Músico Tom Morello apoiou o movimento de strippers em Hollywood, que pedem a criação de um sindicato e mais proteção dos seguranças dos clubs
Não é de hoje que Tom Morello tem uma relação com o mundo do striptease. Durante a faculdade, o líder do Rage Against The Machine e seu colega de quarto se aventuraram na profissão, com a intenção de juntar dinheiro para improvisar uma banheira de hidromassagem dentro do apartamento.
O cantor contou a Howard Stern em 1991: “Claro que não poderíamos comprar uma banheira de hidromassagem, mas pesquisamos para ver quanto seria preciso para comprar uma piscina infantil, um aquecedor e mais alguns apetrechos pra simular uma banheira. E para isso recorremos a ‘atividades extracurriculares’. Você veste um terno, bate na porta, coloca ‘Brick House’ (dos Commodores) no aparelho de som… mas posso dizer que não foi tão incrível, na verdade foi muito estranho; não durou muito tempo. Queríamos apenas juntar uma grana pra montar aquele troço horrível, e nos aposentamos”.
A aventura, claro, foi antes da criação da banda Rage Against The Machine. Quando Stern perguntou a Morello se ele não pensa em retornar à profissão, a resposta foi rápida: “Agora o cachê subiu muito”.
Mostrando que não se esqueceu de suas “raízes”, Tom Morello foi registrado tocando na rua em uma greve de strippers em Hollywood. Há sete meses, as profissionais se mobilizam para a criação de um sindicato e, principalmente, exigindo mais ação dos seguranças de clubs, que têm sido coniventes com comportamentos abusivos dos clientes.
Além disso, a classe denuncia a discriminação que sofrem “nas ruas, em filmes, em referências na música”, disse a líder do movimento durante a manifestação em que Morello participou.
Em posts no Instagram, vários vídeos circularam pela internet mostrando o show surpresa, que já havia avisado pelas redes sociais: “Se a greve continuar, eu apoiarei pessoalmente”.
Segundo a CNN, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas já está estudando uma regulamentação da profissão, o que permitirá com que as strippers se filiem a associações de classe e tenham mais força na luta por melhorias nas condições de trabalho. Se a lei for aprovada, será a primeira vez que profissionais da área nos Estados Unidos conseguem tal reconhecimento.