Ruud Gullit, um dos maiores craques do futebol holandês, também foi astro do Reggae
O “tulipa negra”. Além de ser um dos jogadores mais admirados do mundo, dono de uma cabeleira dread de responsa, Ruud Gullit também se aventurou no reggae. E dos bons!
Não são poucas as histórias de jogadores, ainda na ativa ou após pendurar as chuteiras, que se aventuram no mundo da música para matar o tempo livre. No Brasil, temos duros exemplos, como os sambas de Pelé, o rock farofa do goleiro Ronaldo e pagodão gospel de Marcelinho Carioca.
Mundo afora, o hábito de castigar instrumentos também não é incomum. Jackson Martinez, Jose Rodriguez, John Barnes e Vinnie Jones são alguns dos que resolveram se aventurar pelo mundo da música.
No entanto, uma honrosa exceção fez carreira no mundo dos dubs jamaicanos. Trata-se do jogador da seleção holandesa Ruud Gullit.
Gullit jogou profissionalmente entre 1980 e 1990 e se tornou um dos maiores ídolos do futebol mundial. O jogador acumulava força física, rapidez e destreza, além de um cabelo dread de botar respeito nos defensores que enfrentava.
Apelido de “a tulipa negra” pela imprensa holandesa, Gullit tem pais nascidos no Suriname. Jamais esqueceu de suas raízes e faz parte do time de craques que sempre se posicionou em público, tornando-se um grande ativistas sobre as questões raciais.
Tanto que, ao lado dos amigos da banda de reggae Revelation Time, gravou um single contra o apartheid, chamado South Africa. Na canção, Gullit toca baixo e faz o backing vocal.
A música fez relativo sucesso na Europa, chegando ao terceiro lugar nas paradas holandesas. South Africa não foi o único sucesso do jogador no mundo do reggae. Anos antes, em 1984, o “Capitão Dread” lançou a música “Not the Dancing Kind”, que também chegou ao top 10 do país. No vídeo abaixo, Gullit se apresenta no festival Muziekland.
O jogador também se envolveu com outra banda de relativo sucesso na Europa, a Apocalypse Now em 1986. Ruud Gullit começou sua carreira no pequeno time holandês HFC Haarlem e encentrou aos 48 anos jogando no Chelsea, da Inglaterra.
Durante a era profissional, além de capitão da seleção da Holanda, jogou no PSV, Milan e Sampdoria. E ainda sobrou tempo para suas incursões na música e os projetos ativistas em que se envolvia.