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Cinco apresentações incríveis e a história por trás de Hallelujah, a canção interpretada por Fiuk no BBB

Fiuk, cantor e participante do BBB, mandou muito bem na interpretação de Hallelujah,  apresentando o clássico de Leonard Cohen à grande massa.

Bastam alguns acordes, um trecho da melodia ou uma só palavra para reconhecer essa música. Mas o que muita gente não sabe é que Hallelujah não é o que parece ser.

Apesar da enorme quantidade de covers (incluindo a tão comentada versão de Fiuk executada quinta passada, 18, no BBB), existem somente duas versões oficiais de Hallelujah, escrita e composta pelo musicista canadense Leonard Cohen.

A primeira versão dessa canção foi feita em 1983 e demorou mais de um ano para ficar completamente pronta. A faixa foi lançada no álbum Various Positions, sem causar muito impacto, frustrando as expectativas criadas durante o processo árduo de criação. A segunda versão oficial ficou a cargo de Jeff Buckley que regravou e inseriu a música no disco Grace, seu álbum de estreia, em 1994. Na voz de Buckley, a música ganhou notoriedade, despertando em vários artistas o desejo de fazerem covers. 

A versão original da composição tem 80 versos, reduzidos para 15 na gravação oficial. Hallelujah coleciona feitos incríveis: é uma das músicas mais gravadas de todos os tempos, é transmitida todas as madrugadas, às 2h, para os soldados do exército de Israel, anima cultos de dezenas de religiões diferentes, mesmo tendo uma letra que questiona a fé.

Fiuk Canta Hallelujah  no BB

Leonard Cohen – foto: divulgação

Feita com a sequência harmônica DO, FÁ, SOL, LÁ (menor) e FÁ novamente, assim como canta Leonard Cohen, para representar o trabalho de “artesão” ao criar a música, retirando dela o caráter “divino”. Em contraponto, ele usa figuras de linguagem ligadas à Igreja Católica, como por exemplo:

“Sua fé era grande, mas você precisava de prova

Você a viu banhando-se no terraço

Sua beleza e a luz da Lua conquistando você

Ela te amarrou em uma cadeira de cozinha

Ela quebrou seu trono e cortou seu cabelo

E dos seus lábios ela esboçou hallelujah”

Na segunda estrofe, Cohen faz referência aos salmos de Davi, personagem da Bíblia conhecido pela sua inteligência e caráter sólido, mas que, ao cometer adultério, acaba perdendo seu senso de justiça, tendo que pedir perdão a Deus. Essa passagem da bíblia é conhecida como “O capítulo do arrependimento”. Vale lembrar que “hallelujah” é a palavra chave para começar ou terminar qualquer salmo. 

PERDENDO A FÉ

Segundo o próprio autor, essa música não é exatamente sobre “louvar”. Ele levanta críticas à religião, dogmas e espiritualidade. Narrada em primeira pessoa, Cohen confessa seus erros e admite ser alguém sem fé, mas que busca a redenção na área espiritual (ou não). Isso fica mais claro no último verso:

“Eu fiz meu melhor, mas não foi o suficiente.

Eu não pude sentir, então tentei tocar.

Eu havia dito a verdade, eu não vim aqui para te enganar.

E mesmo que tudo tenha dado errado.

Eu vou me prostrar diante da música do Senhor.

Sem nada na minha língua além de Hallelujah.”

Por conta da quase ambiguidade, essa música ganhou espaço de um polo ao outro, do metal ao gospel, se tornando uma das mais emblemáticas da história.  

Assista a cinco interpretações icônicas:

Kaylee Rodgers, à frente de um coral irlandês de crianças, mostrando que autismo está longe de ser um obstáculo para o talento

Bon Jovi

Molecada arrepiando no programa The Voice alemão

Pop e limpinho, na versão do Pentatonix

E a interpretação do mestre, Leonard Cohen, em uma performance memorável

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