Tori Tori – foto: divulgação

As vinte melhores músicas de novembro, segundo o Music Non Stop. Ouça a playlist

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Música boa, em novembro, caiu farta como a chuva no quartel-general do Music Non Stop. Jota Wagner separou as vinte melhores, em uma playlist primorosa

O fim do ano está chegando. O fim do ano, aliás, chegou. E em novembro, fez-se um toró de lançamentos musicais de qualidade. Contamos três centenas de releases na pilha, pedindo para serem ouvidos. Melhor dizendo, desfrutados. De tudo o que chegou ao castelo de Music Non Stop, separei as 20 melhores faixas, julgadas nos quesitos bateria, alegoria e evolução. Vamos à lista.

O link para a playlist está no final da matéria. Que tal ouvir durante a leitura? 

 

Destaque dos Destaques – Pássaro – Assum Preto

O EP homônimo é brilhante. Todo perfeito. O melhor do freejazz brasileiro e completamente enraizado no tempo presente caminhante. Amanhã, o disco estará presente de novo. É de arrepiar!

Pássaro é o nome do projeto musical de Irû Waves (BA), Ygor Marotta (SP) e Tomás Xavier (RS). O trio desenvolve uma linguagem única que transita entre culturas regionais e novas tecnologias. Navegando por um som psicodélico, criam uma atmosfera unindo elementos do imaginário brasileiro com instrumentos como pífanos, kalimbas, agogô e tambores junto com sintetizadores analógicos e digitais.

As “mais mais” do Music Non Stop em novembro

Levanta e dança! A música que fica em segundo lugar em nossa lista é caribenha, africana e latina, no talo e ao mesmo tempo. Mama, de Kosmik Band & Nanam. Que vontade de ver um show deles.

Em terceiro lugar, produção e vocais fantásticos, inebriantes como fumaça de água. Ela Sorriu pra mim, de Tuyo. Sorriu, sim.

O quarto lugar me conecta à música sul-americana de Mercedes Sosa e Violeta Parra. O violão e A voz. Morada, de Tori. Estontante, antes, antes… E então, O arranjo!

O tremolo da primeira nota do violão já avisa. Vem coisa quente por ai. Assucena marcou um golaço com esta nova música, Menino Pele Cor de Jambo. Quando entra a percussão, ninguém segura mais o tronco. Quinta posição.

A sexta colocada do nosso concurso de beleza musical é Anuário, de Cidrais. Suave som de ouvir na rede. Música com cheiro.

Na sétima posição os primeiros gringos da lista, mostrando que o Brasil anda surfando alto. Kill Me Again, do The Waeve, é post-punk como a meses não ouvia. Tudo é perfeito nesta música. Quase chorei, no refrão.

Na próxima da lista, em oitavo lugar, deixo o quase e apenas choro. Quando uma melodia é perfeita, não é preciso um tanto de instrumento. E nem de muito tempo. 1’53” sublimes.

Voltemos ao Brasil, negreiro, para celebrar a nona posição de nossa lista. Nei Zigma representou, muito, com Evocação Negueira. Na alma, só calmaria. No tempo, só agonia. Nenhuma estrela a piscar.

Jazz à Azymuth. O melhor que o Brasil produz, renovado e psicodélico, por Kassah. A faixa é docemar, nossa camisa 10.

 

 

Em décimo primeiro, sintetizadores tortos, arpeggios, bateria oitentona e um belo som. Superfície do Outro, de Kikito.

Eu adorei ouvir a nossa décima segunda colocada. Groovy. Sexy, sem cafonices. To the dancefloor… NOW! On Yr Mind, de isle&fever

Não podia faltar rap, é claro. O Brasil fumega boas faixas e artistas do gênero. Pega a Visão de Onça, de Mac Julia. Boa pra caramba!

Vamos para a disco com City of Angels, de Ladytron, que ficou em décimo quarto lugar. Space disco, para melhor classificar. Feche os olhos, veja-se na pista.

Em décimo quinto lugar, boogie oitentão, limpo e cheio de marra, de CEEOFUNK, com a música Sex With The Beats.

OG Sweetz entrega uma espécie de jazzy trapp. O vocal é espetacular e a produção, padrão EUA, terra natal do artista. A música se chama Ellie Mae Jean. Poderosa.

Mulamba está de volta e meteu a boa com esta nova faixa. Dandara é um baita som. A letra é afiada, como esperado. O som foi feito em conjunto com Mel, Caramelows e Agnes.

Se tem algo que pega bem aqui na redação é o chamado “abstract hip-hop”. Assim é Time Awaits, de Travis Sayles. Décimo oitavo!

Solta o rock agora. A décima nona vai para uma quebradeira de responsa perpretada por Breaking Fuel, na música Heaven 2 Now. Demais!

Finalizando nossa lista, mais hip hop experimental. We’re on Another Level, a música de Gabriel e Hidden Talent

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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