Roteiro Adaptado e Roteiro Original são dois dos mais importantes prêmios do Oscar. Enquanto o primeiro premia aqueles filmes cujo roteiros são baseados em materiais previamente publicados o segundo premia aqueles cujo roteiros são inéditos.
Roteiro adaptado normalmente vêm de adaptações de romances, novelas, peças teatrais, séries de televisão e até mesmo histórias em quadrinhos. Da mesma forma sequencias de filmes são consideradas adaptações, pois as mesmas são desenvolvidas a partir de uma narrativa que a antecede.
Um breve histórico sobre a categoria
O Oscar de Roteiro Original foi entregue pela primeira vez em 1940, entretanto a categoria de Roteiro Adaptado existe desde 1929. Entre os anos de 1927-1928 até o ano de 1956, existia também um prêmio chamado Melhor História Original. Ele não foi entregue apenas na segunda e terceira edição, pois não houve indicados. Curiosamente entre 1940 e 1956 as categorias História Original e Roteiro Original coexistiram. Isso aconteceu porque uma era premiação para o roteiro e a outra para o argumento.
No ano de 1930, onze filmes concorreram na categoria de Melhor Adaptado e o vencedor foi Alta Traição, de Ernst Lubitsch. Entretanto com Melhor Original não aconteceu o mesmo. Desde sua criação a categoria sempre tem cinco filmes como concorrentes, nem mais, nem menos.
O Brasil esteve presente na tentativa de levar o careca dourado apenas no ano de 1986. O responsável foi O Beijo da Mulher Aranha, de Hector Babenco, adaptação do romance homônimo de Manuel Puig. Vale lembrar que o longa era uma produção Brasil-Estados Unidos. Entretanto a estatueta foi para Entre Dois Amores.
Woody Allen concorreu a categoria de Roteiro Original por 16 vezes. Sua primeira vitória foi com Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, em 1978, e a última com Meia-noite em Paris, em 2012. Em 2018, Jordan Peele fez história ao vencer com o roteiro original de Corra!, um filme de terror no qual o personagem negro não é o primeiro a morrer.
Mulheres Roteiristas
A primeira mulher a vencer Roteiro Original foi a inglesa Muriel Box, que dividiu seu prêmio com o marido Sydney Box. O filme que deu aos dois a estatueta foi O Sétimo Véu, um drama sobre uma suicida que busca respostas para seus conflitos pessoais por meio da hipnose. O filme foi lançado em 1945, mas venceu na premiação do ano de 1947. Muriel, além de roteirista também dirigiu longas e curtas metragens e tinha o título de Baronesa Gardiner. Ela é conhecida como a diretora mais produtiva da Grã Bretanha.
Desde então sete mulheres venceram na categoria, são elas: Sonya Levien, por Melodia Interrrompida; Nancy Dowd, por Amargo Regresso; Pamela Wallace por A Testemunha; Callie Khouri, por Thelma e Louise; Jane Campion, por O Piano; Sofia Coppola, por Encontros e Desencontros e Diablo Cody, por Juno.
De maneira idêntica, na categoria de Roteiro Adaptado, também temos poucas mulheres premiadas. Frances Marion foi a primeira a vencer na categoria. Ela também foi a primeira pessoa a ganhar dois prêmios da Academia. O primeiro por O Presídio, em 1930, e em seguida por O Campeão, em 1932, sendo esse na categoria História Original.
A última mulher a vencer na categoria de Adaptado foi Diana Ossana, que dividiu o prêmio com Larry McMurtry pela adaptação do conto de Annie Proulx, Brokeback Mountain.