the baggios Baggios encontra Siba – novo single da The Baggios. – foto: divulgação

Noise Radar!! Indie Rock Latino-americano: Colombia, Festival da KEXP, Canadian Music Week e lançamentos indies.

Bruno Montalvão
Por Bruno Montalvão

Voltamos com muitas novidades na Noise Radar!!, Volume 03, convidamos a novíssima e absolutamente incrível banda BALTHVS para dar suas dicas sobre o que eles mais escutam e que artistas mais gostam na música colombiana, em nossa seção especial Indie Rock Latino-Americano: Colômbia. Vamos falar mais sobre o Festival da KEXP, celebrando os 10 anos do programa El Sonido que acontece hoje, dia 22, e tem artistas e bandas de diversos países latinos, inclusive o Brasil.

Vamos abrir DUAS novas seções na coluna para falar de nossas descobertas na plataforma francesa Groover e também abrir espaço para Outros Selos falarem o que estão movimentando e os artistas que estão lançando. E teremos, como sempre, nossa dicas de bandas na seção Noise Radiation Top #05 e os lançamentos indies do momento. E nas Últimas Radiações Sonoras, vamos mostrar como foi o show do duo CAIMANS na maratona do CMWCanadian Music Week e falar do primeiro single do super aguardado novo álbum da The Baggios.

Lembrando que a nossa Coluna é extra-sensorial, altamente interativa e linkada, no sentido de que todos os textos levam a outros textos e links para ouvir cada álbum comentado e também os artistas citados. Passe o mouse enquanto lê e viaje por diversos mundos, países, cenas musicais e realidades paralelas.

Preparadxxxx?? Então vamos embarcar nessa viagem sonora pelo mundo weirdo da sua coluna preferida: n̲̅o̲̅i̲̅s̲̅e̲̅ r̲̅a̲̅d̲̅a̲̅r̲̅!!!
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Indie Rock Latino-Americano: Colômbia por BALTHVS

Para continuar nosso especial com o melhor do novo Indie Rock Latino-Americano, nós convidamos a banda colombiana BALTHVS, de Bogotá, para nos indicar quais são as bandas e artistas colombianos preferidos deles. E eles nos mandaram uma lista poderosa com os 10 Artistas que os 03 integrantes mais curtem e nos indicam também para conhecer e ouvir. Tem muita coisa incrível na lista, sem falar que é uma oportunidade única de viajar pela sonoridade incrivelmente particular da Colômbia e conhecer novos sons.

Mas antes dossa viagem até a Colômbia, vamos falar um pouco sobre a BALTVHS (pronuncia-se Baltús) e tudo o que eles vêm fazendo na novíssima cena indie colombiana. Conheci a BALTHVS meio que por acaso, um dia qualquer de Fevereiro, eles me escreveram pelo Twitter e pediram que eu escutasse a música deles, eles tinham acabado de lançar o single “Saturn and Jupiter“. Fui pego de surpresa, confesso. O som da BALTHVS apresenta um fusion de desert rock, surf music, neo-psychedelia, dream pop, vaporwave, soul, r&B, world music, grooves relaxantes e trippin’ music. Primeira vez que ouvi, achei um pouco parecido com Khruangbin e não dei a atenção devida. Mas daí, algumas semanas depois, eles lançaram outro single “Sunflower Jam” e quando ouvi minha cabeça deu um estalo. E foi como se eu entendesse de uma só vez todo aquele caleidocópio sonoro que eles estavam apresentando na música deles, e é maravilhoso o som que eles fazem, uma verdadeira onda sonora de good vibes e grooves psicodélicos. A banda nasceu um pouco antes da pandemia tomar conta do mundo, e desde então, eles vem lançando cerca de um novo single por mês. Já completaram um álbum cheio “Macrocosm“, com 10 temas. E já estão na metade do segundo álbum, com 05 novos temas, um deles foi lançado faz poucos dias atrás, em 19 de Maio.

