Mapa dos Festivais analisou 298 eventos do país para o seu novo relatório
A plataforma Mapa dos Festivais lançou nesta quarta-feira, 24, sua pesquisa sobre o panorama dos festivais brasileiros em 2023. Bastante completo, o relatório observou 298 festivais, o que representou um aumento de 138% em relação ao estudo de 2022.
Para ser considerado um festival, o evento precisa ter a música como elemento central, mais de três atrações musicais em sua programação e acontecer com regularidade [exceto para os casos de edições inaugurais].
Em suas mais de 50 páginas, destacamos os seguintes dados:
- 71 festivais nasceram em 2023;
- R$ 329,00 é o preço médio dos festivais no Brasil [sendo o Lollapalooza o mais caro, com tíquete médio de R$ 3.001,00];
- São Paulo é a cidade com o maior número de festivais cadastrados, e o Sudeste concentra a maior parte dos eventos;
- 3.127 artistas se apresentaram nos palcos dos 298 festivais observados;
- Teto, Djonga, Pitty, Matuê e MC Cabelinho foram os artistas mais escalados nos rolês;
- 30% dos artistas são de música eletrônica e DJs Open Format;
- 48% dos festivais são multigênero;
- A presença mais constante nos line-ups dos festivais multigênero foi a de Marina Sena;
- A música eletrônica é o estilo mais comum entre os artistas que tocaram nos festivais, seguida por rock, rap, MPB e pop;
- 65,6% dos artistas são homens cis, enquanto 24,9% são mulheres cis;
- Feats, as apresentações em que uma atração traz um ou mais convidados aos palcos, continuam em alta. Conforme declarou a diretora criativa do Mapa dos Festivais, Juli Baldi, “os artistas parecem estar mais abertos a isso, em ter um show diferente, para não terem sempre o mesmo show da turnê”;
- Outra estratégia que tem sido vista com frequência é a dos shows comemorativos, nos quais os músicos tocam na íntegra, em performances exclusivas ou raras, um álbum icônico de sua discografia.
O documento também aborda estatísticas dos patrocinadores, cases de ações de marketing de sucesso e aponta para quatro conclusões:
- As mudanças climáticas precisam ser levadas mais a sério;
- Festival não é mais sinônimo de perrengue [conforme Jota Wagner escreveu ao Music Non Stop em outubro];
- Os festivais brasileiros estão ganhando o mundo, expandindo-se cada vez mais para outros países;
- Os chamados “festivais de nicho” “têm emergido como critério identitário e de diferenciação”.
Para ver a versão gratuita do estudo, basta acessar aqui e cadastrar o seu e-mail.
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