Próximo álbum de Billie Eilish será feito com vinil ecológico
Cantora anunciou detalhes sobre a versão física de Hit Me Hard And Soft, com lançamento marcado para 17 de maio
Billie Eilish, que recentemente deu declarações a respeito do impacto ambiental dos discos de vinil, resolveu sair na frente para garantir a paz no assunto. Seu novo álbum, Hit Me Hard And Soft, com lançamento marcado para dia 17 de maio, será vendido em formato de vinil ecológico, além de disponível em streaming.
Segundo anúncio feito em seu Instagram, o LP estará disponível para venda em vinil de oito cores diferentes. Os discos na cor preta serão feitos com vinil reciclado, derretendo sobras de fábrica e peças antigas para serem usados na prensagem de novos produtos. Já os coloridos, feitos com material reciclado e, no lugar de combustíveis fósseis, materiais como óleo de cozinha e outros resíduos industriais usados, garantindo “100% da qualidade sonora e visual de um vinil convencional”, segundo Eilish. O material é chamado de biovinil.
As capas e encartes dos discos também serão feitas de material totalmente reaproveitado. O mesmo vale para as tintas de impressão e o plástico usado na embalagem do produto.
Hit Me Hard And Soft é o terceiro álbum da cantora, que foi criticada por alguns colegas quando levantou a questão ecológica dos lançamentos em vinil. “Eu não estou culpando ninguém aqui. Este é um problema sistêmico da indústria. Agora, eu estou fazendo a minha parte”, rebateu.
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A febre do vinil
As vendas de discos de vinil seguem aumentando ano a ano. Depois de quase se extinguir na década de 90, com o advento dos CDs, o mercado sobreviveu, primeiro através de colecionadores de discos usados e, mais tarde, com a volta dos lançamentos. Grandes clássicos começaram a ser reeditados, bandas e DJs independentes apostaram no formato como forma de garantir uma melhor qualidade de som e, hoje em dia, grandes artistas do mainstream não deixam o vinil de fora. Tanto que na lista dos 10 discos mais vendidos no formato em 2023, estão nomes como Lana Del Rey, Rolling Stones e Taylor Swift.
Audiófilos e colecionadores trazem no bolso uma lista enorme de vantagens do vinil, pronta para ser usada em qualquer discussão de boteco. Melhor resposta nos graves, maior espacialidade no som, além de lindas capas e encartes que permitem ao ouvinte saber sobre a ficha técnica daquela gravação, garantido um registro histórico da obra, entre outras….
Mas há uma crítica que sempre esteve presente no bate-papo. Seu impacto ecológico. Afinal, a bolacha é derivada do petróleo e, além do disco em si, ainda tem o desperdício com capas, logística, etc. Para que tudo isso, se um arquivo digital pode entregar quase a mesma coisa, sem destruir o meio ambiente? O debate está longe do fim, mas graças a Billie Eilish, parece começar a encontrar rotas de saída.