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Kanye West e outros 4 artistas que ‘surtaram’ no Twitter
Hoje rebatizado como Ye, o rapper americano foi mais longe do que nunca ao se declarar nazista na rede social; relembre outros casos polêmicos!
O mundo se encantou quando, na aurora da popularização dos smartphones e a internet banda larga, artistas puderam interagir diretamente com seus fãs. Antes, só era possível saber o que seu cantor preferido pensava atrás de entrevistas publicadas em jornais e revistas. A onda começou no extinto Myspace, rede social voltada à música que já foi a maior do planeta, na primeira década do século. Artistas como Adele, Arctic Monkeys, Calvin Harris e Lily Allen estavam lá, postando, e até respondendo a uma ou outra mensagem dos admiradores. Seu reinado, porém, sucumbiu à transferência do tráfego de internet dos computadores para os celulares. O primeiro concorrente a cooptar as celebridades da música foi o Twitter, hoje X.
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Fundada em 2006, a rede inovou com a ideia de permitir somente frases curtas, com até 140 caracteres. O convite era feito ao usuário: “o que você está pensando?”. O negócio cresceu, muita gente entrou e ficou possível, efetivamente, saber o que estava se passando dentro da cabeça da pessoa que você admira. Aí, começou o problema.
O público foi aprendendo, com insistentes decepções, que uma pessoa pode ser genial em sua criação artística e uma tremenda babaca fora dos palcos e estúdios. Adicione à lavagem a distorção causada pela conta bancária recheada de dinheiro, que dá a seu dono a sensação de conhecer os “segredos do sucesso”, o que o permite a impor suas opiniões sobre o outro. E também a facilidade de, com um celular sempre a mão, publicar seus “pensamentos” às quatro da madrugada, doidão e solitário em algum quarto de hotel. Uma receita para o caos.
Vivemos, a partir de então, uma sucessão de autoqueimações de filme. Gente falando o que não devia, postando sem avaliar direito e, principalmente, escancarando publicamente quem realmente são. Os usuários do X/Twitter já tiveram de assistir, milhares de vezes, os já tradicionais vídeos “quem me conhece, sabe”, de celebridades se desculpando por besteiras ditas publicamente.
![Duda Brack](https://musicnonstop.uol.com.br/wp-content/uploads/2024/07/Duda-Brack-Crop-Ensaio-Cama-16x9-01-150x150.jpg)
Além de expor comportamentos condenáveis, a rede rendeu momentos memoráveis de surtos, como fez a banda Smash Mouth, que ficou possessa da vida por ter sido citada na animação Shrek como uma one hit wonder (banda de um sucesso só), ou a famosíssima dança das facas de Britney Spears. Mas a real é que tem de tudo quando um famoso resolve passar vergonha. Relembre cinco casos:
Kanye West e o nazismo
![Kanye West](https://musicnonstop.uol.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Kanye-Nazi.webp)
Alguns dos tuítes de Kanye West que fizeram sua conta ser removida do X. Imagem: Reprodução
Kanye West, hoje Ye, conseguiu um feito único, digno de entrar para o livro dos recordes: ter sua conta bloqueada no X/Twitter em um momento em que seu fundador, Elon Musk, trabalha fundo para desregulamentar o controle de conteúdo em nome de uma suposta “liberdade de expressão”.
O rapper dos Estados Unidos aproveitou o hype do Super Bowl para fazer diversos tuítes antissemitas, declarar amor a Hitler e concluir com um: “eu sou um nazista”, sem deixar claro se havia ironia ou não em sua publicação. Musk, aproveitando o fato de estar sendo detonado publicamente por ter feito uma saudação (muito, mas muito mesmo) parecida com a dos fãs de Adolf durante uma das épocas mais sombrias da história, resolveu comprar a briga, “censurando” o usuário.
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Karla Sofía Gascón e a capacidade de falar besteira
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Um dos tuítes polêmicos da atriz espanhola. Imagem: Reprodução
Em evidência graças à indicação ao Oscar por sua atuação no controverso Emilia Perez, Karla Sofía Gascón chegou a ser elogiada por Fernanda Torres, a quem acolheu em uma festa. Tão logo foi indicada ao prêmio, no entanto, usuários da internet passaram a desenterrar posts antigos de uma atriz poliglota: fala inglês, espanhol e várias merdas. Gascón chegou a publicar “pensamentos” diminuindo a importância do caso de George Floyd, assassinado pela polícia dos Estados Unidos. O próprio elenco de Emilia Perez declarou publicamente que o “encantamento acabou”.
