
Teddy Swims encerra 2º dia de Lollapalooza Brasil com muita competência
Artista teve a difícil missão de fechar o Palco Mike’s Ice logo após o show de Alanis Morissette no Palco Samsung Galaxy
Como lidar com uma apresentação de fechamento do sábado de um megafestival como o Lollapalooza Brasil, tocando depois de Alanis Morissette, a grande headliner da noite? Tarefa difícil, que preocupa dez entre dez artistas sabedores da importância que é fazer bonito em uma vitrine como essa. A chance de o público passar toda a apresentação desatento, ainda no pós-gozo do show de Alanis, era grande. Mas Teddy Swims resolveu o problema.

Entrou no Palco Mike’s Ice aparentemente com a mesma roupa com que deu rolê pelo centrão de São Paulo antes do show. Bermuda, camisa pirata do Brasil, meias (sim, somente meias de bolinha) e um par de brincos que poderiam muito bem ter sido comprados na feirinha da praia de Caraguatatuba. Simpático a ponto de dar vontade de apertar, o artista apresentou um show épico.
Suas canções soaram como trilha sonora para final de filme. O andamento de suas baladas, que tomaram a maior parte, era compensado em energia pelos arranjos potentes e uma pressão sonora potente, incluindo aí a de sua voz, mesmo com um volume de som muito mais baixo do que dos outros palcos, vindos do P.A.
E aqui, vale uma ratificação. Na resenha da banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, reclamamos inicialmente da diferenciação dada, em potência, para as bandas gringas e brasileiras. Na verdade, todo o Palco Mike’s Ice, onde Sophia também se apresentou, tinha volumes mais baixos que os irmãos maiores.

Fofucho, Teddy Swims dividiu a responsabilidade de encerrar o sábado com Shawn Mendes, que tocou no mesmo horário no Palco Budwiser, do outro lado do festival. Fez bonito, foi competente e, se o Music Non Stop tivesse acesso total aos artistas, teríamos chamado Swims e sua banda para o after. Talvez na próxima.