6 vertentes da música eletrônica que estarão no Lollapalooza Brasil 2025
Programação musical do festival contempla boa diversidade dentro do cenário eletrônico
Marcado para os dias 28 a 30 de março, o Lollapalooza Brasil 2025 vai dar um bom rolê pelos subgêneros da música eletrônica. Nosso amado, dançante e divertido gênero musical é um verdadeiro Mr. Catra na arte de fazer filhos. Logo no início de tudo, no final dos anos 80, já começou sua fragmentação: techno, house, trance e breakbeat. Mas isso foi só o começo. Rapidamente, cada lugar, cenário ou tipo de som ia criando um nomenclatura específica para facilitar as pesquisas. Soulful house, deep techno, drum’n’bass, jazzy-step, full-on psytrance… e por aí foi. Hoje, com 40 anos de serviços prestados às pistas de dança, os subgenêros passam das centenas.
Claro que o Lolla não vai te levar para os lados mais obscuros e nichados desta salada musical, mas nota-se na programação deste ano uma certa diversidade no universo eletrônico. E para você não cair de paraquedas no Autódromo de Interlagos, a gente te ajuda com alguns conceitos básicos. Analisando com calma o line-up, muitas batidas que fizeram parte da história da música eletrônica sairão das caixas de som em três dias de festival.
Nenhum DJ, live performer ou grupo da seleção é purista, na concepção da palavra. Considerando grandes palcos, é comum que os escalados deem uma passeada por dois ou mais estilos. Entenda um pouco sobre as principais sonoridades da música eletrônica que estarão no Lollapalooza Brasil 2025!
House music
Ashibah, Barry Can’t Swim, Barja, BLOND:ISH, Bruno Martini, Cashu, Due, ETTA, Fatsync, James Hype, Paula Chalup, Samhara
Big mama da música eletrônica, a house music surgiu em Chicago e Nova Iorque, celebrando a cultura negra, latina e LGBT+. É difícil encontrar um DJ que não dê uma afagada no estilo dentro de seus sets, até como uma reconhecida homenagem à sua importância. Espere, portanto, ouvir house mesmo nas apresentações de quem está lá graças à fama conquistada em outras praias.
Techno
Agazero, Any Mello, BLANCAh, Cashu, Charlotte de Witte, L_cio, Nana Cohat, Paula Chalup
Outro pilar da música eletrônica, o techno surgiu em Detroit e rapidamente ocupou, como uma nuvem de gafanhotos cibernéticos, o mundo todo, com especial eficiência em Berlim e São Paulo.
Indie dance
Barry Can’t Swim, Caribou, Empire of the Sun, Neil Frances, RÜFÜS DU SOL
Como o próprio nome já entrega, o gênero é uma mistura do nosso século entre as vibrações da música indie com as programações eletrônicas. Indica uma gama de sonoridades, mas basicamente é usada para todo artista que tem um pé na cena indie-rocker e outro nos clubes enfumaçados. Claro que o indie dance agrada muito à curadoria do Lollapalooza, um festival que veio do cenário de rock alternativo.
EDM
Bruno Martini, Disco Lines, Zedd, Zerb
Na virada para os anos 2000, artistas começaram a prestar a atenção ao tipo de música capaz de segurar grandes plateias, geralmente repleta de fãs de música pop, sem muito conhecimento do que acontecia nos pequenos clubes, onde tudo começou. Para isso, adicionaram vocais facilmente assimiláveis e os onipresentes (neste estilo) drops — aquelas paradas na batida com retornos épicos.
Bass music
DJ GBR, San Holo, Tropkillaz
Ao bolo da bass music, adicione todo som focado no gravão. Nosso funk e o trap, tão amados nas quebradas brasileiras, capazes de dar um verniz essencialmente brasileiro à música eletrônica, surgiram neste balaio.
Melodic techno
Barja, BLANCAh, Kasablanca, RUBACK
Quem andou algum tempo sem sair de casa e, ao voltar para uma festa, se depara com o termo “melodic techno”, não se assuste: trata-se de uma evolução do que você chamava de progressive house. A mesma conexão entre o pop e o viajante estão lá, com linhas hipnóticas e constantes.