Para celebrar o dia dos nossos amados livros, selecionamos 22 obras incríveis que retratam o mundo da música
Como diria Bob Dylan (gênio da literatura musical), como se fosse ‘uma mera reviravolta do destino’, em 22 e 23 de abril de 1616, respectivamente, o mundo se despedia de dois de seus maiores autores literários: o genial romancista espanhol Miguel de Cervantes e o não menos lendário escritor inglês, William Shakespeare.
Em 1995, a Unesco decidiu comemorar o Dia Mundial do Livro para marcar o falecimento de dois dos mais icônicos autores que já caminharam pela Terra. Para manter essa tradição mais viva do que nunca, o Music Non Stop apresenta aqui uma seleção de 22 livros indispensáveis para quem ama ir além das sete notas musicais.
A partir de agora, só resta uma questão existencial: ‘Ler ou não ler? Eis a questão!”
Eu Dormi com Joey Ramone – Memórias de uma Família Punk Rock
Editora Dublinense
Não importa se você curte – ou pelo menos, algum um dia curtiu Ramones. “Eu Dormi com Joey Ramone – Memórias de uma Família Punk Rock” é o máximo em fidelidade que se pode mergulhar sobre cada dia, semana, mês e ano de atividade da banda do Queens, NY.
Isso porque Mickey Leigh (assinatura artística do autor, músico e ex-roadie Mitchell Lee Hyman) acompanhou como uma verdadeira mosca na parede todos os passos artísticos e íntimos dos Ramones. Em especial, claro, seu irmão Joey.
Leigh, para quem ainda não sabia, também participou de diversos clássicos do grupo, incluindo o primeiro hit “Blitzkrieg Bop” (apesar de não ter recebido os devidos créditos).
Atenção: um filme baseado na bio deve chegar ainda em 2022, com produção da Netflix.
Pra Ser Sincero: 123 Variações Sobre um Mesmo Tema
Editora Belas Letras
Nos anos 80, Humberto Gessinger pagou todas as penitências por ter como principal rival no pop rock nacional a Legião Urbana. Havia na época até mesmo um grupo de detratores oficiais do trio gaúcho, que ousou encabeçar uma verdadeira ‘Engenheiros-mania’ no auge do grupo, entre 1990 e 1992.
Após a febre, Gessinger tratou de dar continuidade à carreira musical, se destacando também como escritor. Para os interessados em minuciosos detalhes sobre a discografia produzida até 2009, é indispensável devorar “Pra Ser Sincero: 123 Variações Sobre um Mesmo Tema”. Sem questão, a obra mais interessante do baixista-gremista para quem gosta de ler verdadeiras histórias sobre música de verdade.
The Dark Side of the Moon: os Bastidores da Obra Prima do Pink Floyd
Editora Zahar
Aqueles que conhecem o mínimo sobre a trajetória do Floyd pode, cravar pelo menos duas coisas sobre o grupo britânico sem medo de ser feliz:
1) A rotina nunca foi um mar de rosas 2) The Dark Side of The Moon é o disco mais vendido da banda – e um dos mais bem-sucedidos comercialmente da história da música popular.
Já quem pretende ir além dos caminhos ricos e tortuosos do Pink Floyd, a sugestão fica para este livro que realmente entrega o que está em seu título: os bastidores de uma obra-prima.
Além do livro ser um investimento seguro pelo conteúdo musical, a obra traz o bônus de ter sido composta por John Harris. O autor inglês é um dos mais renomados da literatura pop britânica, com textos publicados na maravilhosa Mojo e na extinta (e não menos incrível) Q Magazine.
Gilberto Gil: Todas as Letras
Editora Companhia das Letras
Originalmente publicado em 1996, “Todas as Letras” é um título que já nasceu condenado – principalmente, porque estamos falando de um dos maiores e mais prolíficos compositores nacionais. Desde então, o cantor e compositor baiano já escreveu e lançou diversos álbuns, incluindo o maravilhoso OK OK OK (2018).
Com edição do mestre Carlos Rennó, a obra – ainda que desatualizada – é altamente necessária por conter comentários contemporâneos de Gil sobre mais de 450 canções, incluindo pérolas (até então) inéditas em disco como “Pílula de Alho”, que viria a ser incluída no premiado Quanta (1997).
