A DJ Ella De Vuono usando body painting

Atração do Rock in Rio, a DJ Ella De Vuono alia técnica, carisma e body painting. Conheça melhor essa divona.

Music Non Stop
Por Music Non Stop

TEXTO AUGUSTO PEREIRA
FOTOS DIVULGAÇÃO

Com mais de uma década de experiência e em constante ascensão artística, a DJ e produtora Ella De Vuono é uma das atrações confirmadas para o Rock in Rio 2022, no dia 11 de setembro, data em que o evento só receberá mulheres no line-up. S

Sua mensagem tem representado de forma autêntica a bandeira da diversidade nos palcos. Ao vivo, com uma performance além das obviedades, entrega aquilo que conhece de melhor: a arte da dança. Segundo a descrição da própria, “I was born to make people dance”. Musicalmente, a DJ apresenta uma pesquisa aprofundada, técnica sofisticada (ela inclusive dá aulas de discotecagem) e um repertório versátil, transitando entre sonoridades de diferentes estilos.

Para além da assinatura musical, desde 2017 traduz sua persona artística por meio do body painting, uma ideia que surgiu em conjunto com a artista visionária e grande amiga Silvia Campi, e que atualmente segue presente em suas gigs sempre com uma caracterização original. Encontrando um caminho que potencializa sua música, Ella prova que a arte da mixagem pode ser multissensorial estabelecendo um diálogo através da música e da pintura de sua própria imagem, com um desempenho marcante e a uma conexão forte com o público.

Ella De Vuono literalmente mergulhada em tinta. “Meu corpo vira uma tela”, diz. Foto: Divulgação/Recreio Clubber.

A pintura corporal é uma das expressões culturais mais antigas da humanidade. O corpo sempre foi um veículo de manifestação artística e, consequentemente, da representatividade de um determinado sistema de ideias. Desde sua incursão no mundo artístico até Aladdin Sane, de David Bowie, a arte seguiu sendo aprimorada por artistas que buscaram na representação visual uma nova possibilidade de conexão.

“Cada pintura envolve uma história, a princípio eu gostaria de ter uma única pessoa responsável por isso, depois eu vi que poderia contratar outros artistas para essa função, principalmente nas apresentações em outros estados e isso me aproxima de pessoas diferentes e ao mesmo tempo meu corpo vira uma tela em que cada artista expõe sua arte. Assim, mantenho meu propósito de ajudar cada vez mais artistas a crescerem junto comigo. A cada pintura, é uma nova reação do público, uma nova história e eu tenho dificuldade em pensar em quais foram as principais, mas duas que marcaram demais a minha história foram a primeira pintura que fiz em uma apresentação, pelas mãos de Silvia Campi na primeira Carlos Capslock que toquei, em setembro de 2017. Outra que me marcou muito foi a pintura do Carnaval de 2019, para o bloco Unidos do BPM, na qual, de novo, a Silvia arrasou e me pintou da cintura até o pescoço com uma pele de zebra nas cores do arco-íris. Foi muito marcante”, descreve a DJ.

Ella gosta de dar oportunidade para que diferentes artistas pintem seu corpo. Foto: Divulgação/Recreio Clubber.

Recentemente, a artista realizou um novo ensaio fotográfico assinado por Recreio Clubber e maquiagem de Briza Buzetti. O trabalho explora os limites do corpo como uma tela submersa em tinta, destacando os contrastes da estrutura física corporal com uma abordagem artística e refinada.

“A cor azul representa tudo aquilo que não sou, e as cores saindo de dentro representam o meu eu reconquistando meu espaço, ou seja, voltando a pertencer a mim. Por isso as rachaduras, inclusive para representar a dor da transformação. Este ensaio representa: permissão e quanto dói a gente se permitir ao básico, que é ser quem a gente genuinamente é e não o que a sociedade espera de nós”, ela relata.

Se a relação de Rafaella com o público se transforma através da pintura, é responsabilidade das maquiadoras dar vida à perspectiva visual pretendida pela DJ. Nesse sentido, a artista visual Briza Buzetti comenta os desafios e as abordagens pretendidas com o ensaio fotográfico:

“De uma maneira geral foi bem tranquilo realizar essa pintura para o ensaio porque a Ella tem uma identidade marcante e sabe bem o que quer, quais as referências… o desafio mesmo veio na escolha dos materiais adequados para dar o efeito desejado nessa pintura, além do tempo de execução, já que passamos muitas horas trabalhando nessa maquiagem. No fim das contas, apesar de trabalhoso, é sempre muito divertido trabalhar com a Ella, o dia passou rápido e ficamos satisfeitas com o resultado”, comentou.

Ella foi maquiada por Briza Buzetti e fotografada por Recreio Clubber para este ensaio.

Surpreendendo pela autenticidade em que comunica sua mensagem, Ella De Vuono entende a performance como uma abordagem sensorial completa e o destaque que vem conquistando se deve tanto pela sua pesquisa e técnicas apuradas de mixagem como pela estética inovadora.

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