Efan Electro Foto: Reprodução

DJ mirim: aos 10 anos, Efan Electro abre para Judge Jules

Jota Wagner
Por Jota Wagner

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Quando o renomado DJ Judge Jules apareceu para tocar em uma festa ao ar livre para cerca de 600 pessoas na pequena Neuadd Ogwen, no País de Gales, no último dia 13, teve uma baita surpresa ao olhar para o colega que fazia a abertura do seu show, botando o povo para dançar ao som de clássicos de nomes como Faithless e Fatboy Slim: o DJ, Efan Electro, tinha apenas dez anos de idade.

“Certamente o DJ de abertura mais jovem que já vi em toda a minha carreira, e pelo que me lembro, em toda a minha vida frequentando festas também”, contou Jules.

Aos 58 anos de idade, Judge começou a tocar com 21. Tem quase 40 anos de carreira, e há 27 começou a fazer seu programa na BBC Radio 1, que o tornou um dos mais importantes DJs do mundo tocando trance e house progressivo. Fazendo o esquenta para a sua música, lá estava o pequeno Efan, um garoto que conheceu música através de pais ravers, pediu dois toca-discos de presente de natal e já vinha se apresentando em pubs da cidade, além de, claro, festinhas de escola.

À BBC, o menino contou: “comecei com oito anos de idade. Via DJs ao vivo e online e pensava, ‘isso é muito legal e eu quero tentar’. Há um sentimento gostoso em tocar para as pessoas. Ver todo mundo feliz e dançando é maravilhoso”. Mesmo molecote, ele já mostra que conhece exatamente a função de um bom DJ: amar música e amar ver as pessoas felizes.

No seu canal de YouTube, que tem apenas cinco seguidores e pouco mais de 200 visualizações, há um vídeo do garoto tocando em casa para pais e titios animadíssimos. O som é de gente experiente: música eletrônica inglesa que estourou na virada dos anos 90, como Basement Jaxx, Layo & Bushwacka! e outros grandes produtores britânicos. O jeitinho de mixar e a marra também são de um veterano, além das clássicas camisas floridas tão usadas por DJs old school inleses, dando pinta de que além de grandes apoiadores, os pais também fazem a função de figurinistas da pequena estrela.

“Um dos sonhos da minha vida era abrir para o Judge Jules. Já posso tirar este da lista.”

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.