E por falar em novo single, a galera da BALTHVS mandou essa mensagem para a galera da n̲̅o̲̅i̲̅s̲̅e̲̅ r̲̅a̲̅d̲̅a̲̅r̲̅:

“Desta vez trazemos ‘Tideflow’, a quinta faixa do nosso segundo álbum, uma faixa hipnótica que nos lembra da grande lei cósmica do ritmo, as marés da vida sempre sobem e descem. Nada fica parado, tudo que sobe cairá e nada fica nas trevas para sempre. Com tantas coisas acontecendo agora em nosso planeta, parecia apropriado nos lembrar dessa antiga verdade.”

escute “Tideflow” na sua plataforma digital preferida.

Agora, vamos viajar um pouco pela nova cena colombiana, os integrantes da BALTHVS vão deixar aqui suas dicas do que há de melhor na música e na cena de lá, na opinião deles:

03 dicas do Balthazar Aguirre (voz, guitarra da BALTHVS)

Dorado Kandua
O som de Dorado Kandua é puro afrobeat, suíngue pesadíssimo, instrumental absurdo, com muita presença de instrumentos de sopro e teclas, é uma suingueira absurda, e um vocal belíssimo e bem forte, sem falar que a vocalista também toca sax e detona muito. O Som deles é bom demais!!! Dorado Kandua é Absurdamente booom!!! O último lançamento deles é o single Bamana, que saiu em 16 de Abril, mas aqui vamos mostrar essa session absurda e o maravilhoso suíngue da música Calle Piña.

Los Yoryis
Desde as alturas do altiplano onde fica a capital da Colômbia, Los Yoryis nasceu como um grupo que retoma o legado do som tropical das orquestras cumbia, chicha, raspa e chucu-chucu dos anos 70.

Desde 2016, os tons e sabores de raspa, chicha, cumbia e psicodelia chegaram à banda Los Yoryis na qual, em um único download do início ao fim, faz o público global dançar em todas as suas apresentações. Mesmo com apenas quatro membros, Los Yoryis é um conjunto em formato de rock que tem o impacto de uma orquestra tropical inteira; São o resultado de um amplo leque de emoções, das mais engraçadas às mais rebeldes, passando pelo peso dos seus ritmos e pelos dedilhados mais ácidos e enérgicos da guitarra. Em suma, o que se consolida como Nu-raspa.

“… esta banda de Bogotá, que funde ritmos tropicais com dedilhadas elétricas de guitarras e uma bateria que se faz sentir no meio do espaço. A tremenda energia de sua interpretação, assim como o fluxo de sua música, rapidamente fez o seu na plateia, que entre gritos, aplausos e danças selvagens caíram em suas garras, rendendo-se à noite que se diluía a cada quebra de quadril. ” John Gómez – VI FESTIVAL DE LOS PLANETAS

Frente Cumbiero

Pedalando sem parar pelas terras da cumbia, FRENTE CUMBIERO se propôs a explorar a identidade sonora que a cumbia representa para a América Latina.

Liderado por Mario Galeano Toro, compositor e produtor colombiano também co-fundador de Los Pirañas e Ondatrópica, FRENTE CUMBIERO é reconhecido como uma ponta de lança do novo movimento da cumbia na Colômbia. Tendo se apresentado em palcos na América Latina, África, Europa, Estados Unidos, Rússia, Japão, Austrália e Nova Zelândia e com lançamentos de vinil 33 e 45 rpm por gravadoras dos EUA (Names You Can Trust), Reino Unido (Soundway), Espanha (Vampisoul), México (La Roma) e Japão (Okra), FRENTE CUMBIERO, por meio de seus projetos inovadores e colaborações com músicos lendários como Mad Professor, Kronos Quartet ou Minyo Crusaders, provaram estar no caminho para expandir as fronteiras da cumbia e da música latina.

No palco, a formação do quarteto se concentra no lado mais pesado dos sons tropicais para a pista de dança, combinando palhetas, percussão ao vivo e uma eletrônica sólida, sintetizadores e sequências dubladas ao vivo. Atuando há mais de 10 anos e muito além do conceito da cumbia como moda, a FRENTE CUMBIERO são verdadeiras seguidoras e mantenedoras da vocação guacharaca.

