“Danielle considerou um dos nossos melhores trabalhos”, contou Chris Todd, um dos fundadores do projeto inglês Crazy P, em entrevista coletiva de lançamento de seu novo álbum, Any Signs of Love. “Estamos orgulhosos disso e queremos que todo mundo ouça.”
A cantora, que faleceu poucos meses após a gravação do novo álbum do grupo, estava certa. É, sim, um dos melhores discos do Crazy P. E Danielle Moore teve grande responsabilidade nisso. Um belo adeus. “Sentimos sua falta terrivelmente, e a única coisa certa a fazer seria lançar este álbum.”
Lançado dia 29 de novembro, Any Signs of Love poderia soar como os belos discursos que os ingleses declamam em um funeral. É muito mais do que isso, um registro derradeiro de um grupo que estava no auge criativo e perdeu a vocalista que era uma das marcas de sua música.
Em dez canções festeiras, Crazy P esbanja em harmonias sensuais e arranjos eletrônicos fora da curva, com equilíbrio tamanho que as permitem serem ouvidas na sala com amigos, em um pequeno club ou no palco de um grande festival. Any Signs of Love, a faixa-título e de abertura, é sublime. Not Too Late, um ícone do indie dance.
O último álbum do Crazy P com Danielle Moore (tudo é muito recente para perguntar à banda sobre seu futuro) não pode passar incólume no oceano da música. Sua audição deveria ser obrigatória. Chris Todd e James Baron sabem disso e mixaram a voz da cantora na frente, como a protagonista de uma emocionante festa de despedida.