Festivais O alemão MELT Festival. Foto: Stephan Flad/Reprodução

Sete festivais de música em lugares incríveis para conhecer

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Para quem está com (muitas) milhas sobrando, ama música e viagens, eis a lista dos sonhos

Hoje em dia, é comum dizer que festivais de música fornecem a seu público uma “experiência”. Mais do que o palco, o show, a música, estar em um evento assim provoca sensações vindas do encontro com pessoas diferentes, das vivências e dos cenários — aposta de rolês como Burning Man e Tomorrowland, por exemplo, onde o conceito e o visual são, no mínimo, tão importantes quanto o som.

Em alguns festivais pelo mundo, porém, a experiência vai além. Os eventos são realizados em lugares surreais. Praias paradisíacas a montanhas e desertos fazem com que o público tenha a difícil tarefa de dividir sua atenção entre seu artista predileto e cenários naturais de tirar o fôlego.

A seleção que preparamos para nossos leitores viajantes é uma verdadeira lista de desejos. Sete festivais locados nos seis continentes, ideias para torrar seu estoque de milhas aéreas. Que tal gabaritar todos?

Moonsplash – Caribe

Festival de reggae realizado em Anguilla, no Caribe, o Moonsplash existe há 34 anos e é o mais antigo da região, criado pela lenda local Bankie Banx. Por seus palcos já passaram grandes lendas mundiais como Jimmy Buffett, Toots & The Maytals, Buju Banton, Tarrus Riley, Gregory Isaacs, Chronixx, Romain Virgo e Third World.

Mas não são só os barões que se apresentam no Moonsplash. Parte do line-up é formado por artistas locais e iniciantes do reggae caribenho. Tudo na beira da praia, geralmente no mês de março.

Nyege Nyege – Uganda

Realizado em um resort às margens do Rio Nilo, o festival criado pelos artistas locais Arlen Dilsizian e Derek Debru valoriza a música contemporânea do leste africano e é reconhecido em todo o mundo. Na ativa desde 2013, o Nyege Nyege já mudou de local duas vezes, mas sempre mantendo a magia da paisagem ugandense nos meses de novembro.

O festival também acolhe a comunidade LGBT local, causando celeuma com as autoridades religiosas do país, que também reclamam da contaminação cultural trazida pelos turistas. Graças a seu caráter exótico, recebe festeiros do mundo todo, representando a maior parte de seu público.

eZo Festival – Georgia

Imagem: Reprodução

Do meio das montanhas Mtatsminda,amantes da música eletrônica dançam enquanto desfrutam de uma senhora de uma vista para a capital da Georgia, Tbilisi. A área que envolve a montanha virou parque ecológico protegido, e o eZo se aproveita para unir paisagens naturais e muita dance music, pertinho da capital.

Geralmente em setembro, o festival investe em nomes históricos da house e do techno, como Derrick Carter, Derrick May e Todd Terry, só para citar alguns.

Future Frequency Festival – África do Sul

O FFF, como é carinhosamente chamado pelos fãs, é para aqueles que amam juntar o futurismo urbano apocalíptico com as belezas naturais. O rolê acontece em lugares diferentes, como um pátio de contêineres na região portuária da Cidade do Cabo, um hangar do aeroporto da cidade ou a estação de trem de Joanesburgo. Da pista cheio de fuligem, se observa as montanhas incríveis da região.

A música, para combinar com essa doideira, é eletrônica avant-garde. O festival acontece em setembro.

Organik – Taiwan

Foto: Reprodução/Facebook

Considerado o festival de techno mais legal de Taiwan, o Organik acontece em um espaço surreal à beira-mar, na praia de Hualian. Sua definição de festas open air será atualizada após dançar noite adentro frente à frente com o Oceano Índico. O rolê acontece durante vários dias e permite camping. Programe-se para ir em abril.

MELT – Alemanha

O que parece mais alemão do que curtir 90 horas de techno em um museu de máquinas industriais gigantes chamado Ferropolis? O MELT fica em Gräfenhainichen e oferece uma distópica paisagem de megatratores, guindastes e outras parafernalhas malucas desativadas.

Universo Paralello – Brasil

Não podia faltar em nossa lista o Universo Paralello, realizado em uma fazenda à beira-mar no litoral da Bahia. Criado em Goiás, o evento se mudou (para nunca mais voltar) para uma praia cheia de coqueiros, onde festeiros de todo o planeta acampam por uma semana, durante a virada do ano.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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