03 dicas do Johanna Mercuriana (voz, baixo da BALTHVS)

Chocquibtown
Fui pesquisar o perfil do ChocQuibTown no Spotify e quase caí para trás, a banda tem mais de 2,8 milhões de ouvintes mensais. ChocQuibTown, são os principais embaixadores da música na costa pacífica colombiana. A mistura de sons urbanos e o estilo do pacífico, Choc (Chocó) Quib (Quibdó) Town (Nossa cidade) na verdade é um dos maiores grupos latino-americanos no cenário internacional, seu ritmo e letras singulares os ajudaram a iniciar um revolucionário movimento musical e alcançar um grande sucesso em sua carreira. O grupo já ganhou 02 Latin GRAMMYs e foram vencedores de triplos de platina pelas mais de 60.000 cópias vendidas do álbum “El Mismo“.

Monsieur Periné

Outro artista com milhões de ouvintes mensais, o Mousier Periné já ultrapassa 1,8 milhões. Monsieur Periné é um grupo musical colombiano que funde pop, folk e jazz com ritmos latinos, liderado por Catalina García, uma cantora multilingue (espanhol, francês, inglês, português) e o multi-instrumentista Santiago Prieto. O grupo, vencedor do Grammy Latino como “Melhor Novo Artista” em 2015, é atualmente uma das bandas latino-americanas com maior crescimento e projeção internacional. Durante 2019, Monsieur Perine fez uma turnê mundial com “La Sombra Tour” oferecendo mais de 75 shows em 16 países, destacando apresentações em festivais como Lollapalooza Chile, Bonnaroo, Austin City Limits, Rock in Rio e o San Francisco Jazz Festival. —— O último álbum “Encanto Tropical” elevou a banda à categoria de grande artista colombiano.

Felipe Gordon

Morando na capital da Colômbia, Bogotá, Felipe Gordon é um homem renascentista. O produtor, multi-instrumentista, DJ e dono da gravadora em Bogotá, Colômbia, é nada menos que um fenômeno, fundindo sem esforço combinações de sons complexos de samples de Jazz a pianos fluidos e linhas de baixo ácidas em discos de house únicos e emocionantes. É um som que se junta perfeitamente para criar faixas que têm movido ondas em todo o mundo nos últimos dois anos. Felipe já lançou uma série de faixas muito bem conceituadas e trabalhou em remixes para alguns dos selos mais legais que existem, incluindo Shall Not Fade, Toy Tonics, Heist Recordings, Razor n ‘Tape e seu próprio selo Nómada Records. A música de Felipe Gordon é uma das grandes descobertas dessa lista, Gracias Johanna.

03 dicas do Santiago Lizcano (bateria da BALTHVS)

Mutantex

Em 1983 nasceu o MUTANTEX, o ruído de dois adolescentes estudantes de uma escola da zona nordeste de Medellín, que entre risos e zombarias, montaram esse absurdo punkx… Ramiro Menesex batendo nos couros de uma bateria relegada ao esquecimento e Omar Arroyave com o barulho gerado por um violão feito à mão construído com a escala de um violão podre pelo tempo com um estrondo amplificado por um gravador com milhares de interferências de espectros de rádio das estações da época, há a intenção definitiva entre identificar a banda como fornicadora limitada, mas a intenção do nome era abortar fetos de uma prostituta e assim como as entidades se definem como mutantes que com a cumplicidade dos parceiros da gangue punk ax, o barulho toma forma e começa a marcha dos acordes rasgados pela arrogância , raiva, desespero e ódio diante de uma sociedade marginal, repressora, decomposta e carregada sobre um lixo celestial decorado em um altar de hipocrisia. É possível registrar o ruído que foi registrado com raiva na compilação com as unhas, registro musical do filme Rodrigo D sem futuro.

WYK

O quarteto W.Y.K é um conjunto de fusão de música urbana com jazz, que se formou em 2017 em Bogotá. Com influências do hip hop e do jazz fusion, o grupo percorre diferentes ambientes com uma grande variedade de sons que vão desde o tradicional trio acústico de jazz, até a imitação orgânica da faixa instrumental do hip-hop. A banda foi formada no centro da capital, mais especificamente em El Garden, uma biblioteca em La Candelaria, um ponto de encontro e diálogo musical, que no seu desenvolvimento levou a colaborações com diferentes projetos. As improvisações também foram públicas, um processo criativo que quebrou barreiras por serem transparentes e o principal motor de suas composições.