Renato Russo: O Trovador Solitário: edição comemorativa 60 anos de Renato Russo
Editora Relume Dumará
Para o bem ou para o mal, sobram hoje nas estantes físicas e virtuais livros e textos sobre Renato Russo. Justamente por isso, é preciso saber por onde começar a ler mais sobre o líder da Legião Urbana.
A opção que oscila entre o básico e o mais profundo fica para esta obra de Arthur Dapieve, que ganhou mais conteúdo em sua reedição de 2020.
Se você adora detalhes sobre as gravações da banda de Brasília, “O Trovador Solitário” informa sem inundar o leitor com peculiaridades dispensáveis, como fofocas e rumores.
Elvis Presley – a Vida na Música
Editora Larouse
Demorou mais de uma década para que um dos mais completos trabalhos sobre o Rei do Rock ganhasse a merecida tradução para o português. Lançada originalmente em 1998 como “A Life In Music – The Complete Recording Sessions”, a obra do expert Ernest Jorgensen entrega tudo o que o fã mais nerd precisa saber. Ou seja: todas as minúcias sobre cada nota gravada em estúdio por Elvis Presley entre 1953 e 1977.
Rebatizado no Brasil como “A Vida na Música”, o livro pesquisado e redigido pelo dinamarquês (e maior conhecedor de Presley no Planeta) chegou às prateleiras brazucas apenas em 2010 – mas dá para afirmar que a espera foi totalmente válida.
Almanaque da Música Pop No Cinema
Faro Editorial
Por conhecimento próprio, não é risco afirmar que Rodrigo Rodrigues era craque em tudo o que fazia, incluindo o posto de guitarrista e líder da deliciosa banda The Soundtrackers, além das funções de apresentador e repórter esportivo e muito, muito mais.
Em julho de 2020, o autor de “Almanaque da Música Pop No Cinema” perdeu sua batalha particular contra a covid-19 e o mundo perdeu com ele um cara sensacional.
Como consolo, nos resta absorver todo o conteúdo do livro que explora como nenhum outro a história do pop, combinado à sétima arte. O almanaque de Rodrigo Rodrigues está longe de ser um resumo da obra profissional do jornalista, mas é um excelente cartão de visitas.
Roadie: a Minha Vida na Estrada Com o Coldplay
Editora Larousse Lafonte
Se você googlar o nome “Matt McGinn” irá se deparar com pelo menos três homônimos – todos eles ligados à música. O terceiro (e mais novo deles) é autor de um livro recheado de detalhes que somente um colaborador tão próximo a uma banda – no caso, o Coldplay – poderia oferecer.
Além de amigo e roadie (como são chamados os assistentes de palco), McGinn pode se gabar de ter contribuído criativamente com o quarteto liderado por Chris Martin. Um exemplo está no riff the “Square One”, faixa de X&Y, terceiro disco dos ingleses.
Além de confiar em quase duas décadas de memórias vividas ao lado do grupo (a publicação é de 2011), o autor explorou as pistas deixadas por ele mesmo, enquanto viajava pelos quatro cantos do planeta. Muitos trechos do livro, segundo o autor, foram extraídos de observações feitas por ele em guardanapos de aviões e caixas de fitas de gravação.
De A-Ha a U2: Os Bastidores das entrevistas do mundo da Música
Editora Globo
Poucos jornalistas no Brasil (e talvez, no mundo) viajaram tanto pelo planeta Terra quanto Zeca Camargo. O atual apresentador do “1001 perguntas” (Band) também pode se gabar de ser um dos maiores conhecedores de cultura pop do país. Exemplos de seu CV aparecem em um dos melhores livros sobre entrevistas já publicados.
“De U2 a A-ha” oferece incríveis 53 conversas com ícones da música internacional conduzidas por Camargo. O time – ou melhor, a seleção – conta só com craques em seu elenco. David Byrne, Mick Jagger, Sting, Elton John, Lauryn Hill, Moby, Marisa Monte e outras feras indomáveis.
MASTERS: Paul McCartney em Discos e Canções
Sonora
Se o autor que vos escreve não fosse o próprio escritor desse guia sobre a carreira do baixista mais talentoso do universo (que hoje, infelizmente, já não é tão completo), talvez ele apontasse “Paul McCartney em Discos e Canções” como o livro mais essencial sobre a carreira solo do músico prestes a completar 80 primaveras em 18 de junho de 2022 (sim, é primavera em Liverpool!).