Miley Cyrus e a língua rebelde
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“Garota, se você está preocupada sobre onde línguas estiveram, que bom que seu ex-bofe é seu EX-BOFE, porque nós TODOS sabemos onde AQUELA língua esteve”, diz o antigo tuíte de Miley Cyrus para Katy Perry. Imagem: Reprodução
A ex-atriz mirim e atual ídolo pop também se deslumbrou nas redes sociais, errando o ponto e tomando invertidas de outras celebridades. Em 2014, Miley Cyrus entrou em uma treta pública com Katy Perry, que começou em uma manifestação de carinho. Perry reclamou que Cyrus tentou enfiar a língua na boca dela quando deram um “selinho”. “Vai saber onde esta boca já esteve”, declarou Katy. A treta ficou pública, e até ex-namorado foi incluído no meio.
![Frejat](https://musicnonstop.uol.com.br/wp-content/uploads/2024/11/Frejat-150x150.jpg)
Não contente, Miley também resolveu comprar briga com Sinead O’Connor. Ao ser criticada por O’Connor por abusar da sexualização de sua imagem, respondeu pedindo ajuda a seus fãs para encontrar uma psiquiatra para a desafeta. “Será que você tem ideia do quão estúpido e perigoso é sacanear pessoas sofrendo de doenças mentais? Você um dia sofrerá dessa doença, disso eu não tenho dúvidas”, devolveu Sinnead.
Roger Moreira e a ordem sem progresso
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A mensagem de Roger Moreira para Marcelo Rubens Paiva em 2014. Imagem: Reprodução
Mesmo tendo sido responsável pela criação de letras como “bum bum bundão”, “cu” e outras pérolas, Roger Moreira era tido com um cara inteligente e de “QI acima da média”. Até a invenção do Twitter. Por lá, muita gente se perguntou em qual esquina Moreira teria perdido os pontos do coeficiente de inteligência a ele atribuídos. E a coisa chegou ao ápice (ou ao fundo do poço) quando, também em 2014, resolveu brigar publicamente com Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou Ainda Estou Aqui. O músico insistiu em tentar convencer as pessoas, e o próprio Marcelo, de que a ditadura militar só havia sido um problema para terroristas. “Minha família não foi perseguida pela ditadura porque não estava fazendo merda”, chegou a declarar.
Charlie Sheen não aceita tomar toco
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O começo do tuíte de Charlie Sheen para Rihanna. Imagem: Reprodução
O ator-problema Charlie Sheen, ao contrário dos antecessores na matéria, não desapontou ninguém. Todo mundo sabia que o cara havia sequelado graças ao excessos, antes mesmo da digitalização dos pensamentos. Mas o Twitter se transformou em uma metralhadora giratória em sua mão — só que seus projeteis não são feitos de chumbo, mas de outro material, digamos, mais orgânico. No mesmo ano de 2014, tentou conhecer Rihanna, que jantava no mesmo restaurante que ele e sua então noiva, Brett Rossi. Após a cantora recusar o encontro, alegando que “iria chamar a atenção dos paparazzi”, Sheen foi ao Twitter detoná-la:
![Charli xcx - BRAT](https://musicnonstop.uol.com.br/wp-content/uploads/2025/01/Charli-xcx-150x150.webp)
“Levei minha garota para jantar ontem à noite com seus melhores amigos para o seu aniversário. Ouvimos falar que Rihanna estava presente. Eu mandei um pedido à mesa dela para apresentá-la à minha noiva, que é uma grande fã. (…) A mensagem que recebemos de volta foi a de que tinha muitos paparazzi lá fora e não seria possível desta vez. Desta vez? DESTA VEZ?? (…) Desculpe se não somos LEGAIS o suficiente para ganhar uma bênção da Princesa (ou, neste caso, da idiota do vilarejo). (…) E Rihanna, falta um tempo ainda para o Halloween, mas bom saber que você já está testando sua fantasia em público. (…) Foi um prazer NÃO te conhecer. (…) Eu estou imaginando que você precisava daqueles preciosos 84 segundos para ajeitar aquela peruca feia antes de deixar o restaurante. Aqui vai uma dica de um verdadeiro veterano: se você não quer ser incomodada, NÃO SAIA DE CASA! E se essa ‘Prisão da Fama’ for tão estressante e difícil, então CAIA FORA, junior!”.
Além disso, apesar de ter tornado as gravações de Two and a Half Man um inferno para os colegas durante anos, Sheen não se conformou ao ser expulso do elenco, e passou anos detonado Ashton Kutcher, seu substituto, na rede social. Kutcher preferiu não responder, mas em uma entrevista a Jimmy Kimmel, desabafou: “Posso fazer um apelo público para o Charlie? Cara, cala a boca! Já se passaram três anos e você ainda está me detonando no Twitter? Sério?”.