Alex Gopher, um dos prodÃgios do French Touch, toca no Vegas
Alguns discos marcam época tão profundamente quanto uma tatuagem. O “You, My Baby & I”, do francês Alex Gopher, cuja capa estampa este post, me lembra baguete fresca com queijo brie Presidente e rúcula. É que eu ouvi tanto este CD quando morava na França que, toda vez que ouço, dá uma vontade louca de comer um sanduba Pierre Larousse, nome da rua em que eu vivia, que acabou apelido da minha criação, basiquinha mas deliciosa.
Especialmente quando ouço a faixa “The Child”, com aquele sample da Billie Holiday, me dá muita saudade de Paris – até mesmo da cara de mau humor da moça da padaria. Gopher faz parte de uma turma de produtores franceses que, lá pelo meio dos anos 90, começou a injetar altas doses de música black americana na house music que vinham produzindo. Esta galerinha acabou se contaminando entre si, a ponto de criar um movimento, que a imprensa inglesa logo chamou de French Touch.
Outra forte contribuição de Gopher foi a criação do selo Solid, fundado em parceria com o também integrante do French Touch Etienne de Crécy, organizador de um dos discos mais importantes da house francesa, o “Super Discount” – que também tem o dedo de Gopher.
Foi com o simpático Etienne uma das minhas primeiras entrevistas feitas em solo francês. Na época, final de 2000, ele estava lançando o álbum “Temposivion”. E eu fui até o escritório da Solid gravar uma conversa com o moço. Por alguns poucos minutos, não consegui pegar Gopher também, que tinha acabado de ir pra casa.
Eis que sete anos depois deste quase encontro, Gopher vai tocar praticamente no quintal de casa, no Vegas, nesta sexta-feira (31/8), na festa Strip Poker, dos queridos Luca Lauri e Liana Padilha.
Mais puta da vida do quando pisava em cocô de cachorro na França eu vou ficar de não poder ir. Tenho uma mega matéria pra entregar no sábado…
Mas, c’est la vie, é ou num é ou num é?! Â