Bem, mesmo sendo o criador de fato deste livro publicado em novembro de 2017, arrisco aconselhar os leitores a investir em um trabalho detalhista que traduz minhas incansáveis pesquisas sobre McCartney em mais de 30 anos. De quebra, você ainda leva de bônus uma entrevista exclusiva com o eterno beatle, feita horas antes de seu show em São Paulo, em 25 de novembro de 2014. Definitivamente, um marco da carreira (minha, claro…).
Ultraje a Rigor – Nós Vamos Invadir Sua Praia
Editora Belas-Letras
Na última década, os órfãos do tradicional Rock BR começaram a ser vingados. Se no auge das bandas que chegaram a roubar a cena no primeiro Rock In Rio, em 1985. o material para leitura era realmente raro, hoje já não é mais possível reclamar tanto assim.
Uma prova dessa nova fartura cultural está na biografia sobre o Ultraje, um grupo que disputava baqueta à baqueta, palheta à palheta, com a Blitz pelo trono de banda mais bem-humorada do pop brazuca.
Ao invadir a praia da rockbio “Ultraje a Rigor”, lançado por Andréa Assunção em 2011, também possível se tornar um fã sem possuir tanto conhecimento ou ter vivido os anos dourados dos músicos liderados por Roger Rocha Moreira. Destaque para os essenciais, indispensáveis e precisos depoimentos da testemunha ocular Kid Vinil, que só engrandecem os capítulos da obra.
Emissões Noturnas – Cadernos radiofônicos de FM
Editora Grinta
Entre 1991 e 1996, Fabio Massari transformou as ondas sonoras emitidas pela 89 em uma verdadeira universidade. A matéria principal de suas aulas? O melhor do Lado B musical, que chegava aos ouvintes na forma de entrevistas (hoje, lendárias) no programa Rock Report. Entre elas, Nick Cave, Joey Ramone, Bobby Gillespie (Primal Scream), Jerry Cantrell (Alice In Chains) e Henry Rollins (Black Flag).
Se porventura você, leitor do music non stop, perdeu esses momentos (simplesmente por não ter vivido os anos dourados da Rádio Rock), não perca tempo: trate de correr atrás dessa obra-prima do Reverendo, que lamentavelmente, se encontra fora de catálogo.
Pearl Jam: Twenty
Editora BestSeller
Em setembro de 2011, os apóstolos do grunge despertaram e perceberam que o Pearl Jam já tinha percorrido duas décadas de estrada.
Foi um susto, mas um susto bom. Afinal, junto com o aniversário do grupo de Seattle veio um pacote comemorativo multimídia com CD de raridades, documentário, turnê (que passou pelo Brasil) e o incrível livro “Pearl Jam Twenty”, que demorou cinco anos para ganhar tradução para o português.
Coube ao dedicado (e humilde) Jonathan Cohen conduzir entrevistas com a banda e outros habitantes do “universo de flanela”. Entre eles, o saudoso Chris Cornell, que nos deixou tão cedo. Para quem não é familiar a Cohen, fica aqui a dica. Perca um tempinho pesquisando suas ótimas matérias publicadas na mítica revista Billboard, hoje facilmente encontradas pela internet.
Cazuza – O Tempo não para
Editora Globo Livros
Quem viveu e ainda tem nítidas memórias do drama enfrentado por Cazuza no final dos anos 1980, certamente compartilhou o sofrimento causado pelos efeitos colaterais da AIDS em seu frágil organismo.
Em 7 de julho de 1990, após incansável luta contra a doença, Cazuza se despediria oficialmente de sua legião de fãs. Sua morte, aos 32 anos, entretanto, só se incumbiria de torná-lo ainda mais lendário e indispensável como ícone cultural.
Trinta e dois anos depois de sua partida, o consolo para os saudosos maiores abandonados é ouvir a voz de Agenor Araújo de Miranda Neto (seu nome de batismo) nos discos do Barão Vermelho e na rica carreira solo, além de ler sobre o mito.
