DJ Magrão, DJ Mannis e DJ Gio Marx concorrem a duas vagas para o grande torneio internacional DMC World
Próxima quarta, 31 de julho, São Paulo receberá mais uma edição do DMC Brasil, campeonato que premia os melhores “DJs de performance” brasileiros desde 1989. O evento rola no Teatro Sérgio Cardoso a partir das 17 horas. A entrada é gratuita, com ingressos distribuídos na portaria do teatro por ordem de chegada.
Quem estiver por lá vai poder conferir a nata da discotecagem brasileira competindo por duas vagas no DMC World, através de duas categorias: World For Supremacy (um minuto de performance para cada DJ em dois rounds) e World Solo Classic, na qual o DJ tem seis minutos para mostrar suas habilidades nos toca-discos.
Os finalistas deste DMC Brasil são DJ Magrão (BH), DJ Mannis (SC) e DJ Gio Marx (MS). Além deles, se apresentarão os atuais campeões DJ Shinpa (SP, vencedor da World Solo Classic 2023) e DJ Raylan (SP, vencedor da World For Supremacy 2023). O rolê ainda conta com a apresentação dos finalistas do campeonato Soco Na Gangrena, paralelo ao DMC, organizado pelo DJ Erick Jay.
Desde que chegou ao país (apenas quatro anos depois de sua criação, em 1985), o campeonato já premiou DJs como MC Jack, DJ Marlboro e o próprio Erick Jay. O evento serve também para revelar novos artistas que inovam nos scratches e backspins, transformando o campeonato em uma plataforma de lançamento na carreira de uma molecada cheia de talento.
Originalmente, o DMC era um serviço europeu de assinatura de discos de vinil, o Disco Mix Club, criado pelo jornalista britânico Tony Prince, e o primeiro no mundo com uma proposta exclusivamente voltada aos DJs. Um de seus primeiros assinantes, para se ter uma ideia, foram as estrelas Sasha e John Digweed. No melhor esquema “amigo do amigo”, Juninho Thonon, DJ da rádio Jovem Pan, conseguiu contatar Prince e trazer o serviço ao Brasil. Junto com ele, veio o campeonato DMC, uma das iniciativas de maior sucesso do clube.
Nas batalhas do campeonato, DJs competem fazendo seus malabarismos nas picapes por um tempo limitado. Os melhores vão eliminando concorrentes até chegar ao posto de grande campeão. O primeiro DMC brasileiro rolou em 1989, com a vitória do carioca Marlboro.
Desde que surgiu na Europa, o evento chamou bastante atenção. Afinal, o DMC transformava a arte da discotecagem em esporte. O rolê ganhou corpo definitivamente quando a lendária Technics, fabricantes dos toca-discos que são uma espécie de padrão no mundo profissional dos DJs, bancou a ideia para que o concurso rolasse em diversos países, credenciando os campeões nacionais para uma edição mundial.
Dia 31, os brasileiros saberão quem é que está inovando na arte da discotecagem, a ponto de representar a nação entre as maiores feras do planeta na edição mundial deste ano, dia 17 de outubro, em Paris.