Clube virtual Holle, em Berlim imagem: reprodução Youtube

De gay clubs a raves urbanas. As incríveis baladas virtuais que existem dentro do mundo dos games

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Games oferecem uma enorme variedade de baladas virtuais.  Selecionamos as mais surpreendentes para você dar um rolê sem sair do quarto.

 

É “real”. Os games mais jogados do mundo, que emulam realidades alternativas, têm seus bares, nightclubs e baladas virtuais para você frequentar. Neles, o jogador pode ostentar seus passos de dança, interagir, se envolver com outro avatar e lavar virtualmente a alma depois de uma campanha de matança aos inimigos, no caso do jogo de guerra Call of Duty, ou de um dia bandido trabalhando para a máfia, roteiro de Grand Theft Alto (o GTA).

O som é alto, as locações são incríveis (algumas próximas da realidade e outras fantásticas) e os programadores desenham a interface de forma que a experiência seja a mais próxima possível do universo real, a ponto de histórias cômicas acontecerem. No show que o rapper Travis Scott fez dentro do jogo Fortnite, um jornalista da Billboard que se inscreveu para acompanhar o evento foi assaltado durante a apresentação!!

Dentro do mundo dos games, em especial os que emulam uma convivência em sociedade fantástica, há clubes e festas de todos os gêneros. De pequenos bares gays em porões a grandes festas urbanas, aos moldes da que se frequenta em São Paulo ou Berlim.

O Music Non Stop selecionou as cinco baladas mais doidas do mundo virtual para você, que anda com preguiça de sair de casa!

Club Hercules – Grand Theft Auto 4

Fervo no porão

GTA é um dos jogos mais complexos na experimentação de uma “segunda vida”. O jogo tem uma quantidade gigantesca de lotações e mapas a ponto de contar, por exemplo, com uma réplica do batalhão da 87ª Delegacia de Polícia de São Paulo, para aqueles que querem, em uma vida alternativa, ser um policial.

O jogo tem centenas de nightclubs, que já receberam DJs do mundo real como Blessed Madonna, Solomun e Dixon. Mas o que indicamos aqui é o dono do fervo absoluto: O Hercules, “um pedaço do Olimpo na Terra” fica no nordeste da Liberty City em um pequeno porão onde hits do funk, soul, disco e house podem ser dançados até que suas cyberpernas cansem.  O vibe é de clubinho novaiorquinos dos anos 70.

Hitman 3 – Club Hölle

Uma réplica do Berghain?

Pois é. Muita gente jura que o Hölle, warehouse club que existe dentro do jogo Hitman 3, é totalmente inspirado no lendário Berghain de Berlim.  Independentemente disso, um rolê virtual pelo lugar tem mesmo o cheiro do megaclube alemão. Um enorme complexo com diferentes pistas e bares em que você pode passear, dançar e interagir com outros jogadores (além de robots, que permanecem ali para encher o lugar). Para quem está habituado a frequentar este tipo de festa, a tour virtual chega a dar uma acelerada (real) no coração.

Hitman, inspirado em aventuras de agentes secretos como James Bond, tem níveis em diversas locações, que vão da Índia à Costa Amalfitana. O Hölle, obviamente, fica na fase Berlim. Durante as primeiras horas da manhã, cantos de passarinho soam nas áreas externas do club, para nos relembrar daquela sensação de “meu Deus, já são 7 da manhã!!!!!” que nos arremata vez por outra.

DEUS EX: HUMAN REVOLUTION — “THE HIVE”

1000 dinheiros para entrar

Se você, jogador do game cyberpunk  Deus Ex: Revolution, quiser curtir uma baladinha, vai ter de desembolsar uns créditos.  O The Hive cobra 1000 dinheirinhos para te admitir lá dentro e você pode gastar seu dinheiro para se divertir ou seguir com a missão: falar com os androides que ali trabalham, extrair aquela informação importante e tudo o mais.

Yakusa O – Mahajara Club

Um mergulho no Japão dos anos 80

Que tal curtir uma discoteca pra lá de cafona na Tóquio dos anos 80?  Este é o role do clube Mahajara, que existe dentro do game Yakusa O.  Tudo no lugar é de um bastante gosto duvidável e divertido.  As roupas, os cabelos, a decoração e a música.

 

Psychonauts – Milla’s Dance Party

Menção honrosa psicodélica

A virtualidade é ilimitada, assim como a imaginação produzida dentro do nosso cérebro. Então, porque não curtir uma balada dentro da cabeça de alguém?  Este é o roteiro do jogo Psychonauts, onde agentes conseguem invadir a mente de outras pessoas.  E Milla, pelo que vemos, estava sonhando com uma deliciosa balada. Jogando, você poderá curtir esta festa, digamos, insana.

 

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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