Macy Gray com a bandeira dos Estados Unidos Macy Gray – foto: reprodução Youtube

“Não é justo que sejamos obrigados a honrá-la” – Macy Gray quer mudar a bandeira americana para torná-la mais justa e representativa

Jota Wagner
Por Jota Wagner

A diva do soul americana enviou uma carta ao presidente Biden e ao congresso pedindo uma bandeira mais representativa

“A América é grande. Pura, não é mais. Está quebrada em pedaços” – escreve Macy Gray, hoje com cinquenta e três anos, ganhadora de Grammys e grande estrela do soul e r&b americanos, ao se referir aos sombrios tempos recentes americanos, com crimes raciais aumentando, ódio e até mesmo uma invasão ao Capitólio organizada por ultra conservadores lunáticos simpáticos ao ex-presidente Trump.

 

 

Gray acredita que a bandeira americana representa o espaço-tempo em que foi criada. Hoje, não é mais tão adequada. “E se as estrelas da bandeira representassem a minha e a sua cor de pele? Como uma escala de tons de melamina?” – propõe, além da inclusão de estrelas representando o Porto Rico. Atualmente, 52 estrelas representam estados americanos, excluindo o D.C. (o Distrito Federal deles), onde está localizada a capital Washington.

“Sessenta e dois anos depois, em 2021, nós mudamos e é hora de um ‘reset’. Uma transformação. Uma bandeira que represente todos nós e todos os estados” -Gray argumenta em sua petição e ainda complementa, se referindo à versão atual – “não é justo que sejamos forçados a honrá-la”

Indicada cinco vezes ao prêmio Grammy , tendo ganhado em uma destas ocasiões como Melhor Performance Pop Feminina (2001), Macy Gray já gravou dez álbuns venerados pela crítica graças à sua voz rouca influenciada por Billie Holliday.  A artista também se aventura pelas telonas: participou de diversos filmes como Homem Aranha, The Paperboy e For Colored Girls.

Macy é uma ativista ferrenha. Criou, em conjunto com Grace Blake e Charrin Harys (todas da indústria musical) a fundação My Good, dedicada a dar suporte à famílias que perderam entes por violência policial. A organização, além de amparar cidadãos neste momento trágico, ainda registra suas histórias para que não sejam esquecidas.

 

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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