Pavement Foto: Divulgação

Pavement lança 1ª música em 26 anos

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Witchitai-To já vinha sendo apresentada nos shows desde 2022

Devagarinho, o Pavement vai reconquistando seu posto de uma das bandas mais importante do rock alternativo mundial. A missão começou em 2022, quando o grupo formado em 1989 na California por Stephen Malkmus, Scott Kannberg, Mark Ibold, Steve West e Bob Nastanovich resolveu se encontrar e cair na estrada novamente. A banda foi uma das headliners do C6 Fest, em São Paulo, em 2024.

Para nos lembrar de como eram legais, além de apresentarem seu cartão de visitas a uma nova geração, que não os conhecia, o Pavement decidiu aderir à onda das cinebiografias. Dirigido por Alex Ross Perry, o filme foi lançado em 2024 em festivais de cinema, misturando dramaturgia com cenas reais, e faz sua estreia para o público nesta sexta-feira, 06.

O novo passo foi lançar sua primeira música em 26 anos, desde que deixou os estúdios após gravar o EP Major Leagues, em 1999, pouco antes de decidir parar com a banda. Witchitai-To, lindíssima, foi gravada do jeito Pavement, na preguiça. O grupo apertou a tecla “Rec.” durante um ensaio e gravou tudo ali, ao vivo. Disponível em todas as plataformas digitais, a canção já vinha sendo tocada desde os shows da reunião.

A gravação mostra uma banda feliz,  em forma e resolvida com sua história. Atual como um jornal entregue pela manhã e ainda assim totalmente conectada com a sonoridade dos anos 90 (época em que nos entregavam um jornal pela manhã). De ensaio mesmo, só se reconhece graças ao bate-papo antes e depois do início da música. Quando o som começa, ouve-se uma execução de dar inveja a muitas gravações elaboradas feitas em estúdios caríssimos. Como já dizia Faustão, quem sabe faz ao vivo.

Witchitai-To é parte do mega-álbum Pavements (Original Motion Picture Soundtrack), lançado no dia 30 de maio, com nada menos do que 41 músicas. O pacotão já pode ser conferido pelos fãs nas plataformas digitais.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.