Planet Hemp Foto: Luisa Fosco/Divulgação

Planet Hemp lança disco de show comemorativo de 30 anos

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça foi gravado em junho, no Espaço Unimed, em São Paulo

É semana de festa na casa do Planet Hemp, grupo que há 30 anos chamou a atenção de todo mundo com seu disco Usuário, atuando em prol da legalização da maconha. Muito mais do que isso, apresentando uma mistura de rap com rock que fez a cabeça de toda uma geração, incluindo os que não fumavam.

Para celebrar o álbum que levou a banda dos buracos underground para os grandes palcos (e algumas cadeias) de todo o Brasil, Marcelo D2, B-Negão e sua turma lançaram, na última quarta feira (06 de novembro), álbum, CD e DVD ao vivo com as músicas de seu seminal disco. Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça (Ao Vivo) foi gravado em junho no Espaço Unimed, em São Paulo. Tem 26 músicas e participações especiais de peso: Mike Muir, do Suicidal Tendencies (retribuindo a participação de B-Negão em seu último single), Rodrigo (Dead Fish), Pitty, As Mercenárias e BaianaSystem, entre outros. Um baita rolê.

“Tem algo marcante em pisar no palco e ver uma galera nova cantando tudo com a mesma empolgação de quem estava lá no começo. Esse disco ao vivo é o registro dessa energia, da nossa conexão com o público e de uma história que não se perdeu no tempo, ao contrário: apenas se fortaleceu. São 30 anos, mas a pressão sonora é a mesma — o Planet Hemp nunca foi só música; é uma ideia, uma mensagem que nunca deixou de ser atual”, conta B-Negão.

O parça Marcelo D2, cuja amizade com Negão foi reatada após anos de dissabores, completa: “Esse álbum ao vivo é mais do que uma celebração, é a reafirmação de tudo que sempre defendemos desde o começo. Cada faixa e participação trazem um pedaço dessa história, e ouvir isso ao vivo, com a energia do público, é lembrar o motivo pelo qual começamos. São 30 anos e a chama não se apagou, nem se apagará”.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.