Festa Tempestade Festa Tempestade – foto: Naira Mattia

As vinte melhores músicas lançadas em outubro segundo o quartel-general do Music Non Stop

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Jota Wagner apresenta a lista das vinte melhores músicas lançadas em Outubro

Outubro, mês de fortes emoções, foi também de muitos lançamentos musicais no mundo todo.  Desde figurões como Red Hot Chilly Peppers e Phoenix a novos talentos, como Valéria Custódio e Festa Tempestade, muita coisa de arrepiar chegou ao nosso QG e organizamos na playlist que você ouve agora.

O ranking foi organizado com base no material que chega diariamente à nossa redação! Divirtam-se.

Destaque dos Destaques – Festa Tempestade – Vale

O disco de estreia do duo Festa Tempestade é sublime e a faixa que abre os trabalhos, Vale, uma grande prova do que o álbum representa. Guilherme Tieppo e Zé Ferraz unem aos arranjos eletrônicos influências que vão da MPB gaúcha de 14 Bis e Sá, Rodrix & Guarabyra aos mineiros do Clube da Esquina, passando ainda pelo soul brasileiro setentão e a disco music.

Com referências deste naipe, não tinha como não ser o grande campeão de outubro na playlist do MNS. 

As “mais mais” do MNS

A nossa playlist de outubro está recheada de bons momentos, como por exemplo o surpreendente arranjo da nova do Melody Echo Chamber, Unfold. Nos remete aos melhores tempos de Stereolab e ganhadora da medalha de prata.

A de bronze vai para  Amefrican Grunges, projeto do compositor Luís Alberto, traz Gilberto Gil, Macalé e psicodelia sessentista na faixa homônima.

Coladinho em quarto lugar, Hot Chip pariu Eleanor, cheia do groove característico do grupo (que, por sinal, amamos). Pop do bom!

Caindo na pista, a quinta posição ficou com Smack Yo, de Beltran é “bumping house” dos bons e você certamente vai ouvir em sua festa predileta.

Em sexto lugar temos o Wry, perseverante grupo de Indie Rock de Sorocaba, lançou a deliciosa Contramão, com temperos do post-punk paulistano dos anos 80. Logo em sétima, Dudalú manda um funk brabo e brazuca, pesadão, em Vai Querer. 

A posição número 8 vai para The Drummer, as mais nova do Red Hot Chilly Peppers: mais um pouco da fase clean do grupo e evidencia o baixo inpagável de Flea.

Benjamin Ferreira, nosso número 9, remixou Ode, da From House to Disco, pela Massa Records e pagou tributo aos breaks. A faixa está entre os melhores trabalhos do DJ até agora.

Com a camisa 10, potente, competente e sensual. Ela, de Valéria Custódio é uma delícia.

A grande sacada de On & On de Superorganism & Lewis OfMan, é começar como um EDM bem popinho e se transformar, do nada, em um hardcore rasgadão, a lá Altern 8. Vale a zoada e a décima primeira posição.

Na posição de número 12, Do Amor bagunçou a bossa nova em Nossa Bossa. E ficou bem legal. Seguindo de perto, temos Nada Menos do Que a Revolução, eletrônica e kraut, a mais nova bomba das Bruxas Exorcistas, capitaneada pela gênia Maria Paraguaya.

Em “quatôrzimo”, e para os amantes do indie folk a lá Radical Faces, uma singela homenagem a Outubro, lançado pela Girl in Red: October Passed me By. Owerá, rapper indígena, nos lembra que Owerá Chegou.  A faixa é parte do disco Mbaraeté

Nessa Barret chega com dear god. Suave no dream pop (16). Tiësto se juntou ao Black Eyed Peas pra lançar uma faixa fadada à super hit, escrita em cima de Misirlou, de Dick Dale, grande sucesso da trilha sonora de Pulp Fiction, e fica com a 17a. posição.

Com beats pesadíssimos e influência de hardcore brasileiro super anos 90, Taca Fogo é um dos destaques do novo disco do Planet Hemp, Jardineiros.

Phoenix nos manda um pouco mais do seu poptrônico fofo para ouvir nuns dias e dançar noutros.

Finalizando nossa lista, escolhida entre centenas de lançamentos que chegaram no quartel general do MNS em outubro, está Francisco El Hombre, preciso, reinterpretou Apesar de Você (amanhã há de ser, outro diaaaa) e ficou sensacional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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