O DJ e produtor paulistano Renato Cohen. Foto: Divulgação

Renato Cohen mira revival do sucesso de Pontapé com faixa Suddenly Funk, lançada há 10 anos. Entenda essa história

Claudia Assef
Por Claudia Assef

O DJ e produtor paulistano Renato Cohen é um dos brasileiros que já viveram momentos de glória no quesito estouro de boiada de uma música. O ano era 2002 e sua faixa Pontapé, que tinha sido lançada em tiragem limitadíssima de 500 vinis white label dois anos antes bancada pelo próprio Cohen, começou a ser tocada por superDJs de techno pelo mundo, com atenção especial do “rei” Carl Cox.

Carl Cox foi um dos primeiros DJs gringos a ficar viciado em Pontapé. Foto Divulgação

Foi assim que Pontapé ganhou lançamento mundial em 2002 pelo selo Intec, de Carl Coxe C-1, e o single tornou-se líder de vendas. Foram vendidas 10 mil cópias em seis meses.

Pode parecer pouco, mas no mercado mundial de vinis de DJs é uma marca e tanto. Lembrando que cada DJ que comprou Pontapé tocou a música para centenas, talvez milhares de pessoas. Segundo a maior distribuidora de vinis do mundo na época, a Prime, nunca um artista vendeu tanto num single de estréia.

Renato Cohen em foto tirada num rave Circuito. Divulgação.

Pontapé foi o passaporte de Cohen para viajar pelo mundo. Logo após o lançamento ele passou temporadas na Europa e se apresentou em alguns dos maiores festivais do mundo, de Awakenings a Dance Valley [hoje I Love Techno], passando, claro, por Ibiza.

A vida de Renato nunca mais foi a mesma depois de Pontapé.

Capa do single Suddenly Funk, de Renato Cohen

Corta para 2023. Outro selo gigante, desta vez o DFTD (Defected), entra em contato com o paulistano com o intuito de lançar uma música sua… de 10 anos atrás! Essa é a história do nascimento do disco Suddenly Funk, música originalmente lançada em 2013, que agora começa a ganhar proporções “pontapétianas”, trazendo a marca registrada de Cohen, um mix de techno, acid e funk.

“Quando eu lancei a Suddenly Funk, por algum momento achei que seria um segundo Pontapé, pela reação que eu via nas pistas. Como saiu por um selo que não era muito grande, o alcance não foi o que eu esperava. De uns tempos pra cá eu comecei a ver muita gente tocando, mas não imaginava que o maior selo de house no mundo iria relança-lá”, diz Cohen.

Dá só uma ouvida aqui e veja se você também não lançaria a faixa correndo se fosse o A&R da Defected.

E aí, trata-se ou não de um clássico instantâneo das pistas?

Veja o set especial que Renato Cohen gravou para o selo Defected para promover a faixa.

Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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