Meridian Brothers

Meridian Brothers é uma banda criada por Eblis Álvarez, que escreve, faz arranjos, produz, toca e canta tudo em suas gravações, embora quando a banda toca ao vivo ele é auxiliado por outros músicos. Sua música é quase inclassificável, uma mistura estimulante de instrumentos eletrônicos e orgânicos, influenciada pelo rock latino, psicodelia,,, música eletrônica de vanguarda moderna e tradições e ritmos folclóricos da América do Sul e do Caribe. Criado em Bogotá, Colômbia, em 1998, Álvarez, filho de biólogos, foi um dos principais responsáveis pelo cenário musical experimental da cidade. Ele foi fortemente influenciado pelo rock psicodélico latino – principalmente da Argentina – e buscava novas maneiras de combinar a execução instrumental com técnicas de produção eletrônica. Ele fez as primeiras gravações que foram distribuídas localmente em fita cassete.

E a nossa dica final é uma escolha unânime dos 03 integrantes da BALTHVS… E eles escolheram o incrível projeto Ondatropica para encerrar essa lista para a n̲̅o̲̅i̲̅s̲̅e̲̅ r̲̅a̲̅d̲̅a̲̅r̲̅.

? Ondatropica ?

Ondatropica é uma ampla colaboração musical co-liderada por Mario Galeano (Frente CumbieroLos Pirañas) e Will “Quantic” Holland. Dependendo da sessão de gravação ou concerto, o conjunto pode ter de 10 a 42 membros. Os dois se conheceram quando Galeano viajou de sua casa em Bogotá para se encontrar em uma loja de discos em Santiago de Cali, onde ele morava na época. Após a sessão de compras, a dupla foi a um café para discutir como fazer música juntos. Um ano depois, eles tiveram uma sessão de gravação de três semanas no lendário Discos Fuentes em Medellín, Colômbia. Seu álbum autointitulado pelo selo Soundway de Miles Cleret apresentou uma colisão de som mágica (“onda” significa onda sonora) que apresentou de tudo, desde cumbia, salsa e gaita e ska afro-caribenha, até hip-hop, dub e funk. Uma versão de dez integrantes dessa banda viajou pela América e Europa tocando o clássico repertório Discos Fuentes. Nesse mesmo ano, Inversiones Cronos lançou o Los Irreales Mixtape, co-patrocinado pelo British Council, Sonido del Valle, Rádio Nacional da Colômbia e Movistar. Um ano depois, Ondatropica lançou um EP com um cover de Fela Kuti “Chop ‘n’ Quench”, junto com dois remixes.

Depois de uma lista dessa, com artistas dos mais variados estilos e gêneros musicais possíveis, a viagem sonora pela Colômbia está mais do que garantida aqui na n̲̅o̲̅i̲̅s̲̅e̲̅ r̲̅a̲̅d̲̅a̲̅r̲̅. E na próxima coluna vamos falar sobre o Indie Rock Latino-Americano que está sendo feito na Argentina. E para dar aquele upgrade geral na cena atual, vamos convidar quem entende do assunto, os nossos parceiros argentinos Pablo Hierro (da Rock City Agencia) e os irmãos Balcarce (do selo indie QUERUZA).

E também ainda vamos falar muito da BALTHVS. Vocês aindam vão ouvir muito a respeito dessa banda aqui na coluna e fora dela também, anotem esse nome! Verão de 2022… Se tudo der certo… e com todo mundo vacinado!

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KEXP | EL SONIDO 10 ANOS

O programa EL SONIDO completa 10 Anos no ar e a festa vai acontecer no canal de YouTube da KEXP. Hoje (22 de Maio), cerca de 19 artistas de diversos países se unem para celebrar e comemorar o aniversário do programa de rádio que mais apóia e divulga a música latina no mundo. Há 10 Anos, o programa EL SONIDO vem abrindo espaço para artistas de todas as partes e de todos gêneros musicais latino-americanos possíveis. O programa tem 03 horas de duração e é transmitido ao vivo, todas as segundas, na cultuada rádio norte-americana KEXP, de Seattle. Clique no LINK abaixo para ver o EL SONIDO 10th Anniversary Special.

