Audio, para tocar as músicas de seus dois primeiros álbuns de ponta a ponta: Turn On The Bright Lights, de 2002, e Antics, de 2004. O trio se apresentou nesta quarta-feira (05) no Rio de Janeiro (Vivo Rio).

O mundo da música voltou seus olhos para a cidade de Nova Iorque no começo dos anos 2000, deslumbrado com uma turma de bandas que estava propondo um movimento de renovação ao punk e pós-punk de 20 anos atrás. The Strokes, The National e Interpol, todos amigos de rolê, despontaram quase simultaneamente, fazendo a cidade ferver e lembrando a todos sobre como Nova Iorque pode ser legal e inventiva.

O movimento fez com que tais bandas, já em em seus álbuns de estreia, alcançassem visibilidade mundial. Os álbuns Is This It (The Strokes) e The National foram lançados em 2001. Turn On The Bright Lights, no ano seguinte.

A partir de então, o Interpol virou um grupo mundial, abraçado pelos grandes festivais e surfando na onda da popularização desta renovação roqueira, que seguiu sendo rotulada de indie rock, apesar de se tratar de bandas apoiadas por grandes gravadoras. Mas isso não importa. O que seria da música se este tantão de projetos não estivesse lançando bons álbuns, apoiados por ótimas referências musicais, entre os anos 2000 e 2020? Dá calafrios só em imaginar.

Seu legado é apoiado por uma legião de fãs brasileiros. Originalmente, o Interpol faria apenas uma apresentação em São Paulo, mas os ingressos se esgotaram tão rápido que a banda topou um show extra, no sábado.

Para hoje, restam ainda alguns poucos ingressos para os camarotes. No sábado, até o fechamento desta matéria, ainda há opções para todos os setores.

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Serviço

Interpol em São Paulo

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.