Atlantic Popes Atlantic Popes – foto: divulgação

Forever Young! Conheça o duo Atlantic Popes, criada por Bernhard Lloyd, criador do Alphaville

Music Non Stop
Por Music Non Stop

O bom e velho som dos sintetizadores não morreu. Pelo contrário: está sempre se renovando e ultrapassando as fronteiras, até suas ondas modulares reverberarem a este lado do Atlântico. Estamos falando do som atemporal de Atlantic Popes.

Atlantic Popes é um projeto de música virtual de Bernhard Lloyd, co-fundador e membro de longa data da banda alemã de synth-pop Alphaville, e do cantor Max Holler. A dupla produz Electropop com uma grande variedade de estilos e paisagens sonoras.

Em relação ao nome da banda, “Atlantic” refere-se ao sudoeste da França, onde a dupla se conheceu em 1989 e escreveu a maioria das músicas de seu primeiro álbum. “Papas” significa brincadeira. De acordo com Lloyd, os dois músicos gostaram da ideia de que todo mundo é papa e que “Papas” tem a palavra “pop” nela.

Por um longo tempo (e bota longo nisso!) eles ficaram em hiato, porém nunca deixaram de trabalhar juntos, mesmo cada um deles morando distante um do outro. Com o advento de novas e melhores formas de comunicação virtual, eles aprimoraram seu trabalho de modo on-line e em tempo real, principalmente na época da pandemia de Coronavirus. A música “Hold On” marcou o retorno deles em grande estilo em 2020 e ganhou o prêmio de melhor vídeo musical no Festival de Cinema Buda Picasso Einstein, na Índia, em setembro desse ano. 

 

 

Desde então os papas eletrônicos lançaram diversos singles, sendo “Wide Eyes” o mais recente deles. E não para por aí! O duo alemão já está com um novo single saindo do forno (aguardamos ansiosamente!). Sobre o segundo álbum, os fãs estão torcendo para que seja lançado em breve. 

Por ser um projeto virtual, Max e Bernd usam algumas plataformas digitais para lançar suas músicas, tais como Deezer, Spotify (streaming), Applemusic, Amazon, e para download usam Bandcamp. O canal oficial no Youtube  e o Instagram sempre estão atualizados, além do website oficial trazer bastante informação do grupo e novidades, como entrevistas, discrografia, entre outros. Na página oficial no Facebook, eles interagem bastante com os fãs. O grupo tem até um e-shop com alguns mimos interessantes, como tais como camisetas, mochilas, blusões, copos e até bolinha de Natal!!

Atlantic Popes

Discografia Atlantic Popes

Tive o prazer de entrevistar (virtualmente) Bernhard Lloyd, que gentilmente respondeu às perguntas a seguir:

Como você definiria o som do Atlantic Popes? Existem traços do estilo do Alphaville em sua música atual?

Para mim, o som do AP é igualmente eletrônico e orgânico. A ideia é criar um som de fluxo quente com meios eletrônicos. O caráter da máquina eletrônica na verdade não é para se revelar, mas é apenas um meio para um fim. A voz um tanto áspera, profunda e intensa de Max com seu timbre especial captura o ouvinte mais do que as linhas do sequenciador robótico. 

A este respeito, existem definitivamente paralelos ao estilo de som de Alphaville. Especialmente para o primeiro e quinto álbuns. Mas, como minha ideia básica de som não mudou completamente em todos estes anos, não é de se admirar que haja traços do som de Alphaville até o Atlantic Popes. Mas eu não considero o som do AP como retrô, mas como um aprimoramento maior.

Quais são os planos que o grupo tem para o futuro? E o que os fãs podem esperar deste dueto que respira música eletrônica há mais de 30 anos?

Honestamente, tenho que admitir que chegamos a uma idade em que não se fazem mais tantos e grandes planos. Só queremos continuar a produzir música que venha do coração e que, antes de tudo, corresponda a nós mesmos. Isso já é um desafio suficiente. E se conseguirmos fazer isso e houver pessoas que ouçam nossa música e gostem dela, que possam até ser tocadas por ela, então continuaremos.

Essa mistura da criatividade e talento de Lloyd com a voz marcante e única de Holler resultaram em músicas agradáveis, verdadeiros deleites eletrônicos. Vale a pena conferir e se deixar levar pelas “ondas sonoras atlânticas”.

Por Silvana Vila

 

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