 

Na festa de hoje, o programa recebe artistas de +10 países, dando um panorama muito diverso da atual cena musica latino-americana. Artistas como Atalhos, que já falamos aqui na coluna passada, e também os multi-platinados Kali UchisC. TanganaMon LaferteNatalia LafourcadeLa Mala RodriguezBarbi RecanatiFrancisca ValenzuelaJuan WautersJaviera Mena, Triângulo De Amor BizarroLos BlendersMulaLuisa AlamgerAsimovYannaHidrogenesseTerror Cactus feat. Tres Leches.

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Radiation Top #05

SQUID (Brighton, UK)

Considerada pela crítica, como uma das melhores bandas da nova safra no Reino Unido, o Squid é uma banda de 5 integrantes que se reuniu e se formou em Brighton. Seu álbum Bright Gree Field (2021, Warp Records) contém 11 canções sobre o ambiente em constante mudança em que você vive. Ele foi lançado pela Warp Records em 7 de maio.

Squid é Louis Borlase (guitarra, voz), Ollie Judge (bateria, voz), Laurie Nankivell (baixo, metais) Arthur Leadbetter (sintetizadores, violoncelo) e Anton Pearson (guitarra, voz).

 

FRANSIA (Buenos Aires, AR)

Em sua estreia com Mundo Virtual, a cantora argentina FRANSIA apresenta seus dois mundos, o espiritual e o virtual, seu primeiro álbum traz canções com forte presença de sintetizadores, teclados e vocalizações pop, o novo indie latino está sendo bem representado nesse álbum de estreia da cantora, que expoe todas as suas contradições e conflitos existenciais em 07 músicas que falam de amores virtuais, misticismo, ficção científica, conexões quânticas e aponta para um futurismo urgente. O álbum é um lançamento do selo argentino Queruza, que tem lançado coisas muitos legais da nova cena indie Argentina, como Los Siberianos, Las Sombras, Higgs & Aquistapacie.

 

RONI BAR HADAS (Tel Aviv, IL)

Outra cantora que entrou em contato comigo via email, no final de 2020, falando do lançamento do seu primeiro álbum Calm The Beast (2020, independente) e que gostaria de representação na América do Sul e Brasil. Sempre recebo esse tipo de emails, de artistas internacionais querendo saber sobre como trabalhar e construir uma fanbase no Brasil e América do Sul, e alguns me surpreendem muito, como foi o caso da Roni Bar Hadas. Ela é de Tel Aviv, Israel e canta desde a infância, ela também é compositora da grande maioria de suas músicas. O álbum de estreia dela é lindo, de uma pureza absurdamente tocante, sem falar na voz super afinada e belíssima de Roni. A música que mais me encantou foi “Everything”, a faixa que abre o álbum de pegada sad folk. Indicado para quem está apaixonado ou curtindo aquela fossa de boas.

 

YUNG HEAZY (Vancouver BC, CA)

Yung Heazy é um astro pop nascido da noite para o dia após seus primeiros lançamentos acumularem milhões de streams, Yung Heazy, também conhecido como Jordan Heaney, lançou seu aguardado LP de estreia “Whenever You Around I Hate Everything Less” em 1º de junho de 2018, que agora tem mais de 14 milhões streamings. O álbum teve uma recepção abrangente em rádios universitárias e alternativas. Ele então passou o resto do ano na estrada com sua banda e uma performance selvagem ao vivo, tocando em mais de 80 shows e festivais, passando por +10 países e em três continentes.

Trazendo fortes comparações com artistas como Mac Demarco, The Beatles e a atual onda de artistas indie pop bedroom como Cuco, Clairo, Rex Orange County e Gus Dapperton, a música de Heazy mescla psicologia e pop com lirismo e harmonias cativantes. O mundo espera o que vem por aí com esse novo talento empolgante. Ficamos aqui com Quit Your Job!, o último EP dele, lançado em Maio de 2021 pela .

 

GOOD SAD HAPPY BAD (Londres, UK)

Good Sad Happy Bad são CJ Calderwood, Marc Pell, Mica Levi e Raisa Khan. Anteriormente conhecidos como Micachu & The Shapes, eles se re-nomearam depois de seu último álbum, Good Sad Happy Bad. As coisas mudaram um pouco, Raisa Khan está liderando os vocais e músicas da banda, e agora eles contam com a adição de CJ Calderwood contribuindo com um mínimo de vocais, saxofone e gravador.
A Pitchfork deu nota 7,6 para Shades, o novo álbum do Good Sad Bad Happy, que saiu em 2020 pela Textile Records.