Para iniciantes que não viveram o auge do artista, nada melhor do que experimentar as páginas de “O Tempo Não Para”, compostas pela mãe do cantor, Lucinha Araújo. Além de expor detalhes que só uma progenitora poderia contar, a obra ainda traz depoimentos inéditos dos amigos e parceiros de jornada, como Ney Matogrosso, Sandra de Sá, Frejat, Ezequiel Neves, Nilo Romero e George Israel.
Vida
Editora Globo Livros
Se houvesse um ranking para categorizar a resistência dos maiores astros de rock de todos os tempos, certamente Keith Richards apareceria no estágio “highlander”.
Depois de seis décadas de riffs como “Satisfaction” e “Wild Horses”, o guitarrista dos Rolling Stones percebeu que seria interessante colocar no papel algumas de suas inigualáveis experiências (incluindo, incidentes que quase o levaram à morte).
O resultado aparece na incrível autobiografia “Vida”, escrita em parceria com o jornalista James Fox e lançado no finalzinho de 2010. Apesar dos críticos destacarem passagens que descrevem desentendimentos e arranca-rabos com o parceiro Mick Jagger, o livro ainda oferece detalhes deliciosos e inéditos de sua épica carreira. Entre eles, os bastidores da origem e uma composição feita a quatro mãos com Paul McCartney que permanece em seus arquivos secretos.
Todo DJ já sambou – A história do disc-jóquei no Brasil
Editora Music non Stop
Quando a jornalista, pesquisadora e DJ Claudia Assef se aventurou a explorar o universo da cultura dançante nacional ela nem desconfiava que revelaria detalhes incríveis e inéditos, incluindo a origem o primeiro disc-jóquei do país – o mineiro de Muzambinho Osvaldo Pereira – que até hoje faz as bolachas girarem na zona norte de São Paulo, já com musicais 87 anos de idade.
Aclamado por mitos, como o inglês Bill Brewster (autor do clássico “Last Night a DJ Saved My Life”), “Todo DJ Já Sambou” ganhou merecida reedição em 2017, após esgotar até mesmo nos mais completos sebos virtuais e físicos.
O renascimento da obra original de 2003 também resgatou o elogio aplicado por Brewster cerca de 19 anos atrás.
“Claudia Assef ajudou a restabelecer o equilíbrio da cultura musical brasileira”, cravou.
Além de ler “Todo DJ já sambou”, tente caçar o documentário sobre o livro “Doc Mix – A História dos DJs do Brasil”.
The Number of The Beast – Um classico do Iron Maiden
Editora Estética Torta
Nunca duvide do heavy metal. Mesmo se você não é do tipo fanático, é preciso admitir que poucos estilos continuam mantendo acesa a chama do mercado de discos como o gênero oriundo das ilhas britânicas.
Na liderança dessa linhagem aparece o Iron Maiden, que não apenas sustenta sua integridade como permanece seduzindo fãs de todas as idades. Um desses superfãs, aliás, é o croata Stjepan Juras, que decidiu escrever um livro para cada LP da discografia do grupo idealizado pelo baixista Steve Harris em 1975.
Seja iniciante ou veterano, comece pela obra que disseca o clássico “The Number of The Beast”, que completou 40 anos em março de 2022.
Os Paralamas – Vamo Batê Lata
Editora 34
16 de janeiro de 1985. Calor. Tempestades. Lama. Nem mesmo todas as intemperes que castigaram a Cidade do Rock no primeiro Rock In Rio foram capazes de apagar a histórica performance de uma banda de Brasília, que finalmente, poderia justificar para o Brasil e o resto do mundo o seu nome e sobrenome: os Paralamas do (merecido) Sucesso.
Tudo o que aconteceu e sucederia à apresentação naquele enorme espaço em Jacarepaguá serviu como inspiração para Jamari França compor a primeira biografia sobre o grupo liderado por Herbert Vianna – e que chegou às livrarias um ano após o acidente aéreo que, por muito pouco, não o tirou a vida, em 2002.
Apesar de já ser bastante datado (os Paralamas já bateram muitas latas desde então), vale dar uma busca nos sebos e explorar esta rockbio que já se transformou em documento histórico.
Scar Tissue – as memórias do vocalista do Red Hot Chili Peppers
Editora Belas Letras
É quase um milagre Anthony Kiedis estar vivo em 2022 e fazendo música – diga-se de passagem – da melhor qualidade.
