Alok Foto: Alisson Demétrio/Divulgação

Alok: 5 fatos que você não sabia sobre o aniversariante

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Astro brasileiro faz 34 anos nesta terça-feira, 26 de agosto

Antes de mais nada, feliz aniversário, Alok! O “novinho” faz 34 anos neste 26 de agosto e rodou o equivalente a quatro vidas inteiras, se tomarmos a média de grande parte do seu público. Afinal, em pouco mais de três décadas, o DJ e produtor musical já figura como um dos mais importantes DJs brasileiros internacionalmente, tocou no icônico Coachella, lançou gravadora, criou instituto beneficente, furou a bolha da música eletrônica, lançou hit mundial, fez rolê com a comunidade indígena brasileira, casou, teve filho, fez muita música e se apresentou em dezenas de países diferentes. Tudo bem que começou a discotecar cedo (aos 12 anos), mas pombas, haja hora no mesmo dia para tantos projetos diferentes.

Alok
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Muito se diz sobre ele, mas pouco sobre os alicerces que o ajudaram a pulular tanto no universo da música eletrônica. Pode-se discutir a qualidade da música ou as escolhas de carreira, mas uma coisa é inegável: o cara é um trabalhador aparentemente incansável. Para te ajudar a compreender o fenômeno, o Music Non Stop listou cinco fatos pouco conhecidos (mas que dizem muito!) sobre a vida e o crescimento deste sucesso avassalador da era do streaming.

Alok nasceu e cresceu na cultura da música eletrônica

Alok e a mãe, Ekanta, na infância. Foto: Reprodução/Instagram

As histórias que o mano conta em entrevistas sobre sua infância são bem loucas. Com mãe e pais DJs, Alok chegou a morar em squats de Amsterdã e, ainda bebê, acompanhava a mãe, que era faxineira em clubes da cidade. Quando a família voltou ao Brasil, os pais criaram um festival trance que viria a se tornar um dos mais conhecidos do mundo, o Universo Paralello. Fosse acampando em Delfinópolis/MG, em rolês intermináveis, fosse convivendo com as baratas holandesas, as festas de música eletrônica estavam em sua vida desde que nasceu.

Sua primeira discotecagem foi um fiasco total

Alok adolescente e o pai, o DJ Swarup. Foto: Acervo pessoal

Aqui vai uma lição de perseverança. Se alguém acha que Alok despontou como um prodígio mirim, desses que a gente vê em canais do Instagram, saiba que não podia estar mais errado. Com 11 anos de idade, se lançou na carreira tocando na festa de aniversário da mãe, a DJ Ekanta. Tocando com discos de vinil que não eram seus, errou todas e saiu da cabine chorando. Um ano depois, tentou de novo, “profissionalmente”, e dali não parou mais.

A vida com o irmão gêmeo

Alok tem um irmão gêmeo bivitelino chamado Bhaskar e ambos começaram a vida artística juntos. Aproveitando as referências caseiras, os dois começaram juntos, se apresentando com um projeto de psytrance chamado Logica, aos 12 anos. Com 17, visitaram quase 20 países em turnê. O projeto durou até 2010, e retornou em janeiro de 2024 para uma apresentação especial no Universo Paralello.

De berço, mas nem tanto

Alok

Alok e Bhaskar na infância. Foto: Reprodução

Apesar de ter nas mãos da família um dos festivais mais renomados do mundo psytrance, Alok resolveu não seguir os passos da família. Trocou de estilo musical, adotando a EDM como objetivo de trabalho e, mesmo com as portas abertas, resolveu fazer um curso de discotecagem para aprimorar suas técnicas. Estou também Relações Internacionais, durante uma época em que achou o mundo da música meio instável (ele cresceu vendo os pais passando perrengues, lembra?), mas abandonou porque não conseguiu conciliar com a carreira de DJ.

A ligação com a espiritualidade

Alok

Foto: Reprodução/Instagram

Alok teve uma criação bastante espiritualizada, que acabou se refletindo em muito do que fez na vida, em trabalhos beneficentes e projetos com povos originários. Seu nome significa “luz”, e o de seu irmão, o nome de um dos deuses indianos ligados ao Sol. Seus pais, Swarup e Ekanta, escolheram os nomes dos filhos após uma temporada no templo do guru Osho.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.