Brittany Howard Brittany Howard. Foto: Reprodução

Brittany Howard, do Alabama Shakes, lidera nova banda de hardcore

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Ainda sem músicas lançadas, a Kumite se apresentou oficialmente ao mundo em 12 de janeiro

Esqueça os vocais blues e aveludados do Alabama Shakes. Brittany Howard apresentou ao público seu novo projeto paralelo, a banda de hardcore Kumite, em que canta e toca guitarra. Com o nome do grupo tirado do mundo das artes marciais, Howard desce a porrada (sonora) no público com um cantar gutural, típico do gênero. A primeira apresentação da banda rolou em Nashville, dia 12 de janeiro, em um show beneficente.

A cantora gosta de passear por outros quintais. Lançou um single eletrônico no ano passado para divulgar seu próximo álbum solo, What Now, com lançamento marcado para 09 de fevereiro. Além disso, participa de outros projetos paralelos, como as bandas Thunderbitch (excelente, flertando com o indie e o punk rock) e Bermunda Triangle, que tem até beliscadas na bossa nova.

Brittany Howard não deu muitos detalhes sobre o futuro do Kumite. Não se sabe ainda se vai render gravações ou até mesmo seguir tocando. Pela energia da performance que pudemos notar em vídeos postados em fãs, Nashville não será a única cidade a entrar na roda de pogo ao som da frontwoman e sua turma.

Apesar de não ter acabado, o Alabama Shakes entrou em recesso após notícias terríveis envolvendo seu baterista e fundador, Steve Johnson, condenado por violência doméstica e importunação contra sua ex-mulher, além de denúncias de abuso e violência infantil. O músico foi chutado do grupo logo após as notícias virem a público. A banda, no entanto, nunca mais lançou nada desde 2018. Em dezembro do ano passado, os três membros remanescentes apareceram de surpresa para uma participação no Bama Theatre, no Alabama.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.