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Descobertas no Groover

A Balsa

Rota de Fuga, novo single do duo paulistano A Balsa chega às plataformas digitais em 21/05 e conta com a participação da cantora, compositora e atriz Antônia Morais. Um indie pop dançante com clima espacial, a música em dueto, fala sobre um sentimento universal e atual: o de querer compartilhar a solidão.

“Rota de fuga, partiu, pra solidão partilhar” .

Faixa principal de uma sequência de 3 lançamentos, Rota de Fuga conta com clipe com cenas lindas, todo captado em Londres pelo diretor Fabrício Rodrigues, o mesmo que dirigiu clipe de Veraneio Temporal. lançado em 2020 pelo duo. 
A Balsa é formada por Fil, vocalista e compositor, e Bari, instrumentista e produtor, apresenta um som próprio que explora melodias cheias de referências brasileiras, com um instrumental indie e atmosfera dreampop. Desde 2020 o Duo surge como uma das novas caras do indie nacional, com singles lançados como “Juntos” e “Veraneio Temporal”. Todas as músicas são compostas, produzidas e arranjadas pela dupla que prepara seu disco de estreia, para o final de 2021.

Diego Tavares

Dança é o primeiro single do álbum que deve sair ainda esse ano. O trabalho tem referências tão abrangentes quanto o gosto do artista, podendo ser citados como exemplos o cantor português Tiago Bettencourt ou a nova queridinha americana Phoebe Bridgers, além de contemporâneos nacionais como Cícero e Rubel. Clássicos de sua geração, como Radiohead e Los Hermanos, ou atemporais como Leonard Cohen e Dorival Caymmi, não deixam de estar presentes na alma do trabalho.

Possivelmente inspirada na experiência pessoal com o casamento, a canção fala das dificuldades e desajustes de um relacionamento maduro, num esforço em tentar concluir que insistir é, muitas vezes, mais grandioso que desistir.

Interstellar Overdrive

A banda Interstellar Overdrive me mandou essa música para ouvir A Stroll together in LA (along Sunset Blvd) e ela bateu muito bem com meu gosto por surf music atemporal. Um grupo de verdadeiros amigos antes de ser uma banda. Seu amor comum pelos Beatles, The Strokes e MGMT os fez querer criar sua própria música. Os primeiros ensaios foram caóticos, mas aos poucos as ideias começaram a germinar. Seu estilo de música é entre o rock indie, o sunshine pop dos anos 70, o surf music e o country. E sua música é atualmente influenciada por Whitney, The Growlers e Ryder the Eagle. O mais recente single “A Stroll Together in LA (Along Sunset Bvld)” é uma homenagem ao rock suave dos anos 70 e ao passeio californiano. Apresenta um solo de guitarra que transcende a música. A próxima música será influenciada pela Costa Oeste do Algarve …

 

Você é Artista ou Selo Musical que representa algum artista novo e quer mandar sua música para a Brain Productions Booking analisar? Use esse link e mande para nós agora mesmo.

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Outros Selos

Essa semana vamos abrir um espaço novo na coluna. A seção Outros Selos vai ser um canal aberto para os selos independentes do Brasil darem seu recado sobre seus últimos lançamentos e os trabalhos mais importantes de cada selo convidado. Na primeira semana, convidamos o Arthur Rodrigues, do Cena Cerrado Brasil, para falar um pouco mais sobre o selo dele e a Cena no Cerrado.

Cena Cerrado Brasil responde para n̲̅o̲̅i̲̅s̲̅e̲̅ r̲̅a̲̅d̲̅a̲̅r̲̅

1. Fale um pouco sobre o selo e o que ele movimenta na Cena local.
Formado em 2014 em Uberlândia (MG), a Cena Cerrado Brasil surgiu com a ideia de criar espaços para a cena independente do Triângulo Mineiro, e gradualmente, foi se expandindo para outros tipos de produção e atividades. Hoje o selo tem atuação e subsedes em outros três estados: Goiás, Distrito Federal e São Paulo. Com mais de 40 artistas no casting divididos pelo bioma, as principais atividades desenvolvidas são distribuição, eventos (festivais), comunicação, assessoria e booking. 

