Games Cena de “Street Fighter 2”. Imagem: Reprodução

Maior rádio de música clássica do mundo terá programa dedicado às trilhas de games

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Next Level estreia neste sábado, 11, na britânica Classic FM

Se as trilhas de games precisavam de uma validação sobre sua importância no mundo da música, agora não falta mais nada. A maior rádio de música clássica do mundo, a britânica Classic FM, com 4,5 milhões de ouvintes diários, anunciou um inédito programa dedicado somente às obras feitas para os videogames.

Chamado Next Level, terá 60 minutos semanais e estreia neste sábado, dia 11 de janeiro, às 18h (horário de Brasília). O show será apresentado pelo youtuber especializado DanTDM, e o episódio de estreia trará os temas dos jogos The Legend of Zelda, Final Fantasy 7, The Elder Scrolls 5: Skyrim, Street Fighter 2 e Minecraft.

No universo das músicas, faz tempo que os games têm sido transformadores. Muitas bandas explodiram (ou foram ressuscitadas) graças à série de jogos de skate Tony Hawk’s, lançada a partir de 1999 pela Actvision. Quando o horizonte estava sombrio para os artistas, com a chegada do MP3 e a queda gigantesca na grana que as bandas recebiam com direitos autorais, jogos como Guitar Hero e Rock Band ajudaram a manter os boletos dos rockstars pagos, e ainda causaram uma baita renovação em seu público.

O investimento da indústria de videogames nas composições de trilhas sonoras também é enorme. Até mesmo Trent Reznor, atualmente o mais hypado produtor de músicas para o cinema, também é contratado para jogos como Quake, Doom, Year Zero e Call of Duty. E se você está longe do universo dos games, senta para não cair de susto: em 2024, esse mercado movimentou mundialmente mais de 400 bilhões de dólares — quatro vezes mais que o do cinema.

Jogar é brincadeira, mas fazer jogos, definitivamente é coisa séria.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.