BABYMETAL BABYMETAL no KNOTFEST Brasil. Foto: Flashbang/Divulgação

Perfeição japonesa, paixão brasileira: como foi a estreia da BABYMETAL em SP

Music Non Stop
Por Music Non Stop

Pela primeira vez no Brasil, grupo de kawaii metal tocou no KNOTFEST (19) e fez show solo na Audio (20)

Por Alexei Martchenko

Eu resumiria a estreia brasileira da BABYMETAL como fantástica, ponto. Depois de um show extremamente bem-recebido no segundo dia do KNOTFEST Brasil (19), com uma apresentação padrão (o padrão BABYMETAL é extraordinário) no Allianz Parque, temos um show extra exclusivo sold-out em plena segunda-feira, 20, na Audio.

O que eu vi ao vivo? KNOTFEST com receptividade fantástica! Todo mundo curtindo e aplaudindo a banda, conhecendo e cantando junto, gritando e seguindo as músicas. Superou todas expectativas! Sabemos que as meninas sempre tiveram uma aceitação que não é das mais simples pelos mais ortodoxos; ao mesmo tempo, elas são habitués no festival do Slipknot. Mas era impossível imaginar tamanha receptividade positiva por aqui.

BABYMETAL é de fato um fenômeno ímpar, uma revolução, uma nova situação em que gregos e troianos se divertem nas rodas e ao mesmo tempo abraçam crianças que curtem o show nos ombros dos pais. Vi isso tudo no show solo da segunda-feira. Simples assim: o público brasileiro foi maravilhoso!

A banda de abertura, Seven Hours After Violet, ficou extasiada com a receptividade, e não poupou elogios ao público. Todos sabemos que esses shows de abertura geralmente são feitos para divulgar uma banda menos conhecida, e que as pessoas ficam no clima de “aaargh, vai logo!”. Eu vi isso acontecer na turnê BABYKLOK (BABYMETAL + Dethklok) nos EUA em 2023. Mas desta vez não foi assim; o povo se matou lá com os caras.

O show da BABYMETAL em si foi o mais pragmático de costume. Excelência na execução, setlist 95% igual à do KNOTFEST, nada de novo, nenhuma firula extra, só o programado e agendado, como um relógio suíço (ou um Casio japonês), perfeito como elas são. Só que a reação fodástica do público fez a diferença, e você sentia que elas estavam nitidamente curtindo demais aquilo. Era possível notar a vocalista Su-metal querendo sempre gritar um novo “olá, São Paulo!” só para sentir a reação ensurdecedora da galera. Foi uma experiência com certeza marcante para elas.

Foi para mim também, que não imaginava tamanha devoção. Nunca imaginei um coro de BxMxC (que é uma música difícil) em alto e claro japonês. É fácil gritar “sore!” várias vezes em MEGITSUNE, é fácil gritar “fu-fu!” em RATATATA, mas BxMxC é nível hard! Os brasileiros merecem uma próxima. Eu sei disso, elas sabem disso. Nos vemos lá!