2. Quais são os últimos lançamentos do selo que você gostaria de destacar (3 no máximo)?
Nos ultimo mês, tivemos um grande número de lançamentos com muita gente produzindo em casa. Deixo em destaque os três últimos: o excelente EP “Terminal” da Dom Capaz (MG) que é uma obra prima do indie roque triste; o feat da Fernanda Vital (MG) com o Deepleaks em “Love and Caos” que surpreendeu com um indie pop recheado de 90’s; e por último, o single da Urutau, “Oração”, que tem participação de Iuri Resende e antecede o lançamento do primeiro album do grupo.

“Love and Caos”, single de Fernanda Vital & Deep Leaks.

3. Quais as próximas apostas do selo?
Muitas novidades estão por vir, algumas que já tem uma grande expectativa. A Pássaro Vivo (MG) foi contemplada pela Natura Musical e está preparando um disco novo que com certeza será tão bonito quanto o primeiro. E a nossa querida Gaivota Naves, uma das maiores vozes desse país, tá cozinhando um disco solo que também deve sair no segundo semestre.

“Oração”, do Urutau é um dos últimos lançamentos. 
MAIS SOBRE O SELO:

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ÚLTIMAS RADIAÇÕES SONORAS:

CAIMANS e Canadian Music Week

De 18 a 21 de Maio, aconteceu a edição virtual do CMW Canadian Music Week e o Brasil esteve representando pelo duo CAIMANS, formado pelos irmãos gêmeos Peder e Luca. O show da CAIMANS aconteceu no dia 18, no palco virtual Uptown Stage. Conversamos com os irmãos Peder e Luca, sobre como foi para eles a experiência de participar de uma conferência de música Internacional pela primeira vez, e como é ver o projeto deles sendo exibido para boa parte da indústria musical, representada por profissionais de diversas partes do mundo. Vamos ver o que eles disseram:

CAIMANS | mini-entrevista para n̲̅o̲̅i̲̅s̲̅e̲̅ r̲̅a̲̅d̲̅a̲̅r̲̅

  1. Falem um pouco sobre o novo single e o novo videoclipe.

No começo de 2020 íamos gravar singles novos em BH com nosso produtor, YokiSys, mas a pandemia alterou os planos um pouquinho. Passamos um bom tempo em casa e em nosso home studio fazendo, criando e estudando coisas diferentes. Foi uma época muito boa pra nós e inclusive nos inspirou e finalizamos a letra de “What She Can’t Have” logo no começo da pandemia. Se você prestar atenção, vai notar referências sutis ao lock down. Foi aí que resolvemos fazer tudo em casa; compramos equipamentos pra dar um up em nosso home studio e então gravamos “What She Can’t Have” aqui mesmo e o YokiSys mixou e masterizou em seu home studio em BH. Ou seja, ela é uma música produzida 100% à distância, assim como nosso próximo single que já está pronto e será lançado mais pra frente.

O clipe foi parecido. Queríamos fazer algo diferente dos primeiros dois então optamos por um lyric video meio diferentão. Gravamos umas cenas bacanas na casa de chácara do nossos pais e inserimos as letras da música de maneiras diferentes ao longo do clipe. Foi um grande desafio fazer esse clipe sozinhos, pois não somos videomakers hahaha mas com muito estudo e dedicação acabou sendo uma experiência muito boa, aprendemos muito e nos divertimos e ficamos muito satisfeitos com o resultado.

  1. Vocês se apresentaram no CMW, Canadian Music Week 2021, como foi a experiência?

Foi demais! Os shows são pré gravados, gravamos duas músicas em formato de show no telhado do nosso prédio lá em fevereiro. Foi uma correria maluca mas valeu muito a pena. Essas gravações foram transmitidas virtualmente pela plataforma da CMW e isso gerou conexões muito legais. Conhecemos outros artistas, produtores, etc. Além do festival, a CMW conta com um congresso que foi bem bacana; fizemos várias conexões e conseguimos acompanhar palestras de grandes nomes da música como Nile Rodgers e Timbaland.

