DGTL volta a São Paulo em maio trazendo Honey Dijon, Daniel Avery & Rødhåd, Adriatique e um lindo time de brasileiros

Claudia Assef
Por Claudia Assef

Quem foi ao DGTL ano passado em São Paulo viu que os holandeses não estavam errados quando escolheram São Paulo para cortar a fita inaugural do festival no hemisfério sul. Com um line-up recheado de ícones do techno, como Derrick May e Carl Craig, e nomes menos conhecidos por aqui, mas tão poderosos quanto os deuses de Detroit (tendo as DJs Tamo Sumo e Lakuti como rainhas, sob a humilde opinião desta que vos escreve), o DGLT arrasou quase 9.000 pessoas a um galpão industrial em Barueri numa noitada que entrou para a história.

Um dos principais acertos foi o palco Frequency, na área externa, que teve Tetro Preto entre as atrações

Se houve problemas? Claro que sim. Difícil fazer um evento para tanta gente sem que se esbarre em questões de infraestrutura – houve reclamações quanto ao banheiro masculino, filas no bar e mesmo da superlotação nas pistas. Mas no geral o que vimos foi um evento bem organizado, com uma bela cenografia e line-up enxuto, porém diversificado e com brasileiros tocando em horários nobres (assim que a gente gosta).

A DJ trans Honey Dijon, de Chicago, traz pra São Paulo seu som moldado por forte influência de sua cidade natal

No dia 5 de maio, o DGTL volta a São Paulo, desta vez numa antiga fábrica de livros no Jaguaré. Com um line-up um pouco reduzido, mas mantendo pesos-pesados na programação, estarão reunidos nomões que adoramos, como Dixon, a absurda Honey Dijon, Prins Thomas e um muito aguardado back-to-back entre Daniel Avery e Rødhåd, dois velhos conhecidos dos frequentadores de festas paulistanos. Entre os brasileiros, foram anunciados os nomes de Cashu, Davis, Carrot Green, Luiz Pareto, Max Underson, Marcio Vermelho e Zopelar.

O DGTL volta ao país com a mesma plataforma que coloca em primeiro plano, ao lado da programação musical, arte e sustentabilidade. O festival mantém sua reputação como um dos mais sustentáveis do mundo, com iniciativas que visam reduzir o desperdício e as emissões de CO2. Ano passado em São Paulo, vimos que de fato a produção de lixo, por exemplo, foi baixíssima.

O DGTL propõe espaço para instalações e no Brasil privilegiou artistas locais como Ricardo Carioba e Muti Randolph

Além disso, a cenografia também privilegiou artistas locais, com destaque para Destaque o palco Generator, assinado pelo artista plástico Ricardo Carioba, e para uma instalação criada pelo designer Muti Randolph (responsável pelo design do D-Edge), com elementos gerados em tempo real por um software que foi desenvolvido especialmente para a ocasião. A obra acabou virando o point preferido para as selfies no festival.

CONFIRA O LINE-UP COMPLETO

Adriatique, Ben Klock, Carrot Green, Cashu, Daniel Avery b2b Rødhåd, Davis, Dax J, Dixon, DVS1, Gerd Janson, Henrik Schwarz [live], Honey Dijon, Job Jobse, Len Faki, Linda Green, Luiz Pareto, Max Underson, Prins Thomas,
 Red Axes feat. Abrao, RHR, Vermelho, Zopelar

DGTL São Paulo 2018
5 de maio, das 20h às 8h
Ingressos: Early Bird estarão à venda a partir de 8 de fevereiro ao meio-dia por R$240 e R$120 (meia). Mesmo preço vale para quem doar um livro na entrada do evento.

Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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