Esta afirmação não é mera conjectura. Segundo o próprio vocalista do Red Hot Chili Peppers afirma na autobiografia publicada em 2004, ele chegou a experimentar quase todos os tipos de drogas disponíveis no planeta, incluindo heroína persa e LSD.
Sua luta contra o consumo de narcóticos, assim descrita nas páginas de “Scar Tissue”, só não é tão chocante quanto as origens de seu vício. Kiedis revela que sua primeira viagem aconteceu por meio de seu pai, um ex-traficante, quando o cantor só tinha 11 anos.
Em 2016, Kiedis confessou ter se arrependido de publicar um livro com conteúdo tão pesado. Mas esse arrependimento durou pouco. Ao descobrir que “Scar Tissue” era usado como exemplo para internados em hospitais e centros de reabilitação, o astro nascido em Michigan fez as pazes com sua poderosa criação.
Do Rio a Abbey Road
Editora Mayo
No dia 3 de fevereiro de 1968, os Beatles entraram nos estúdios da EMI em St. John’s Wood para gravar a base de uma nova canção chamada “Across The Universe”.
Enquanto isso, exposta ao severo frio do inverno londrino, a brasileira Lizzie Bravo cumpria mais um dia de seu ritual: esperar pelos seus amados John, Paul, George e Ringo terminarem sua rotina de trabalho para dar a ela e outras devotas um pouquinho de atenção.
Para surpresa da fã carioca, o dia seguinte reservaria a maior experiência de sua vida. Além de interagir com os Beatles, Lizzie Bravo e a colega inglesa Gayleen Pease teriam a chance de gravar com seu grupo favorito. Nenhuma delas tinha mais de 16 anos na época.
Mais de 47 anos se passaram desde a mítica sessão, Lizzie Bravo conseguiu realizar outro sonho: publicar um livro com mais de 200 fotos inéditas do quarteto de Liverpool, além de experiências vividas no período em que os Beatles chegavam a abrir suas residências para sua legião de fiéis.
Em 2021, o coração de Lizzie parou de bater, mas parte de seu legado está preservado nas 300 estonteantes páginas de “Do Rio a Abbey Road”.
MASTERS: Queen em discos e canções
Sonora
“Bohemian Rhapsody” chegou em 2018, como um verdadeiro exemplo de arrasa-quarteirões e bilheterias mundiais em torno de US$ 900 milhões.
Fato.
Décadas depois de filmes como “Tina”, “La Bamba” e “Ray”, uma cinebio sobre lendas do rock – no caso Freddie Mercury – voltava a chacoalhar as estruturas do pop e a fazer muito dinheiro.
Embalada pelo massivo sucesso do filme de Bryan Singer, a editora Sonora resgatou um excelente livro que disseca disco por disco, música por música do Queen, sem esquecer das obras gravadas pós-Mercury (falecido em novembro de 1991).
Ricamente composto pelo fã e escritor paulista, Marcelo Facundo Severo (com edição deste autor), “Queen em Discos e Canções” havia sido publicado originalmente em 2010, com o título “Magic Works”. Se você perdeu a primeira edição, é a chance de mergulhar nessa obra e ainda levar alguns brindes ligados ao universo da banda inglesa.
Dave Grohl: O Contador de Histórias – Memórias de Vida e Música
Intrínseca
Quase trinta anos já se passaram desde a morte de Kurt Cobain. Então, dá para arriscar dizer que já deu tempo suficiente para o Foo Fighters conquistar o coração de milhões de jovens que até podem admirar o Nirvana, mas que aprenderam a amar a banda fundada em 1995 pelo ex-baterista do trio de Seattle.
Meses após o lançamento do décimo álbum do Foo, “Medicine at Midnight”, a editora Intrínseca aproveitou para apresentar aos brasileiros a tradução de uma obra sem censuras, e que parece ganhar vida própria à cada página.
Logo nos primeiros capítulos, entende-se perfeitamente por que o livro se chama “Contador de Histórias”. Cada passagem da carreira de Grohl é relatada de forma leve e bem-humorada, retratando de forma fiel a personalidade do artista nascido em Warren, Ohio.
Assim como a vida de Grohl (e de seus leitores) para cada conquista existe uma perda. Dois meses após a chegada da versão em português de “Contador de Histórias”, o mundo choraria a morte do baterista e parceiro de estrada, Taylor Hawkins.