– Picture Shows: Portrait of Manchester band Joy Division photographed around Waterloo Road, Stockport, near Strawberry Studios. The band are Bernard Sumner (guitar and keyboards), Stephen Morris (drums and percussion), Ian Curtis (vocals and occasional guitar), Peter Hook (bass guitar and backing vocals). 28th July 1979. Its the 30th anniversary since Joy Division singer Ian Curtis committed suicide on May 18, 1980. – Job: 86474 Ref: PTY – World Rights *Unbylined uses will incur an additional discretionary fee!* **HIGHER RATES APPLY *

Joy Division revisitado. Ouça os dois discos clássicos da banda de Ian Curtis inteiros em covers absurdos

Laerte Castagna
Por Laerte Castagna

Dentre todas as bandas do post punk, a pioneira Joy Division ocupa com folga o posto de mais cultuada pelos fãs. Motivos não faltam, a carreira meteórica, inovações em técnicas de estúdio, um poeta angustiado, suicídio. Mas o principal motivo são suas canções verdadeiramente maravilhosas.

Os dois álbuns da banda são obras-primas absolutas em que fica quase impossível destacar as melhores músicas. Também é missão inglória querer cobrir qualquer uma delas, mas é o que muita gente tem feito e felizmente com resultados bastante bons. Fizemos um playlist para cada álbum.

É espantoso ainda que além de todas as excelentes músicas incluídas nos dois discos, alguns de seus maiores sucessos como Transmission, Atmosphere, Dead Souls e o maior de todos, Love Will Tear Us Apart não pertencem a nenhum deles e foram lançadas apenas em singles ou coletâneas póstumas, caso de Ceremony que se tornaria hit posteriormente quando a banda se transforma em New Order.

Não é à toa que essas músicas sejam as preferidas para artistas fazerem covers e aonde aparecem alguns dos melhores momentos da brincadeira. Incluímos versões desses singles como bônus nos dois playlists.

Joy Division – Unknown Pleasures (1979)

Unknown Pleasures in Covers

Uma das pedras fundamentais do pós punk e santo gral dos góticos foi lançada em 1979. Com a produção inovadora de Martin Hannett, letras dilacerantes e estética singular, sua influência reverbera até hoje e extrapola os limites do rock. Talvez seja impossível melhorar um grau sequer qualquer coisa que a banda gravou ali, mas se deixarmos o radicalismo de lado podemos ter boas surpresas.

Os melhores momentos são por conta da boa banda de slowcore Bedhead fazendo Disorder, a diva Grace Jones em She’s Lost Control e The Killers cobrindo com eficiência a maravilhosa Shadowplay. Mas vale destacar a obscura banda The Perris e o punk rural dos Basholes. E não deixe de conferir a belíssima interpretação do duo Eden & Noelle para New Dawn Fades provando de uma vez por todas que o cello é o instrumento perfeito para inspirar a melancolia.

Grace Jones

As versões dos singles são sensacionais e tocadas aqui por artistas como Nine Inch Nails, Galaxie 500 e Pink Mountaintops.

É isso aí, apague as luzes e descubra os prazeres desconhecidos.

Ouça unknown pleasures on this cover aqui:

E pelo grande numero de (excelentes) versões para as canções avulsas do grupo foi necessário criar um playlist só para elas. A seleção começa lenta e soporífica com White Flag, Low, Codeine e Broken Social Scene. Vai esquentando com Hot Chip, Chromatics e Bella Lune. No final cai na dança com Tymon and The Transistors e TIGER BABY, finalizando com o peso de Mos Generator e o punk de Mary’s Kid. Devido ao altíssimo nível dos envolvidos é muito difícil destacar a melhor delas mas ficamos com Wussy em Ceremony.

Ouça joy division – singles in covers aqui:

Laerte Castagna

Cresceu ouvindo o rock dos anos setenta e acompanhou in loco as explosões do punk, do pós punk e da música eletrônica. Vagou e se jogou pelas pistas esfumaçadas de clubes e after-hours em subterrâneos e telhados paulistanos. Bagunceiro amador, apaixonado por música ao vivo, discos e fitas, assuntos sobre os quais escreve. Dedica-se à confecção de playlists reais e ultra reais para festeiros em repouso ou expansão de consciência.