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Homenageando Chico Diaz, Mostra de Cinema de Ouro Preto chega à sua décima sexta edição, desta vez em formato online

CineOP homenageado Chico Diaz

Chico Diaz, homenageado da 16ª edição do CINEOP - imagem: diulgação/CINEOP

Começa hoje, 23 de junho, a 16ª Edição da CINEOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. O evento é dedicado a preservação audiovisual, educação e história, no formato online.

Buscando a melhor maneira de manter a segurança diante do cenário da Covid-19 a mostra de Ouro Preto estará disponível para todo o público nas plataformas digitais. O evento conta com oficinas, masterclasses, exibição de filmes, exposições e shows, entre outros itens da programação.

Os debates e rodas de conversa serão exibidos no YouTube da Universo Produção.

 

 

A proposta das temáticas

Desde a primeira edição, em 2009, que o CINEOP se divide em três temáticas (preservação, educação e história). O propósito é aproximar o público desses três aspectos que compõem a produção audiovisual.

Dentro da temática preservação a mostra se propõe refletir sobre a desvalorização do patrimônio e da cultura o atual momento. Dessa maneira a crise da preservação, claramente observada na crise da Cinemateca Brasileira, trará questões como importância, relevância e como debater e fomentar a preservação.

Da mesma forma na temática educação a proposta é falar sobre os desafios enfrentados no atual contexto, imaginando o futuro do cinema dentro e fora das escolas, bem como os processos e metodologias e ensino do cinema.

Finalmente, na temática história o foco são no tempo dentro e fora das telas. Conhecer e pensar na história do nosso cinema permite entender os processos pelos quais nossa produção audiovisual passou. A proposta de reflexão feita pelos curadores é de observar os processos pelos quais o cinema brasileiro passou desde os anos 1990 até agora. Identificar as fases, caracterizar as produções pós eleições diretas, o Cinema de Retomada, a criação da Ancine e etc. Além disso, a partir do conhecimento desses processos, problematizar o momento em que nos encontramos. Além disso, fomentar o entendimento de como o mercado vem sendo afetado pelas políticas públicas contemporâneas.

Homenageado

Chico Diaz em “Corisco e Dadá”, de Rosemberg Cariry – imagem divulgação/CINEOP

Nascido na Cidade do México, filho de mãe brasileira e pai paraguaio, o ator Chico Diaz é o homenageado dessa edição. Com mais de 40 anos de carreira o ator pode ser visto em produções do cinema, teatro e TV.

Sua carreira começou nos anos 1970, no teatro e, posteriormente, em 1982 fez seu primeiro filme, O Sonho Não Acabou, de Sérgio Rezende. Desde então o ator trabalhou com grandes diretores do cinema brasileiro (Cacá DieguesBruno Barreto, Nelson Pereira dos Santos) e se tornou emblema dos anos 1990, ao protagonizar Corisco e Dadá, de Rosemberg Cariry.

A mostra em sua homenagem exibirá os filmes A Cor do Seu DestinoAmarelo MangaCachaçaCorisco e Dadá, De sentinelaGirassol VermelhoO Ano da Morte de Ricardo ReisOs MatadoresPraça Saens Peña Quem Você Mais Deseja. 

Além disso, hoje, 23/06, às 20h acontecerá m bate-papo entre Chico e Francis Vogner dos Reis, curador da mostra, mediado pela jornalista e crítica de cinema Simone Zuccolotto.

História, política e cinema

“Yndio do Brasil” , documentário de Sílvio Back – imagem: divulgação/MUBI

Na quinta-feira, 24/06, às 12h, o debate Ideologias e políticas de cinema audiovisual nos 1990e em 2021, trazendo o que estava em jogo no tratamento a cultura dos governos dos anos 1990 e em quais são as políticas e ideologias envolvidas nas ações do atual governo. Os convidados são Melina Izar Marson, Orlando Senna e Leandro Saraiva, mediados por Pedro Butcher.

À noite, ainda na quinta-feira, Joel Zito AraújoSylvio Back, conversam com Marcelo Miranda, sobre a revisão histórica dos mitos brasileiros, nos anos 90, em Arquivos, mitos e realidade.

Preservação e Memória

Na quinta-feira, dia 24/06, às 10h, acontece o debate Memórias entre diferentes tempos sobre pontos de divergência e convergência das atividades audiovisuais realizadas nos anos 1990 bem como nos últimos cinco anos. Os convidados são Alfredo Manevy, Inês TeixeiraLaura Bezerra, mediados por Clarisse Alvarenga.

No mesmo dia, às 16h, a discussão será acerca dos arquivos produzidos nas últimas quatro décadas. Assim será debatido como eles vêm sendo conservados, já que o meio digital possibilita seu tratamento. A preservação de vídeo será mediado por Joice Scavone e os convidados são Caetano Corrêa, Lorena Maria Ruy Gardiner.

E não apenas de passado se faz a memória. Em A preservação de conteúdos em redes sociais os debatedores pensam na grande produção de conteúdo dos últimos anos. Dessa maneira, como conservar e como fazer o criador de conteúdo entender a importância da preservação, são questões que moverão o debate entre Ana Pessoa, Anápuàka TupinambáDalton Martins, mediados por Mário Augusto Medeiros da Silva.

Cinema e educação

No domingo, 27/06, às 10h Adraina Fresquet mediará um debate entre Ana Paula Nunes Nicolás Guzmán Martínez sobre a importância de acervos públicos digitais para a articulação de novos processos pedagógicos. A mesa se chama Pedagogias do cinema e curadoria.

Já na segunda-feira, 28/06, às 10h a discussão é entre os cineastas Isael e Sueli Maxakali e com a professora Rosângelas de Tugny, com o propósito de aproximar as perspectivas entre realizadores e educadora. Como resultado cria-se a possibilidade da produção de conhecimento colaborativo entre eles. A mediação será feita por Clarisse Alvarenga.

Masterclasses e Oficinas

Serão dadas cinco masterclasses, por profissionais da Colômbia, Chile, Países Baixos e República Tcheca. Os temas vão de uso do audiovisual como ferramenta de direitos até o ensino e criação de nas escolas.

As oficinas serão seis incluindo temas como financiamento de filmes, escuta empática e oficina de som para documentário. Para participar das oficinas é necessário a inscrição prévia.

Para saber mais sobre as formações e programação completa da 16ª CINEOP, basta acessar o site oficial aqui.

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