Quem foi ao DGTL ano passado em São Paulo viu que os holandeses não estavam errados quando escolheram São Paulo para cortar a fita inaugural do festival no hemisfério sul. Com um line-up recheado de ícones do techno, como Derrick May e Carl Craig, e nomes menos conhecidos por aqui, mas tão poderosos quanto os deuses de Detroit (tendo as DJs Tamo Sumo e Lakuti como rainhas, sob a humilde opinião desta que vos escreve), o DGLT arrasou quase 9.000 pessoas a um galpão industrial em Barueri numa noitada que entrou para a história.
Se houve problemas? Claro que sim. Difícil fazer um evento para tanta gente sem que se esbarre em questões de infraestrutura – houve reclamações quanto ao banheiro masculino, filas no bar e mesmo da superlotação nas pistas. Mas no geral o que vimos foi um evento bem organizado, com uma bela cenografia e line-up enxuto, porém diversificado e com brasileiros tocando em horários nobres (assim que a gente gosta).
No dia 5 de maio, o DGTL volta a São Paulo, desta vez numa antiga fábrica de livros no Jaguaré. Com um line-up um pouco reduzido, mas mantendo pesos-pesados na programação, estarão reunidos nomões que adoramos, como Dixon, a absurda Honey Dijon, Prins Thomas e um muito aguardado back-to-back entre Daniel Avery e Rødhåd, dois velhos conhecidos dos frequentadores de festas paulistanos. Entre os brasileiros, foram anunciados os nomes de Cashu, Davis, Carrot Green, Luiz Pareto, Max Underson, Marcio Vermelho e Zopelar.
O DGTL volta ao país com a mesma plataforma que coloca em primeiro plano, ao lado da programação musical, arte e sustentabilidade. O festival mantém sua reputação como um dos mais sustentáveis do mundo, com iniciativas que visam reduzir o desperdício e as emissões de CO2. Ano passado em São Paulo, vimos que de fato a produção de lixo, por exemplo, foi baixíssima.
Além disso, a cenografia também privilegiou artistas locais, com destaque para Destaque o palco Generator, assinado pelo artista plástico Ricardo Carioba, e para uma instalação criada pelo designer Muti Randolph (responsável pelo design do D-Edge), com elementos gerados em tempo real por um software que foi desenvolvido especialmente para a ocasião. A obra acabou virando o point preferido para as selfies no festival.
CONFIRA O LINE-UP COMPLETO
Adriatique, Ben Klock, Carrot Green, Cashu, Daniel Avery b2b Rødhåd, Davis, Dax J, Dixon, DVS1, Gerd Janson, Henrik Schwarz [live], Honey Dijon, Job Jobse, Len Faki, Linda Green, Luiz Pareto, Max Underson, Prins Thomas, Red Axes feat. Abrao, RHR, Vermelho, Zopelar
DGTL São Paulo 2018
5 de maio, das 20h às 8h
Ingressos: Early Bird estarão à venda a partir de 8 de fevereiro ao meio-dia por R$240 e R$120 (meia). Mesmo preço vale para quem doar um livro na entrada do evento.