Festa do Music Non Stop na Kubik ressuscitou clubbers com clássicos da disco a bombadas da house, industrial e techno. Corelli diz o que foi uva
Fotos Sidinei Lopes e Edu Corelli
Minha sexta resenha pro site atemporal da meiga Claudia Assef vem em clima it’s friday, suba neste palco.
Numa análise relâmpaga, pois ninguém aguenta muito blábláblá cabeçudo na web, nossa São Paulo, quintal da noite brasileira, quiçá latina, sempre surpreendeu no quesito dançar em palco. E não estou falando de balé e sim de dancefloors que nasceram, morreram e ressuscitaram no tablado e na coxia.
Tivemos palcos de teatro uva (= luxo) que viraram pista de dança. Exemplos: Teatro Mambembe, onde eu fechava minha bilheteria após espetáculos teatrais e ía voando dançar no palco com convidados o dub/reggae/rock/salsa do querido DJ santista Wagner Parra (RIP). O próprio Espaço Off às vezes virava pista após espetáculos babado; o primeiro Madame Satã tinha também uns animados que subiam pra fazer mosh no palco reservado a perfomances elegantes e punks – um boy quase case caiu em cima de moi após apresentação de butô de Kazuo Ohno… volte três décadas quase.
E teve dois, nos idos dos anos 90s, no Bixiga, que deram espaço a essa fusão teatro dançante. O palco do antigo teatro Dioniso Azevedo, em homenagem ao ator maravilhoso, era após um monólogo do mesmo o open dancefloor pra turma raver/boêmia/que-usava-flúor/piercings e roupas overlockadas dançar no projeto Club Allien da guerreira cyber DJ Andrea Gram. O clima era uva = a luz afinada para a peça continuava contracenando na cabeça dos clubbers junto com a trilogia clássica = fumaça + strobo + techno (lembro que uma noite cheguei cedo e Andrea arrumava o som. Fiquei no saguão e passou por moi Sir Taufik Jacob dando boa noite).
No teatro Mars lembro de ter assistido a uma montagem babado de Mil e uma Noites, voltando uma década e meia… e pensei “este palco daria uma boa pista de dança para Rosi Campos ou Giulia Gam bailarem”. Dito e feito, na sexta passada (29), década vigente, fui dançar e conhecer o Kubik, ou ressuscitar o Mars, e fiz o combo fotografar + entrevistar convidados da festa da Claudia Achefa.
Parafraseando a música, subimos no palco e dançamos o vintage, o trintage, o futurista ou no meu pajubá = uva, como se fôssemos bebês, o set dos pais DJ Robertinho (Papagaio Disco Club/Gallery), Vadão (Toco), Magal (Madame Satã/Rose Bom Bom) e da mãe Andrea Gram (Hell’s Club/Club Allien).
O som um pouco de tudo um muito que amam o povo do teatro, o povo da noite, o povo da moda, o povo da escrita e o povo do povo; foi chic (=uva, neste caso, se preferir verde) e perguntei aos convidados: “QUE MÚSICA VOCÊ ELEVA AO CUBO PARA A VIDA?” Comments lindezas abaixo, merci a todos.
QUE MÚSICA VOCÊ ELEVA AO CUBO PARA A VIDA?