  1. Como é a sensação de estarem inseridos no Mercado Internacional de Shows? Diferente do Brasil?

É uma sensação muito boa e animadora pois sempre tivemos um som um pouco mais “gringo”, principalmente por cantar em inglês. Mesmo sendo fluente no português também, o inglês ficou mais natural pra gente, desde que moramos nos EUA com 4 anos de idade e estudamos numa escola britânica quando voltamos pro Brasil. Conversamos muito em inglês entre nós mesmos e nossa família então naturalmente quando começamos a compor, as músicas saíram em inglês. Sentimos uma conexão muito massa na conferência e fomos muito bem recebidos e acreditamos que poderíamos fazer muitas coisas legais por lá.

A banda já tem planos de passar uma temporada no Canadá e investir um pouco mais na carreira deles no mercado exterior, de preferência na América do Norte. E eles devem fazer isso muito em breve, são metas para 2022 ou 2023. Desejamos toda a sorte para a CAIMANS nessa nova etapa da carreira deles.

A banda estreou ontem, dia 21, um single novo e também um videoclipe da música “What She Can’t Have”. Dá para ouvir em todas as plataformas digitais e dá para ver o clipe no Youtube, mas a gente facilita para vocês.

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primeiro single do super aguardado novo álbum da The Baggios

Depois de receber 02 nominações ao Latin GRAMMYs, por seus dois últimos álbuns “Brutown” (2017) e “Vulcão” (2019), a banda sergipana The Baggios se prepara para lançar o sucessor desses premiados trabalhos. Na verdade, eles já estão finalizando a gravação do novo álbum, que será o quinto álbum oficial da carreira deles. O novo trabalho da The Baggios vem sendo muito aguardado e já cheio de expectativas, o primeiro single chega no dia 31 de Maio. “Baggios convida Siba” (clique para salvar a música) é uma parceria da The Baggios com o cantor e instrumentista pernambucano Siba. Fazia tempos que les vinhams e namorando, já haviam dividido o palco algumas vezes, em shows por São Paulo, Pernambuco e Aracaju, onde tocaram juntos para milhares de pessoas no dia do aniversário de 15 Anos da The Baggios, em Julho de 2019.

Baggios encontra Siba – novo single da The Baggios.

Saudades dos shows, né? Mas, reza a lenda que em 2022, quem sabe, eles voltam e vamos ter muitos shows por aqui também. Será? Enquanto isso não acontece ou vira realidade (tá bem longe, por enquanto), a banda já prepara uma turnê de promoção desse novo álbum para a Europa, essa turnê era para ter acontecido em 2020, mas tudo indica que vai rolar em 2022. Liberem as fronteiras do mundo outra vez!!

a capa do single “Baggios encontra Siba”(foto: Marcelinho Hora)

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PLAYLIST: BRAIN Best Discovers

As nossas descobertas musicais das últimas semanas, os sons que mais estamos curtindo ouvir.

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Câmbio, Desligo!
n̲̅o̲̅i̲̅s̲̅e̲̅ r̲̅a̲̅d̲̅a̲̅r̲̅ volta em breve!

Bruno Montalvão

https://www.brainproductionsbooking.com

Carlo Bruno Montalvão gosta de gatos, acredita em ETs e até se considera um deles, adora cozinhar, e "sofre" pelo Lakers e Flamengo. Montalvão também é manager, booker e produtor cultural com +25 anos de experiência e trabalhos realizados na Indústria Musical. Já realizou turnês por todo o Brasil, e também Estados Unidos, Marrocos, Canadá, México, Argentina, Espanha, Chile, Itália, Suíça, França, Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Áustria, República Tcheca, Alemanha, País de Gales, Gibraltar, e deu palestras no SXSW, Pop Montreal, Path Festival e diversos outros Festivais. Trabalhou com artistas como Mac DeMarco (CA), Acid Mothers Temple (JP), The Brian Jonestown Massacre (US), Alice Glass (CA), Franc Moody (UK), Sebadoh (US), Jonathan Richman (US), Allah Las (US), The Helio Sequence (US), El Mató A Un Policía Motorizado (AR), Vanguart (BR), entre outros. Atualmente comanda a Brain Productions Booking, o selo indie Before Sunrise Records e apresenta o programa de radio IndieAmerica, na Mutante Radio. #FreePalestine #IndieAmerica

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